Fragmentação sindical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dal Rosso, Sadi
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/21896
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004
Resumo: O Brasil chama a atenção pelo número de entidades sindicais de trabalhadores. Uma pesquisa feita pelo IBGE em 2001 resultou em 13.203 sindicatos, dos quais 9.186 tinham registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Onze anos mais tarde, em 2012, este mesmo Ministério registra 9.954 instituições com certificado ativo, aproximadamente 8% a mais de sindicatos em onze anos. Qual o significado da ampliação do número de sindicatos? Está-se diante de processos de saudáveis organizações de novas bases sindicais ou se trata de fragmentação de forças? O artigo discute esta questão e também mostra a heterogeneidade da estrutura sindical, que apresenta um grande número de organizações dadas as práticas constitutivas requeridas por lei. Opera-se com a hipótese de que boa parte da divisão organizativa, processo que se observa no interior dos sindicatos de trabalhadores, corresponde a uma fragmentação em decorrência de lutas por espaços políticos, por verbas do imposto sindical, por divisão territorial e por puro corporativismo, o que não implica em elevar a capacidade de luta da estrutura como um todo. A primeira parte do artigo analisa o princípio da liberdade sindical e sua implementação pela Constituição de 1988. A segunda procede a um estudo mais circunstanciado ao sindicalismo no setor da educação, especialmente a educação superior. O vertiginoso surgimento de centrais sindicais após o ano 2000 fornece força cabal ao argumento da fragmentação. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
id UNB_19b1936fc0584c94a74f4db41ad97c4b
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/21896
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Dal Rosso, Sadi2016-12-06T14:57:42Z2016-12-06T14:57:42Z2013-04DAL ROSSO, Sadi. Fragmentação sindical. Educar em Revista, Curitiba, n. 48, p. 39-52, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602013000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 maio 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004.http://repositorio.unb.br/handle/10482/21896http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004O Brasil chama a atenção pelo número de entidades sindicais de trabalhadores. Uma pesquisa feita pelo IBGE em 2001 resultou em 13.203 sindicatos, dos quais 9.186 tinham registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Onze anos mais tarde, em 2012, este mesmo Ministério registra 9.954 instituições com certificado ativo, aproximadamente 8% a mais de sindicatos em onze anos. Qual o significado da ampliação do número de sindicatos? Está-se diante de processos de saudáveis organizações de novas bases sindicais ou se trata de fragmentação de forças? O artigo discute esta questão e também mostra a heterogeneidade da estrutura sindical, que apresenta um grande número de organizações dadas as práticas constitutivas requeridas por lei. Opera-se com a hipótese de que boa parte da divisão organizativa, processo que se observa no interior dos sindicatos de trabalhadores, corresponde a uma fragmentação em decorrência de lutas por espaços políticos, por verbas do imposto sindical, por divisão territorial e por puro corporativismo, o que não implica em elevar a capacidade de luta da estrutura como um todo. A primeira parte do artigo analisa o princípio da liberdade sindical e sua implementação pela Constituição de 1988. A segunda procede a um estudo mais circunstanciado ao sindicalismo no setor da educação, especialmente a educação superior. O vertiginoso surgimento de centrais sindicais após o ano 2000 fornece força cabal ao argumento da fragmentação. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTBrazil has a large number of labor unions. A union survey made by IBGE in 2001 resulted in 13.203 unions, of which 9.186 were certified by the Labor and Employment Ministry. Eleven years later, in 2012, the same Ministry registers 9.954 institutions with active certificate, an increase of approximately 8% in eleven years. What does it mean this union growth in Brazil? Is it the effect of a healthy process of organization of new union bases or does it represent fragmentation of forces? The paper discusses those questions and shows that the union structure is composed heterogeneously what demands a large number of organizations due to the complex practices adopted by law. The hypothesis is that a great part of the organizational division that operates inside labor unions corresponds to a process of fragmentation by struggles for better political spaces, for access to union contributions, territorial division and sheer corporativism, factors that do not contribute to strengthen the struggling capacity of workers. The first part of the paper analyses the introduction of the principle of freedom in union organizations by the 1988 Constitutional Act. The second provides a deeper study on unionism about the educational sector, specially higher education. The fast growth in number of union central associations after 2000 provides a forceful argument in favor of growing fragmentation of labor unions.Setor de Educação da Universidade Federal do ParanáEducar em Revista - All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License (Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602013000200004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 6 dez. 2016.info:eu-repo/semantics/openAccessFragmentação sindicalTrade Union fragmentationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleSindicatosporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_FragmentacaoSindical.pdfARTIGO_FragmentacaoSindical.pdfapplication/pdf638008http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21896/1/ARTIGO_FragmentacaoSindical.pdf65f3247cb2ef3a1b45fb83ecce6a93d3MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain253http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21896/2/license.txt98aadb834370d2ba7687ac6807d3d562MD52open access10482/218962023-05-26 21:00:35.158open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/21896TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IENhbWlsYSAgRHVhcnRlIChjYW1pbGFkaWFzQGJjZS51bmIuYnIpIG9uIDIwMTYtMDUtMjVUMTY6MzE6NDRaIChHTVQpOgoKU3VibWlzc8OjbyBlZmV0aXZhZGEgcG9yIGludGVncmFudGUgZGEgZXF1aXBlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuQiBkZSBhY29yZG8gY29tIGxpY2Vuw6dhIGNvbmNlZGlkYSBwZWxvIGF1dG9yIGUvb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLg==Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-05-27T00:00:35Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv Fragmentação sindical
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Trade Union fragmentation
title Fragmentação sindical
spellingShingle Fragmentação sindical
Dal Rosso, Sadi
Sindicatos
title_short Fragmentação sindical
title_full Fragmentação sindical
title_fullStr Fragmentação sindical
title_full_unstemmed Fragmentação sindical
title_sort Fragmentação sindical
author Dal Rosso, Sadi
author_facet Dal Rosso, Sadi
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dal Rosso, Sadi
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Sindicatos
topic Sindicatos
description O Brasil chama a atenção pelo número de entidades sindicais de trabalhadores. Uma pesquisa feita pelo IBGE em 2001 resultou em 13.203 sindicatos, dos quais 9.186 tinham registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Onze anos mais tarde, em 2012, este mesmo Ministério registra 9.954 instituições com certificado ativo, aproximadamente 8% a mais de sindicatos em onze anos. Qual o significado da ampliação do número de sindicatos? Está-se diante de processos de saudáveis organizações de novas bases sindicais ou se trata de fragmentação de forças? O artigo discute esta questão e também mostra a heterogeneidade da estrutura sindical, que apresenta um grande número de organizações dadas as práticas constitutivas requeridas por lei. Opera-se com a hipótese de que boa parte da divisão organizativa, processo que se observa no interior dos sindicatos de trabalhadores, corresponde a uma fragmentação em decorrência de lutas por espaços políticos, por verbas do imposto sindical, por divisão territorial e por puro corporativismo, o que não implica em elevar a capacidade de luta da estrutura como um todo. A primeira parte do artigo analisa o princípio da liberdade sindical e sua implementação pela Constituição de 1988. A segunda procede a um estudo mais circunstanciado ao sindicalismo no setor da educação, especialmente a educação superior. O vertiginoso surgimento de centrais sindicais após o ano 2000 fornece força cabal ao argumento da fragmentação. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-12-06T14:57:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-12-06T14:57:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv DAL ROSSO, Sadi. Fragmentação sindical. Educar em Revista, Curitiba, n. 48, p. 39-52, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602013000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 maio 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/21896
dc.identifier.doi.en.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004
identifier_str_mv DAL ROSSO, Sadi. Fragmentação sindical. Educar em Revista, Curitiba, n. 48, p. 39-52, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602013000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 maio 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/21896
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná
publisher.none.fl_str_mv Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21896/1/ARTIGO_FragmentacaoSindical.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21896/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 65f3247cb2ef3a1b45fb83ecce6a93d3
98aadb834370d2ba7687ac6807d3d562
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803573571271786496