O sociodrama pedagógico e a educação em saúde: possibilidades de diálogo compartilhamento de saberes e práticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linhas Críticas (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/2685 |
Resumo: | O autor elabora uma reflexão critica do ponto de vista de quem, do lado de fora do campo do sociodrama, detecta possibilidades de sua utilização como método pedagógico nas praticas de informação, educação e comunicação em saúde. Busca-se a aplicação no cotidiano do trabalho de profissionais da área da saúde, cujas formações universitárias omitem essas praticas. Parte-se de um paradigma que se baseia no reconhecimento da necessidade de uma ação interdisciplinar que atinja vários níveis do cotidiano dos atores no processo saúde-doença, chegando a detecção de um tremendo potencial no sociodrama. A contribuição do sociodrama vai muito além do resgate da criatividade e da espontaneidade. Ha aportes relacionados com o fato de serem as dinâmicas eminentemente interativas e intersubjetivas, em que a ação - expressão e a sensação podem estar presentes simultaneamente. De forma semelhante à s abordagens hidicas, resgata-se a continuidade existente entre as esferas individual e social (internalizada) bem como o trabalho da emoção e da carga simbólica associada ao sentimento, evidenciadas por Vygotsky. O autor faz uma revisão de possíveis interfaces teat-leas e praticas com vertentes cientificas e artísticas que fazem de Moreno um pós-moderno precoce. Ha também lacos com o interacionismo simbólico e sua definição inter-subjetiva da realidade, com a fenomenologia, com o estudo da dinâmica de grupos de Lcwin e corn o construcionismo nas ciencias sociais. Destaca-se a dimensão política implícita cm uma pratica mais horizontal e democrática, semelhante a pedagogia preconizada por Paulo Freire. Anota-se como grande desafio, e talvez como seu limite, a maneira de trabalhar com as macro-estruturas sociais, já que não basta solucionar problemas individuais e micro-sociais, quando os mesmos podem ser apenas epifenômenos da exclusão social decorrente de estruturas perversas. Aponta-se como possível caminho o investimento na nog-do de cidadania plena que deve nortear as praticas pedagógicas do sociodrama, o que evitaria o reducionismo implícito em psicologisrnos estereis e al ienantes tao distantes dos objetivos da promoção em saúde. |
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O sociodrama pedagógico e a educação em saúde: possibilidades de diálogo compartilhamento de saberes e práticasSociodrama;Educação em saúde;Promoção da saúdeO autor elabora uma reflexão critica do ponto de vista de quem, do lado de fora do campo do sociodrama, detecta possibilidades de sua utilização como método pedagógico nas praticas de informação, educação e comunicação em saúde. Busca-se a aplicação no cotidiano do trabalho de profissionais da área da saúde, cujas formações universitárias omitem essas praticas. Parte-se de um paradigma que se baseia no reconhecimento da necessidade de uma ação interdisciplinar que atinja vários níveis do cotidiano dos atores no processo saúde-doença, chegando a detecção de um tremendo potencial no sociodrama. A contribuição do sociodrama vai muito além do resgate da criatividade e da espontaneidade. Ha aportes relacionados com o fato de serem as dinâmicas eminentemente interativas e intersubjetivas, em que a ação - expressão e a sensação podem estar presentes simultaneamente. De forma semelhante à s abordagens hidicas, resgata-se a continuidade existente entre as esferas individual e social (internalizada) bem como o trabalho da emoção e da carga simbólica associada ao sentimento, evidenciadas por Vygotsky. O autor faz uma revisão de possíveis interfaces teat-leas e praticas com vertentes cientificas e artísticas que fazem de Moreno um pós-moderno precoce. Ha também lacos com o interacionismo simbólico e sua definição inter-subjetiva da realidade, com a fenomenologia, com o estudo da dinâmica de grupos de Lcwin e corn o construcionismo nas ciencias sociais. Destaca-se a dimensão política implícita cm uma pratica mais horizontal e democrática, semelhante a pedagogia preconizada por Paulo Freire. Anota-se como grande desafio, e talvez como seu limite, a maneira de trabalhar com as macro-estruturas sociais, já que não basta solucionar problemas individuais e micro-sociais, quando os mesmos podem ser apenas epifenômenos da exclusão social decorrente de estruturas perversas. Aponta-se como possível caminho o investimento na nog-do de cidadania plena que deve nortear as praticas pedagógicas do sociodrama, o que evitaria o reducionismo implícito em psicologisrnos estereis e al ienantes tao distantes dos objetivos da promoção em saúde.Faculdade de Educação - Universidade de Brasília1999-07-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/2685Linhas Críticas; Vol. 4 No. 7-8 (1999): Anais do I encontro nacional entre os psicodramatistas e educadores; 111-120Linhas Críticas; Vol. 4 Núm. 7-8 (1999): Anais do I encontro nacional entre os psicodramatistas e educadores; 111-120Linhas Críticas; v. 4 n. 7-8 (1999): Anais do I encontro nacional entre os psicodramatistas e educadores; 111-1201981-04311516-489610.26512/lc.v4i7-8reponame:Linhas Críticas (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UnBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/2685/2398Copyright (c) 2016 Linhas Críticashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMerchán Hamann, Edgar2022-09-09T13:43:37Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2685Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/oairvlinhas@unb.br1981-04311516-4896opendoar:2022-09-09T13:43:37Linhas Críticas (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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