Estrutura argumental e ordem dos termos no Português L2 (escrito) de surdos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/21841 http://dx.doi.org/10.26512/2016.07.D.21841 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. |
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Estrutura argumental e ordem dos termos no Português L2 (escrito) de surdosPortuguês do Brasil como Segunda Língua (PBSL)Língua brasileira de sinaisSurdos - aquisição da segunda línguaDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016.Este trabalho tem o objetivo de analisar a expressão sintática da estrutura argumental na gramática da língua portuguesa na interlíngua de surdos aprendizes do português L2 e verificar como ocorre a aquisição dessas estruturas, tendo em vista a hipótese da interferência da L1, a Língua Brasileira de Sinais, no desenvolvimento linguístico. Para tanto, analisamos dados da interlíngua de surdos de uma escola que adota a instrução bilíngue (português (escrito) e LIBRAS), adotando uma perspectiva transversal, com os participantes surdos divididos em dois grupos: o grupo A, 4º e 5º ano, e o grupo B, do 8º e do 9º ano. Nossos resultados mostram que a interlíngua dos participantes surdos dos grupos A e B manifesta duas características: (1) a maioria das sentenças ocorre na ordem VO, V, SV, SVO. Esse padrão coincide com a ordem básica de LIBRAS e do português (SVO); (2) não foi observado o uso de pronomes pessoais na posição de sujeito e de objeto nos dados. O desenvolvimento linguístico foi observado em relação aos seguintes aspectos: (1) os participantes do grupo A produzem mais sentenças com argumento nulos e verbos isolados do que os participantes surdos grupo B, o que indica que o estudante do grupo A tem pouco conhecimento das categorias gramaticais do português; 2) os participantes do grupo B apresentam mais sentenças com a posição de sujeito e de objeto preenchida, o que indica que existe domínio maior da estrutura oracional; (3) os participantes do grupo B utilizam um número maior de verbos, o que mostra que a maior exposição ao input linguístico amplia o domínio dos itens lexicais e de seu uso gramatical. Concluímos que o estudante surdo recebe o input linguístico principalmente pela escolarização. Quanto mais avança no nível acadêmico, maior o desenvolvimento linguístico, embora a aquisição das categorias gramaticais seja seletiva, pois segue uma progressão. No entanto, o ideal é desenvolver uma metodologia para que o estudante surdo tenha acesso ao input linguístico de forma estratégica. Considerando os dados da pesquisa, fica evidente que o input linguístico que os estudantes receberam não foi suficiente para desenvolver o conhecimento em relação ao uso dos pronomes pessoais na estrutura oracional, na posição de sujeito e de objeto. É inegável que essa categoria funcional é muito importante para a construção da estrutura oracional.This study aims to investigate the syntactic expression of the argument structure in the interlanguage of deafs learners of Portuguese as a second language, in order to verify the acquisition of the grammatical functions. Assuming the hypothesis that the first language (L1), namely the sign language (LIBRAS) has influence in the linguistic development of the second language (L2), we analyse data extracted from the interlanguage collected in a bilingual school for deafs, adopting a transversal perspective, in which the participants are distributed in group A, from the 4th and 5th year, and group B, from the 8th and 9th year. Our results show that the interlanguage of the participants in groups A and B displays two characteristics: (1) the majority of the sentences occur in the order VO, V, SV, SVO. This pattern coincides with the basic order of both LIBRAS and Portuguese (SVO); (2) the use of personnal pronouns was not observed in the subject and in the object position. The linguistic development in turn was observed with respect to the following aspects: (1) the deafs participants of group A produce more sentences with null arguments and bare verbs than the ones of group B, which points to the conclusion that the students of group A have little knowledge of the grammatical categories of Portuguese; 2) the participants of group B have more sentences with the subject and the object position filled, which points to the conclusion that the students of group B have a better performance in mastering clause structure; (3) the participants of group B make use of a bigger amount of verbs than those of group A, showing that more exposure to the linguistic input increases the mastering of the lexical items and of its grammatical properties. We conclude that the deaf student receives the linguistic input of (written) Portuguese mainly through schooling. The more advanced is the academic level more linguistic development is observed, although the acquisition of the grammatical categories is selective, as it follows a progression. Given this, ideally, the methodology should be developed in order to provide the deaf student with the appropriate access to the linguistic input. Considering the results of the present research, it is undeniable that the linguistic input was not robust enough to develop the appropriate use of personal pronouns in the subject and object position of the clause structure, further implying that this functional category plays a crucial role in language development.Instituto de Letras (IL)Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)Programa de Pós-Graduação em LinguísticaSalles, Heloísa Maria Moreira Lima de AlmeidaFerreira, Hely César2016-11-25T10:58:46Z2016-11-25T10:58:46Z2016-11-252016-07-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERREIRA, Hely César. Estrutura argumental e ordem dos termos no Português L2 (escrito) de surdos. 2016. 120 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/21841http://dx.doi.org/10.26512/2016.07.D.21841A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-01-25T18:20:38Zoai:repositorio.unb.br:10482/21841Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-01-25T18:20:38Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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