A dor do parto: emoção, corpo e maternidade no Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/33444 |
Resumo: | Neste artigo, examino como a dor enquanto evento põe em relevo, em narrativas de parto, a articulação entre corporalidade, emoção e contexto social, com destaque para os atores, saberes e valores em torno da medicalização e da maternidade. Comparo o modo como mulheres brancas de camadas médias do Rio de Janeiro de dois grupos etários, com idades entre 60 e 70 anos e 37-47 anos e formação universitária, falam da dor do parto. Apresento como as narrativas constroem o parto de forma distinta para os dois grupos etários ”“ pouco preparado para as mais velhas, muito planejado para as mais jovens, refletindo assim sobre o lugar da agência em cada grupo e sua articulação com a maternidade. Parto de uma preocupação da emoção em discurso, cujos sentidos variam contextualmente, levando em conta que é um afeto vivido no corpo.. As emoções integram a subjetividade enquanto modos culturalmente formados de pensar e sentir, formando a agência baseada em desejos e intenções específicos. Argumento, assim, que a dor nas narrativas remete a uma percepção de si e de sua agência atravessada pelo gênero, em um contexto de medicalização do parto. |
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