Aquém do Quarto de despejo:: a palavra de Carolina Maria de Jesus nos manuscritos de seu diário
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/8944 |
Resumo: | Quarto de despejo, em suas várias edições e traduções, a partir de 1960, levou ao Brasil e ao mundo a voz de Carolina de Jesus ”“ negra, moradora de favela, dois anos de escolaridade, mãe solteira de três filhos de pais diferentes. Por suas denúncias contra injustiças sociais e reivindicações de melhores condições de vida, a autora foi erigida como representante de uma classe até então sem voz direta. Tamanha é a força expressiva de sua linguagem que o organizador do diário, o jornalista Audálio Dantas, foi acusado, em várias ocasiões, de ter forjado o diário e até de ter inventado a existência de Carolina. O estudo dos manuscritos de Quarto de despejo nos possibilita trazer à tona essa discussão, e ouvir um pouco mais da voz de escritora. O cotejo dos originais com a obra publicada nos revela de que modo Carolina de Jesus se estruturou como sujeito discursivo em seus cadernos, num perfil ideologicamente distinto daquele em que ela se transformou com a publicação do livro. |
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Aquém do Quarto de despejo:: a palavra de Carolina Maria de Jesus nos manuscritos de seu diárioQuarto de despejo, em suas várias edições e traduções, a partir de 1960, levou ao Brasil e ao mundo a voz de Carolina de Jesus ”“ negra, moradora de favela, dois anos de escolaridade, mãe solteira de três filhos de pais diferentes. Por suas denúncias contra injustiças sociais e reivindicações de melhores condições de vida, a autora foi erigida como representante de uma classe até então sem voz direta. Tamanha é a força expressiva de sua linguagem que o organizador do diário, o jornalista Audálio Dantas, foi acusado, em várias ocasiões, de ter forjado o diário e até de ter inventado a existência de Carolina. O estudo dos manuscritos de Quarto de despejo nos possibilita trazer à tona essa discussão, e ouvir um pouco mais da voz de escritora. O cotejo dos originais com a obra publicada nos revela de que modo Carolina de Jesus se estruturou como sujeito discursivo em seus cadernos, num perfil ideologicamente distinto daquele em que ela se transformou com a publicação do livro.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília2011-01-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer ReviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/8944Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 22 (2003): Sujeito e espaço social; 63-83Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 22 (2003): Sujeito e espaço social; 63-832316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/8944/7976Perpétua, Elzirainfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-10-21T01:53:00Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/8944Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2018-10-21T01:53Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false |
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