Arquitetura da base aérea de Natal na segundas guerra mundial e as mudanças trazidas pelas travessias do Atlântico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Graciete Guerra da
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/21808
Resumo: O Campo de Aviação de Parnamirim já existia antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial. Com a entrada dos Estados Unidos no grande conflito e a cessão de áreas, pelo Governo brasileiro para apoio das tropas aliadas, Parnamirim tomou, evidentemente, um grande impulso. A imensa área era dividida em duas partes distintas pelas pistas de pouso asfaltadas, 16-34 e 12-30: no setor oeste das pistas foi construída a Base Aérea de Natal, que era conhecida como a “Base Brasileira”. No setor leste das pistas foi edificada, em proporções muito maiores, a “Base Americana”, também denominada Base de Parnamirim ou Parnamirim Field. Quando o Governo dos Estados Unidos iniciou a construção do “Campo de Parnamirim”, em novembro de 1940, já haviam sido construídas algumas obras, tais como hangares, estações-rádio, e pequenas instalações para usos diversos. O período da construção se estendeu até março de 1944 em consequência de várias mudanças dos planos iniciais de construção pelos americanos. A Base Americana dispunha de mais de 700 edificações, a maioria em estilo simples que ficou conhecido como “barraco”, para suportar um trânsito diário de 400 a 600 aeronaves, em demanda da África. Segundo a engenharia americana, o prazo normal da duração de um “barraco” era de sete a dez anos. No entanto transcorridos 42 anos do conflito mundial, existe ainda um número considerável de “barracos”, ainda em plena utilização, embora muitos prédios já tenham passado por reformas. Além desses, ainda está no local o prédio do Comando da Base Aérea, a Capela construída durante a Segunda Guerra Mundial, as pistas de pouso, o Cassino dos Oficiais, hospital, cinema, hangares, dentre outras. A construção dessa Base Aérea contou com dez hangares, instalações para combustíveis que abrangiam 20 tanques de superfície de aço, com capacidade total de 528.300 galões, 12 tanques de aço subterrâneos, cinco plataformas e sete bombas fixas. As instalações da Base Aérea americana permitiam alojar 1.800 oficiais e 2.700 subalternos e o hospital tinha disponibilidade de 178 leitos. Os prédios que abrigavam os serviços de restaurante, reembolsável, estação de rádio e outros, funcionavam 24 horas por dia. Com a desativação da Base Aérea americana, em 31 de outubro de 1945, a Comissão Mista Militar Brasil- Estados Unidos em relatório circunstanciado elaborado em setembro de 1946, qualificou os edifícios e as estruturas do “Campo de Parnamirim”, em condições razoavelmente boas, assim como as redes de água e esgoto. Trata-se, sem dúvida alguma, de um vasto e importante patrimônio histórico e arquitetônico, a ser estudado, registrado e preservado. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT
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spelling Costa, Graciete Guerra da2016-11-22T12:03:38Z2016-11-22T12:03:38Z2011COSTA, Graciete Guerra da. Arquitetura da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial e as mudanças trazidas pelas travessias do Atlântico. Navigator, Rio de Janeiro, v. 7, p. 83/N13-95, 2011. Disponível em: <http://www.revistanavigator.com.br/navig13/art/N13_art3.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/21808O Campo de Aviação de Parnamirim já existia antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial. Com a entrada dos Estados Unidos no grande conflito e a cessão de áreas, pelo Governo brasileiro para apoio das tropas aliadas, Parnamirim tomou, evidentemente, um grande impulso. A imensa área era dividida em duas partes distintas pelas pistas de pouso asfaltadas, 16-34 e 12-30: no setor oeste das pistas foi construída a Base Aérea de Natal, que era conhecida como a “Base Brasileira”. No setor leste das pistas foi edificada, em proporções muito maiores, a “Base Americana”, também denominada Base de Parnamirim ou Parnamirim Field. Quando o Governo dos Estados Unidos iniciou a construção do “Campo de Parnamirim”, em novembro de 1940, já haviam sido construídas algumas obras, tais como hangares, estações-rádio, e pequenas instalações para usos diversos. O período da construção se estendeu até março de 1944 em consequência de várias mudanças dos planos iniciais de construção pelos americanos. A Base Americana dispunha de mais de 700 edificações, a maioria em estilo simples que ficou conhecido como “barraco”, para suportar um trânsito diário de 400 a 600 aeronaves, em demanda da África. Segundo a engenharia americana, o prazo normal da duração de um “barraco” era de sete a dez anos. No entanto transcorridos 42 anos do conflito mundial, existe ainda um número considerável de “barracos”, ainda em plena utilização, embora muitos prédios já tenham passado por reformas. Além desses, ainda está no local o prédio do Comando da Base Aérea, a Capela construída durante a Segunda Guerra Mundial, as pistas de pouso, o Cassino dos Oficiais, hospital, cinema, hangares, dentre outras. A construção dessa Base Aérea contou com dez hangares, instalações para combustíveis que abrangiam 20 tanques de superfície de aço, com capacidade total de 528.300 galões, 12 tanques de aço subterrâneos, cinco plataformas e sete bombas fixas. As instalações da Base Aérea americana permitiam alojar 1.800 oficiais e 2.700 subalternos e o hospital tinha disponibilidade de 178 leitos. Os prédios que abrigavam os serviços de restaurante, reembolsável, estação de rádio e outros, funcionavam 24 horas por dia. Com a desativação da Base Aérea americana, em 31 de outubro de 1945, a Comissão Mista Militar Brasil- Estados Unidos em relatório circunstanciado elaborado em setembro de 1946, qualificou os edifícios e as estruturas do “Campo de Parnamirim”, em condições razoavelmente boas, assim como as redes de água e esgoto. Trata-se, sem dúvida alguma, de um vasto e importante patrimônio histórico e arquitetônico, a ser estudado, registrado e preservado. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe Parnamirim’s aviation camp existed before World War 2 explosion. When U.S.A joined the big conflict, and the Brazilian Government gave some areas to support the allied troops, Parnamirim took of course a big impulse. The big area was divided in two parts between the asphalted traces of landing, 16-34 and 12-30: On the west side of the traces, the Air Base of Natal was built, and it was known as the “Brazilian Base”. On the east side of the traces it was built the “American Base”, in much larger proportions, it was also called the “Parnamirim Base” or “Parnamirim Field”. When the Government of the United States bagen the construction of the “Parnamirim Field” in november 1940, there were already some buildings there, such as hangars, radio stations, and small installations for different uses. The time for construction extended till march 1944 due to many original plan changes by the north Americans. The American Base had more then 700 buildings, most of them in simple style that became named “barraco”, to support from 400 to 600 airplanes a day, in a demand to Africa. According to the American engineering, the normal duration time of a “barraco” was from 7 to 10 years. But nowadays, even elapsed 42 years from the World War 2, there still exists a considerable number of “barracos”, in full use, though many buildings have been reformed. Besides those, there are still in the Air Base: the small church built during World War 2, the landing traces, the Official’s Casino, the hospital, the cinema, hangars, between others. The construction of this Air Base was helped by ten hangars, installations for inflammables that included twenty tanks of surface made of steel with 528.300 gallons capacity, twelve underground tanks of steel, five platforms and seven fixed water pampers. The installations of the American Air Base permitted to accommodate 1.800 officials and 2.700 sub-officials. The hospital had 178 beds. The buildings had restaurants, banks, radio stations and others, they worked 24 hours a day. When the deactivation of the American Air Base came in October 31 of the year 1945, the Mixed Military Commission Brazil-U.S.A told in a detailed report in September 1946, qualified the buildings and the structures of the “Parnamirim Field” in barely good conditions, even the water tubes and sewers. It is indeed a vast and important historical and architectural inheritance to be studied, registred and preserved.Instituto de Relações Internacionais (IREL)Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da MarinhaRevista Navigator: Subsídios para a História Marítima do Brasil - Normas para publicação: A Revista Navigator aceita trabalhos inéditos relacionados à História Marítima e áreas afins, sob a forma de artigos, ensaios e resenhas. A publicação dos trabalhos é decidida segundo pareceres dos membros do Conselho Editorial, Conselho Consultivo e de dois pareceristas ad hoc, que avaliam a qualidade do trabalho e sua adequação às finalidades editoriais da revista. As colaborações para a Revista Navigator devem seguir as seguintes especificações: ... 8. Uma vez publicados os trabalhos, à Navigator se reserva todos os direitos autorais, permitindo, entretanto, a sua posterior reprodução, com a devida citação da fonte. ... . Fonte: http://www.revistanavigator.com.br/normas.html. Acesso em: 21 nov. 2016.info:eu-repo/semantics/openAccessArquitetura da base aérea de Natal na segundas guerra mundial e as mudanças trazidas pelas travessias do Atlânticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleArquiteturaSegunda Guerra MundialNatal (RN) - base aéreaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_ArquiteturaBaseAereaNatal.pdfARTIGO_ArquiteturaBaseAereaNatal.pdfapplication/pdf1016614http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21808/1/ARTIGO_ArquiteturaBaseAereaNatal.pdf855c8c6f9ef7a40a543e97f034619ff2MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain192http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/21808/2/license.txt4947b273c1491d005d9ab203c8b6cb61MD52open access10482/218082023-09-01 08:16:48.496open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/21808TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IENhbWlsYSAgRHVhcnRlIChjYW1pbGFkaWFzQGJjZS51bmIuYnIpIG9uIDIwMTYtMTEtMjFUMTY6MDU6NDVaIChHTVQpOgoKU3VibWlzc8OjbyBlZmV0aXZhZGEgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBsaWNlbsOnYSBjb25jZWRpZGEgcGVsbyBhdXRvciBlL291IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcy4KBiblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-09-01T11:16:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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