A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas:: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociedade e Estado |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078 |
Resumo: | Este artigo discute a estrutura epistêmica do mundo moderno em relação aos quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI (1450-1650). Argumenta-se que o privilégio epistêmico do homem ocidental foi construído à s custas do genocídio/epistemicídios dos sujeitos coloniais. O artigo relaciona o racismo/sexismo epistêmico da estrutura das universidades ocidentalizadas e do mundo moderno ao genocídio/epistemicídio contra muçulmanos e judeus na conquista de Al-Andalus, contra povos nativos na conquista das Américas, contra povos africanos na conquista da África e a escravização dos mesmos nas Américas e, finalmente, contra as mulheres europeias queimadas vivas acusadas de bruxaria. Esses quatro genocídios/epistemicídios são fundantes da estrutura epistêmica moderno-colonial e das universidades ocidentalizadas. A tese principal deste artigo é que a condição de possibilidade para o cartesianismo idolátrico dos anos 1640 que assume o olho de Deus e arroga-se o direito de dizer “penso, logo existo” é o “extermino, logo existo”. |
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A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas:: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVIUniversidades ocidentalizadasEpistemologia racista/sexistaSistema-mundoGenocídio/epistemicídiosConquista colonialEste artigo discute a estrutura epistêmica do mundo moderno em relação aos quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI (1450-1650). Argumenta-se que o privilégio epistêmico do homem ocidental foi construído à s custas do genocídio/epistemicídios dos sujeitos coloniais. O artigo relaciona o racismo/sexismo epistêmico da estrutura das universidades ocidentalizadas e do mundo moderno ao genocídio/epistemicídio contra muçulmanos e judeus na conquista de Al-Andalus, contra povos nativos na conquista das Américas, contra povos africanos na conquista da África e a escravização dos mesmos nas Américas e, finalmente, contra as mulheres europeias queimadas vivas acusadas de bruxaria. Esses quatro genocídios/epistemicídios são fundantes da estrutura epistêmica moderno-colonial e das universidades ocidentalizadas. A tese principal deste artigo é que a condição de possibilidade para o cartesianismo idolátrico dos anos 1640 que assume o olho de Deus e arroga-se o direito de dizer “penso, logo existo” é o “extermino, logo existo”.Departamento de Sociologia - UnB/SOL2016-01-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078Sociedade e Estado; Vol. 31 No. 1 (2016): Dossiê: Decolonialidade e perspectiva negra; 25-49Sociedade e Estado; Vol. 31 Núm. 1 (2016): Dossiê: Decolonialidade e perspectiva negra; 25-49Sociedade e Estado; v. 31 n. 1 (2016): Dossiê: Decolonialidade e perspectiva negra; 25-491980-54620102-6992reponame:Sociedade e Estadoinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078/5454Copyright (c) 2016 Revista Sociedade e Estadoinfo:eu-repo/semantics/openAccessGrosfoguel, Ramón2022-04-26T21:25:41Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6078Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/indexPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistasol@unb.br1980-54620102-6992opendoar:2022-04-26T21:25:41Sociedade e Estado - Universidade de Brasília (UnB)false |
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