Hematoma subdural agudo traumático : estudo de 110 pacientes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/25398 https://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1996000200011 |
Resumo: | Apresentamos uma série consecutiva de 110 pacientes com hematoma subdural agudo traumático (HSDA) admitidos no serviço de emergência do HBDF no período de 1°-janeiro a 1°-dezembro-1994. Todos os pacientes foram atendidos de acordo com o mesmo protocolo. Houve predominância do sexo masculino (79%), com idade variando entre 14 e 70 anos, sendo os atropelamentos (34%) e os acidentes automobilísticos (20%) as causas mais comuns. A maioria dos pacientes (85,7%) foi admitida muito grave, com 8 pontos ou menos na Escala de Coma Glasgow (ECG), o que influenciou diretamente na mortalidade. A tomografia computadorizada de crânio foi o exame diagnóstico de escolha que mostrou serem as contusões e o inchaço cerebral ("swelling") as lesões intracranianas associadas mais freqüentes. A cirurgia foi realizada em 45,1% dos pacientes, e, em sua maioria, através de craniotomia fronto-têmporo-parietal ampla, com drenagem do hematoma, seguida de plástica da dura-mater. Em 54,9% as condições clínicas não permitiram a realização da cirurgia; neste grupo, cerca de 69,6% estavam em coma profundo à admissão, com 3 pontos na ECG. A letalidade cirúrgica foi de 61,2% e esteve diretamente relacionada à condição clínica inicial e à idade do paciente. A letalidade, incluindo todos os pacientes cirúrgicos e não cirúrgicos com HSDA, mesmo aqueles admitidos já com sinais de falência de tronco cerebral, foi de 79,5%. Além destes pacientes que faleceram, cerca de 7% evoluíram sem seqüelas ou com seqüelas mínimas; outros 11,4% com seqüelas de moderadas a paves e 2,1 % permaneceram em estado vegetativo persistente. Nossos dados estão de acordo com os da literatura no que se refere a elevada taxa de morbidade e mortalidade dos pacientes com HSDA. |
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Hematoma subdural agudo traumático : estudo de 110 pacientesAcute traumatic subdural haematomas : study of 110 casesTraumatismo cranioencefálicoHematoma subdural agudo traumáticoEpidemiologiaDiagnósticoCondutaApresentamos uma série consecutiva de 110 pacientes com hematoma subdural agudo traumático (HSDA) admitidos no serviço de emergência do HBDF no período de 1°-janeiro a 1°-dezembro-1994. Todos os pacientes foram atendidos de acordo com o mesmo protocolo. Houve predominância do sexo masculino (79%), com idade variando entre 14 e 70 anos, sendo os atropelamentos (34%) e os acidentes automobilísticos (20%) as causas mais comuns. A maioria dos pacientes (85,7%) foi admitida muito grave, com 8 pontos ou menos na Escala de Coma Glasgow (ECG), o que influenciou diretamente na mortalidade. A tomografia computadorizada de crânio foi o exame diagnóstico de escolha que mostrou serem as contusões e o inchaço cerebral ("swelling") as lesões intracranianas associadas mais freqüentes. A cirurgia foi realizada em 45,1% dos pacientes, e, em sua maioria, através de craniotomia fronto-têmporo-parietal ampla, com drenagem do hematoma, seguida de plástica da dura-mater. Em 54,9% as condições clínicas não permitiram a realização da cirurgia; neste grupo, cerca de 69,6% estavam em coma profundo à admissão, com 3 pontos na ECG. A letalidade cirúrgica foi de 61,2% e esteve diretamente relacionada à condição clínica inicial e à idade do paciente. A letalidade, incluindo todos os pacientes cirúrgicos e não cirúrgicos com HSDA, mesmo aqueles admitidos já com sinais de falência de tronco cerebral, foi de 79,5%. Além destes pacientes que faleceram, cerca de 7% evoluíram sem seqüelas ou com seqüelas mínimas; outros 11,4% com seqüelas de moderadas a paves e 2,1 % permaneceram em estado vegetativo persistente. Nossos dados estão de acordo com os da literatura no que se refere a elevada taxa de morbidade e mortalidade dos pacientes com HSDA.We report a series of 110 patients with acute traumatic subdural hematoma (ASDH) admitted at HBDF emergency within 1994 (January Is1 to December PJ.All patients were treated according to the same protocol. There was a predominance of males (79%), with ages ranging from 14 to 70, being car accidents (20%) and car-pedestrian accidents (34%) the most frequent causes The majority of patients (85.7%) was admitted in very serious condition, with a score of 8 points on the Glasgow Coma Scale (GCS) or lesser, which directly influenced the mortality rates. CT scan was the diagnostic procedure of choice, and it showed contusion and brain swelling to be the most frequent associated intracranial lesions. Surgery was carried out in 45.1% of cases and, in most instances, through an ample fronto-temporo-parietal craniotomy, with hematoma drainage and dural reconstitution. In 54.9% of cases, clinical conditions did not allow surgery and in this group, 69.6%Em processamentoAcademia Brasileira de Neurologia - ABNEURO2017-12-07T04:27:51Z2017-12-07T04:27:51Z1996info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfArq. Neuro-Psiquiatr.,v.54,n.2,p.238-244,1996http://repositorio.unb.br/handle/10482/25398https://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1996000200011porFigueiredo Neto, Nicandro deMartins, Johnny Wesley G.Parage Filho, MiguelMotta, Luiz Augusto Casulari Roxo daMello, Paulo Andrade dePereira, Ronaldo Sérgio Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-28T16:24:47Zoai:repositorio.unb.br:10482/25398Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-28T16:24:47Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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