Decolonial experiences: Graça Graúna, Mel Duarte, Gabz and Stephanie Borges

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Karine Aragão dos Santos
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Mendes, Talita Rosetti Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/51131
Resumo: New speech spaces are new listening spaces. Contemporary poetry is a poetic-political and democratic space, which has as its main concept freedom of expression and free dialogue as a tool for the construction of new horizons. This possibility of dialogue, associated with the reconfiguration of crystallized spaces of speech (colonizing) and listening (colonized), traverses discussions about the empowerment of subalternized groups in their processes of self-affirmation, self-valorization, self-recognition and voicing of suffocated social demands. By perceiving the contemporary scenario as a space of contention, it is important that we pay attention to which voices have been silenced over time and what we can do, how we can act so that they become truly vocal, and not just visual, no longer treated as an object of study of those who, throughout history, have dominated the cultural debate to try to explain the world from a European, or an allegedly European, point of view. In this sense, the indigenous poetry of Graça Graúna, characterized by its indigeneity and the cut-bond metaphor, and the poetry slam of Mel Duarte, Gabz and Stephanie Borges, full of writing-experiences, ancestral references and corporalities, mark the insurrection of a body — individual and collective — that seeks the word as an instrument of struggle and empowerment in the path of decoloniality. For such aesthetic analyses, we used poems from the books Tear da palavra (2007), Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta (2019), As 29 poetas hoje (2021) and Slam Grito's YouTube channel.
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This possibility of dialogue, associated with the reconfiguration of crystallized spaces of speech (colonizing) and listening (colonized), traverses discussions about the empowerment of subalternized groups in their processes of self-affirmation, self-valorization, self-recognition and voicing of suffocated social demands. By perceiving the contemporary scenario as a space of contention, it is important that we pay attention to which voices have been silenced over time and what we can do, how we can act so that they become truly vocal, and not just visual, no longer treated as an object of study of those who, throughout history, have dominated the cultural debate to try to explain the world from a European, or an allegedly European, point of view. In this sense, the indigenous poetry of Graça Graúna, characterized by its indigeneity and the cut-bond metaphor, and the poetry slam of Mel Duarte, Gabz and Stephanie Borges, full of writing-experiences, ancestral references and corporalities, mark the insurrection of a body — individual and collective — that seeks the word as an instrument of struggle and empowerment in the path of decoloniality. For such aesthetic analyses, we used poems from the books Tear da palavra (2007), Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta (2019), As 29 poetas hoje (2021) and Slam Grito's YouTube channel.Novos espaços de fala são novos espaços de escuta. Essa possibilidade de diálogo, associada à reconfiguração dos lugares cristalizados de fala (colonizador) e de escuta (colonizado), atravessa as discussões acerca do empoderamento de grupos que foram subalternizados em seus processos de autoafirmação, de autovalorização, de autorreconhecimento e de extravasamento de demandas sociais sufocadas. Ao percebermos o cenário contemporâneo como espaço de disputa, é importante que nos atentemos a que vozes têm sido silenciadas ao longo do tempo e ao que podemos fazer, a como podemos atuar para que elas se tornem verdadeiramente vocais, e não apenas visuais, não mais tratadas como objeto de estudo daqueles que, ao longo da história, dominaram o debate cultural para tentar explicar o mundo de um ponto de vista europeu, ou pretensamente europeu. Nesse sentido, a poesia indígena de Graça Graúna, caracterizada por sua indianidade e pela metáfora do corte-vínculo, e o poetry slam de Mel Duarte, Gabz e Stephanie Borges, repletos de escrevivências, de ancestralidades e de corporeidades, marcam a insurreição de um corpo — individual e coletivo — que busca a palavra como instrumento de luta e de empoderamento no caminho da decolonialidade. Para tais análises estéticas, serão utilizados poemas presentes nos livros Tear da palavra (2007), Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta (2019), As 29 poetas hoje (2021) e no canal do YouTube do Slam Grito.Novos espaços de fala são novos espaços de escuta. Essa possibilidade de diálogo, associada à reconfiguração dos lugares cristalizados de fala (colonizador) e de escuta (colonizado), atravessa as discussões acerca do empoderamento de grupos que foram subalternizados em seus processos de autoafirmação, de autovalorização, de autorreconhecimento e de extravasamento de demandas sociais sufocadas. Ao percebermos o cenário contemporâneo como espaço de disputa, é importante que nos atentemos a que vozes têm sido silenciadas ao longo do tempo e ao que podemos fazer, a como podemos atuar para que elas se tornem verdadeiramente vocais, e não apenas visuais, não mais tratadas como objeto de estudo daqueles que, ao longo da história, dominaram o debate cultural para tentar explicar o mundo de um ponto de vista europeu, ou pretensamente europeu. Nesse sentido, a poesia indígena de Graça Graúna, caracterizada por sua indianidade e pela metáfora do corte-vínculo, e o poetry slam de Mel Duarte, Gabz e Stephanie Borges, repletos de escrevivências, de ancestralidades e de corporeidades, marcam a insurreição de um corpo — individual e coletivo — que busca a palavra como instrumento de luta e de empoderamento no caminho da decolonialidade. Para tais análises estéticas, serão utilizados poemas presentes nos livros Tear da palavra (2007), Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta (2019), As 29 poetas hoje (2021) e no canal do YouTube do Slam Grito.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasí­lia2023-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer ReviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/51131Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 69 (2023): Occupying Spaces: Legitimation of Contemporary Brazilian Women Writers - Cecília Paiva Ximenes Rodrigues, Cristiane Lira e Lígia Bezerra (org.)Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 69 (2023): Ocupando espaços: legitimação de escritoras brasileiras contemporâneas - Cecília Paiva Ximenes Rodrigues, Cristiane Lira e Lígia Bezerra (org.)2316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/51131/38653http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFreitas, Karine Aragão dos SantosMendes, Talita Rosetti Souza2023-10-12T17:38:18Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/51131Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2023-10-12T17:38:18Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false
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