O itinerário de um antropólogo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6761 |
Resumo: | Foi em 1958, no antigo prédio da Faculdade Nacional de Filosofia, durante o Io Encontro Nacional de Estudantes de História, quando eu fazia parte da delegação mineira, que vi pela primeira vez Julio Cezar Melatti. Era ele, então, aluno do curso de Geografia e História da Universidade Católica de Petrópolis. O representante do curso de História da Universidade Federal Fluminense era o estudante Roberto Augusto da Matta. Três anos depois, eu e Matta reencontramos Melatti no Museu Nacional. Nós na condição de professores, e ele de aluno, do Curso de Teoria e Pesquisa em Antropologia Social, dirigido por Roberto Cardoso de Oliveira. No meio desse ano tão conturbado politicamente, pela renúncia de Jânio Quadros e pela resistência dos militares à posse de João Goulart, partimos para o médio Tocantins para realização de duas pesquisas de campo. Após alguns dias de modorrenta permanência em Marabá, Melatti partiu para a aldeia Gavião, na qualidade de assistente de pesquisa de Roberto Da Matta. Não foi uma experiência fácil, ao chegarem à aldeia do Cocai encontraram apenas seis pessoas com as quais passaram um mês. No mês seguinte, chegaram mais 19 índios. “Eles eram apenas uma parcela dos Gaviões existentes, remanescentes de um grupo de cerca de noventa pessoas, das quais grande parte havia morrido” (Melatti, 2002a: 182). Enquanto isso, eu e Marcos Magalhães Rubinger seguimos para a aldeia Suruí. Assim, nós quatro, tivemos ao mesmo tempo o nosso batismo de campo. |
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