Virtude, engano e conhecimento no Hípias Menor de Platão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fronterotta, Francesco
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Archai (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8408
Resumo: Hípias Menor apresenta a conversação que tem lugar na conclusão da conferência dada por Hípias sobre os poemas homéricos diante de um público numeroso. Sócrates deseja interrogar o sofista sobre um aspecto particular de sua exegese homérica, aquele da descrição dos personagens de Aquiles e de Ulisses: o primeiro, o mais simples e sincero (ou verdadeiro, haploústatos kaì alethéstatos), seria melhor que o segundo, que é dúplice (polútropos). A simplicidade de Aquiles deveria revelar a sinceridade, enquanto a duplicidade (ou melhor a multiplicidade, polú-tropos) de Ulisses indicaria um caráter ambíguo e enganador. Parece então que a quem sabe muitas coisas pertence a capacidade de enganar, precisamente utilizando os muitos conhecimentos que possui, enquanto a sinceridade constituiria um traço específico de quem, não possuindo conhecimentos, não pode senão revelar-se pelo que é. O paradoxo ético que disso deriva é examinado através de uma análise dos argumentos desenvolvidos no diálogo.
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