A subjetividade presente no estudo psicossocial da adoção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Niva Maria Vasques
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Costa, Liana Fortunato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/7457
https://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722004000100012
Resumo: Esse trabalho traz reflexões acerca da subjetividade presente nos estudos psicossociais da adoção, elaborados pela equipe técnica em uma Vara da Infância e da Juventude, a partir de uma pesquisa realizada, visando a conhecer quais critérios eram adotados por essa equipe, para elaborarem seus pareceres. A colocação em família substituta é medida excepcional que pode se realizar através da guarda, tutela ou adoção e visa garantir o direito da criança ou adolescente (impossibilitada de permanecer com sua família biológica) à convivência familiar e comunitária. A pesquisa foi efetuada num enfoque qualitativo, tendo como participantes nove técnicos do Setor de Adoção de uma VIJ (psicólogos e assistentes sociais) que realizam os estudos psicossociais de Adoção e de Inscrição, a avaliação psicossocial dos casos, seleção e preparação de candidatos. Utilizou-se como instrumento a entrevista de grupo focal. As informações obtidas nesse grupo foram analisadas de acordo com a proposta da epistemologia qualitativa. Os resultados mostram que há um reconhecimento do aspecto subjetivo da avaliação psicossocial, e que o sofrimento presente no processo de estudo e adoção é, em muitos momentos, também compartilhado pelo técnico. Um outro aspecto presente nos resultados refere-se à reflexão que o técnico realiza sobre suas próprias experiências em família e determinada classe social e cultural. As conclusões indicaram que o processo de estudo psicossocial gera desconforto, temor e ansiedade tanto nas famílias adotantes como nos psicólogos e assistentes sociais que realizam os estudos e acompanham os casos. Os técnicos percebem ainda que a subjetividade no processo pode dar margens a abusos de poder.
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