A escola e a opção pelos pobres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dantas, Lúcio Gomes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/16005
Resumo: Doutorado (tese)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação, Universidade de Brasília.
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spelling A escola e a opção pelos pobresThe school and the option for the poorLa escuela e la opción por los pobresL'École et l"option pour les pauvresPobrezaEscolas públicasÉticaDoutorado (tese)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação, Universidade de Brasília.As distâncias entre pobres e ricos tornam-se cada vez mais acintosas, o que evidencia as desigualdades sociais. Organismos governamentais tratam a pobreza e os pobres baseando-se em aspectos monetários e querem promover o bem-estar das pessoas sob o disfarce do desenvolvimento humano, o que desencadeia, por parte do Estado, a gestão de políticas sociais com instrumentos observacionais, analíticos e procedimentos de operacionalização. Constroem-se indicadores, definem-se tipologias de pobrezas para se explicar as desigualdades sociais. Com isso, camuflam-se outros entendimentos sobre a vida do pobre, pois a primazia recai na condição econômica, esquecendo-se que as injustiças sociais advêm das desigualdades. O presente estudo procurou tratar da relação que existe entre pobreza como valor e aspectos éticos vivenciados no contexto escolar. Pretendeu-se examinar o ser pobre sob o ângulo da ética cristã e suas implicações na escola, buscando ampliar o conceito de pobreza. Partiu-se do pressuposto de que ser pobre no espírito leva a outro entendimento de pobreza: o de viver valorativamente. Para atender a esse propósito, utilizou-se a observação vivencial em duas escolas públicas no Distrito Federal, uma situada na zona urbana e outra, na zona rural. Foram colaboradores deste trabalho as equipes gestoras, educadores, estudantes e famílias destes. Para conhecer os contextos escolares, dialogou-se com os colaboradores, incentivando-os a narrarem suas histórias de vida em busca da caracterização da cultura escolar vinculada à situação de pobreza. Interpretou-se a produção de dados à luz da análise de conteúdo. Discutiram-se as concepções que permearam as relações interpessoais desses colaboradores na escola e recorreram-se aos ensinamentos cristãos baseados no evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus, especificamente os contidos na primeira bem-aventurança, que é um convite à felicidade na condição de ser pobre no espírito; isto é, um modo de viver que se contrapõe à hegemonia do pensamento socioeconômico a respeito do pobre. Apontou-se que a pobreza, como um valor, está explícita em virtudes clássicas como sobriedade, solidariedade e simplicidade vividas no seio da comunidade. Como princípios éticos em relação à escola e aos estudantes pobres, considerou-se a bem-aventurança do ser pobre no espírito por apontar condições de entender relações autênticas dos seres humanos, o que, por sua vez, pode conduzir a uma vida feliz. Por fim, considerou-se uma pessoa pobre no espírito quando ela lida com outra como um ser pleno de competências e capacidades, além de acolhê-la independentemente de sua condição socioeconômica.The distances between rich and poor becomes increasingly malevolent, which highlights social inequalities. Government agencies dealing with poverty and poor based monetary aspects; want to promote the welfare of the people under the guise of human development, which triggers, by the State, the management of social policies with observational instruments, analytical and operational procedures. Build indicators, defined types of poverty to explain social inequalities. With this, camouflage if other understandings about the life of the poor, because the primacy rests on economic condition, forgetting that the social injustices arising from inequalities. The present study sought to address the relationship that exists between poverty as value and ethical aspects experienced in school context. It intended to examine the poor under the angle of Christian ethics and their implications at the school, seeking to broaden the concept of poverty. Shattered the assumption that being poor in spirit leads to another understanding of poverty: the living society attaches. To serve this purpose, experiential observation used in two public schools in the Distrito Federal, one located in the urban area and another in the countryside. Were employees of this work managing teams, educators, students and their families. To meet the school contexts, interacted with employees, encouraging them to narrate their life stories in search of characterization of school culture linked to poverty. Interpreted data production in light of content analysis. The seminar discussed conceptions permeated interpersonal relations of employees at school and appealed to Christian teachings based on the Gospel of Jesus Christ according to St. Matthew, specifically contained the first Bliss is an invitation to happiness on condition of being poor in spirit; that is, a way of living that juxtaposes the hegemony of socioeconomic thought about the poor. Pointed out that poverty, as a value, is explicit in classical virtues as sobriety, simplicity and solidarity experienced within the community. As ethical principles in relation to school and poor students, the bliss of being poor in spirit for pointing out conditions to understand authentic human relations, which, in turn, can lead to a happy life. Finally, it considered a poor person in the spirit when she deals with another as full of skills and capabilities, in addition to taking it regardless of their socioeconomic condition.Las distancias entre pobres y ricos se hacen cada vez más exacerbadas, lo que pone en evidencia las desigualdades sociales. Organismos gubernamentales tratan a la pobreza y a los pobres en base a aspectos monetarios y quieren promover el bienestar de las personas bajo el disfraz del desarrollo humano, lo que genera, de parte del Estado, la gestión de políticas sociales con instrumentos de observación, de análisis y procedimientos de ejecución. Indicadores son construidos y tipologías de pobreza definidas para explicar las desigualdades sociales. Con ello, otros entendimientos sobre la vida del pobre son camuflados, pues la primacía recae en la condición económica, olvidándose de que las injusticias sociales advienen de las desigualdades. El presente estudio se ha propuesto tratar la relación que existe entre pobreza como valor y aspectos éticos vivenciados en el contexto escolar. Se ha buscado examinar el ser pobre bajo la óptica de la ética cristiana y sus implicaciones en la escuela, buscándose ampliar el concepto de pobreza. El punto de partida ha sido la suposición de que ser pobre en el espíritu lleva a otro entendimiento de pobreza: el de vivir valerosamente. Para atender a ese propósito, se ha utilizado la observación vivencial en dos escuelas públicas en el Distrito Federal, una de ellas ubicada en zona urbana y la otra en el área rural. Han colaborado con este trabajo los equipos de gestores, educadores, estudiantes y sus familiares. Para conocer los contextos escolares, se ha dialogado con los colaboradores, incentivándolos a narrar sus historias de vida en la búsqueda por caracterizar la cultura escolar vinculada a la situación de pobreza. La interpretación de los datos producidos se hizo a la luz del análisis de contenido. Se ha discutido las concepciones que permearon las relaciones interpersonales de dichos colaboradores en la escuela y se ha recurrido a las enseñanzas cristianas basadas en el evangelio de Jesucristo según San Mateo, especialmente las contenidas en la primera bienaventuranza, que es una invitación a la felicidad bajo la condición de ser pobre en el espíritu; es decir, un modo de vivir que se opone a la hegemonía del pensamiento socioeconómico acerca del pobre. Se ha indicado que la pobreza, como un valor, está explícita en virtudes clásicas como sobriedad, solidaridad y simplicidad vividas en el interior de la comunidad. Como principios éticos en lo que atañe a la escuela y a los estudiantes, se ha considerado la bienaventuranza del ser pobre en el espíritu para señalar condiciones de entendimiento de las relaciones auténticas de los seres humanos, lo que, por su vez, puede conducir a una vida feliz. Por fin, se ha considerado una persona pobre en el espíritu cuando ella trata a la otra como un ser pleno de competencias y capacidades, además de acogerla, independiente de su condición socioeconómica.Les distances entre les riches et les pauvres deviennent de plus en plus provocatrices, ce qui met en évidence les inégalités sociales. Des organismes gouvernementaux traitent la pauvreté et les pauvres ayant pour base des aspects monétaires. Ils veulent promouvoir le bien-être des personnes sous le couvert du développement humain. Ce qui déclenche, par l'État, la gestion de politiques sociales avec des instruments d'observation et d'analyse, et de procédures pour la mise en oeuvre. Des indicateurs sont construits, typologies de pauvretés sont définies pour expliquer les inégalités sociales. Avec cela, d'autres interprétations sur la vie du pauvre sont camouflées, puisque la primauté réside dans la condition économique, en oubliant que les injustices sociales découlent des inégalités. La présente étude est une tentative de traiter la relation qui existe entre pauvreté, en tant que valeur, et aspects éthiques expérimentés en contexte scolaire. Nous avons cherché à examiner la pauvreté sous l'angle de l'éthique chrétienne et ses implications dans l'école, en essayant d’élargir la notion de pauvreté. Nous sommes partis de la présupposition que le fait d'être pauvre en esprit mène à une autre compréhension de la pauvreté: celle de vivre de manière valorisée. Pour servir à cet objectif, nous avons utilisé l'observation expérientielle dans deux écoles publiques de District Fédéral, l'une située dans la zone urbaine et l’autre dans la zone rurale. Ont été collaborateurs de ce travail les équipes gestionnaires, les éducateurs, les étudiants et leurs familles. Pour en savoir plus sur le contexte scolaire, nous avons parlé avec les collaborateurs, les encourageant à narrer leurs histoires de vie, afin de caractériser la culture scolaire liée à la situation de pauvreté. Nous avons interprété la production de données à la lumière de l'analyse de contenu. Nous avons discuté sur les notions qui traversent les relations interpersonnelles de ces collaborateurs dans l’école. Nous avons eu recours aux enseignements chrétiens fondés dans l'évangile de Jésus Christ selon Saint Mathieu, spécifiquement ceux de la première Béatitude: une invitation au bonheur sous condition d'être pauvre en esprit. C'est à dire: une manière de vivre qui va à l'encontre de l'hégémonie de la pensée sócio-économique en ce qui concerne le pauvre. On a souligné que la pauvreté, comme une valeur, est explicite dans des vertus classiques comme sobriété, solidarité et simplicité vécues au sein de la communauté. En tant que principes éthiques par rapport à l'école et aux étudiants pauvres, nous avons considéré la Béatitude d'être pauvre en esprit parce qu’elle pointe des conditions pour comprendre les relations authentiques des êtres humains, ce qui, à son tour, peut conduire à une vie heureuse. Enfin, nous avons considéré une personne pauvre en esprit lorsqu'elle traite avec une autre comme un être plein de compétences et de capacités, en plus de l'accepter indépendamment de sa condition socioéconomique.Tunes, ElizabethDantas, Lúcio Gomes2014-07-30T12:44:40Z2014-07-30T12:44:40Z2014-07-302014-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfDANTAS, Lúcio Gomes. A escola e a opção pelos pobres. 2014. xv, 250 f., il. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.http://repositorio.unb.br/handle/10482/16005A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-06-27T19:17:37Zoai:repositorio.unb.br:10482/16005Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-06-27T19:17:37Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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