Entre os rios que tudo arrastam e as margens que os oprimem : as determinações ontológicas da unidade exploração-opressão
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/45222 |
Resumo: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2022. |
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Entre os rios que tudo arrastam e as margens que os oprimem : as determinações ontológicas da unidade exploração-opressãoOntologiaMarx, Karl, 1818-1883 - crítica e interpretaçãoLukács, György, 1885-1971 - crítica e interpretaçãoAlienaçãoTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2022.O presente texto apresenta a síntese do estudo sobre a pertinência dos fundamentos da ontologia do ser social para desvendamento da unidade exploração-opressão. Articulando criticamente os acúmulos teóricos de Marx e Lukács, do feminismo marxista e do marxismo antirracista e anticolonial, adensamos a complexidade da Teoria da Reprodução Social para pensar as questões de classe, raça/etnia, gênero/sexo e sexualidade, demonstrando que estas reflexões desvendam determinações com ênfases metodológicas diversas, se aproximando sucessivamente de sua essência quanto mais estruturam as análises por uma síntese unitária que articula os fundamentos da alienação do trabalho, da alienação colonial e da alienação sexual. Em nosso estudo, demonstramos que, assim como o trabalho é a categoria fundante do ser social, a alienação é a categoria ontológica da unidade exploração-opressão, enquanto a primeira é a fonte de humanização do mundo e da diversidade humana, a alienação é o postulado para a desefetivação do ser e da produção social das desigualdades e de suas naturalizações pautadas na dominação, desumanização, coisificação, hierarquização e apropriação. No amadurecimento do capitalismo e de sua base racista e heterocispatriarcal, mais que uma funcionalidade, a opressão se realiza em unidade com a exploração como um elemento constitutivo de sua substância alienada. A reprodução social ampliada subjetiva formas de alienação que hipertrofiam o ethos do tipo humano burguês, ou seja, do detentor dos meios de produção, homem, branco, cis, heterossexual, europeu, judaico-cristão, liberal, defensor da razão formal-abstrata e familista. Dos preconceitos cotidianos às violências estruturais e desigualdades no mundo do trabalho, o racismo, o machismo e a lgbtqiafobia materializam as expressões reprodutivas da unidade exploração-opressão. A expropriação contínua potencializa a exploração da força de trabalho, ao passo que também aprofunda a dinâmica das opressões e seus rebatimentos no interior da classe explorada, amplificando estranhamentos entre os sujeitos, diversificando a massa populacional de reserva como uma mercadoria com distintos valores de troca, a saber, pelo tempo socialmente necessário para sua produção e reprodução onde, a depender dos seus corpos, identidades, territórios e relações, esta dimensão eleva ou rebaixa sua carga valorativa, a sua precificação salarial e sua relevância, visibilidade, possibilidade de existir ou autorização para sua descartabilidade e extermínio.The present text presents the synthesis of the study on the relevance of the foundations of the ontology of the social being for the unveiling of the exploitation-oppression unit. Critically articulating the theoretical accumulations of Marx and Lukács, of Marxist feminism and of the anti-racist and anti-colonial Marxism, we deepen the complexity of the Theory of Social Reproduction to think about the issues of class, race/ethnicity, gender/sex and sexuality, demonstrating that these reflections reveal determinations with different methodological emphases, successively approaching their essence the more they structure the analyzes by a unitary synthesis that articulates the foundations of work alienation, colonial alienation and sexual alienation. In our study, we demonstrate that, just as work is the founding category of the social being, alienation is the ontological category of the exploitation-oppression unit, while the former is the source of humanization of the world and human diversity, alienation is the postulate for the de-effectiveness of being and the social production of inequalities and their naturalizations based on domination, dehumanization, objectification, hierarchy and appropriation. In the maturation of capitalism and its racist and heterocispatriarchal base, more than a functionality, oppression takes place in unity with exploitation as a constitutive element of its alienated substance. Extended social reproduction subjects forms of alienation that hypertrophy the ethos of the bourgeois human type, that is, of the holder of the means of production, male, white, cis, heterosexual, European, Judeo-Christian, liberal, defender of formal-abstract and familiar From everyday prejudices to structural violence and inequalities in the world of work, racism, machismo and lgbtqiaphobia materialize the reproductive expressions of the exploitation-oppression unit. Continuous expropriation enhances the exploitation of the workforce, while it also deepens the dynamics of oppression and its repercussions within the exploited class, amplifying estrangement between subjects, diversifying the reserve population mass as a commodity with different exchange values, namely, for the socially necessary time for its production and reproduction where, depending on their bodies, identities, territories and relationships, this dimension raises or lowers its value load, its salary pricing and its relevance, visibility, possibility of existing or authorization for its disposability and extermination.El presente texto presenta la síntesis del estudio sobre la pertinencia de los fundamentos de la ontología del ser social para el desvelamiento de la unidad explotación-opresión. Articulando críticamente los cúmulos teóricos de Marx y Lukács, del feminismo marxista y del marxismo antirracista y anticolonial, profundizamos la complejidad de la Teoría de la Reproducción Social para pensar las cuestiones de clase, raza/etnia, género/sexo. y la sexualidad, demostrando que estas reflexiones revelan determinaciones con diferentes énfasis metodológicos, acercándose sucesivamente a su esencia cuanto más estructuran los análisis mediante una síntesis unitaria que articula los fundamentos de la alienación del trabajo, la alienación colonial y la alienación sexual. En nuestro estudio demostramos que, así como el trabajo es la categoría fundante del ser social, la alienación es la categoría ontológica de la unidad explotación-opresión, mientras que el primero es la fuente de humanización del mundo y de la diversidad humana, la alienación es la postulado para la desefectividad del ser y la producción social de desigualdades y sus naturalizaciones a partir de la dominación, la deshumanización, la objetivación, la jerarquización y la apropiación. En la maduración del capitalismo y su base racista y heterocispatriarcal, más que una funcionalidad, la opresión se da en unidad con la explotación como elemento constitutivo de su sustancia enajenada. La reproducción social extendida sujeta formas de alienación que hipertrofian el ethos del tipo humano burgués, es decir, del poseedor de los medios de producción, varón, blanco, cis, heterosexual, europeo, judeocristiano, liberal, defensor de lo formal-abstracto. y familiar Desde los prejuicios cotidianos hasta las violencias estructurales y las desigualdades en el mundo del trabajo, el racismo, el machismo y la lgbtqiafobia materializan las expresiones reproductivas de la unidad explotación-opresión. La expropiación continua potencia la explotación de la fuerza de trabajo, al mismo tiempo que profundiza la dinámica de la opresión y sus repercusiones dentro de la clase explotada, amplifica el distanciamiento entre sujetos, diversifica la masa poblacional de reserva como una mercancía con distintos valores de cambio, es decir, por el tiempo socialmente necesario para su producción y reproducción donde, según sus cuerpos, identidades, territorios y relaciones, esta dimensión eleva o disminuye su carga de valor, su tasación salarial y su relevancia, visibilidad, posibilidad de existencia o autorización para su enajenación y exterminio.Boschetti, Ivanete Saletepaulo.pinheiro@ufmt.brPinheiro, Paulo Wescley Maia2022-11-28T22:32:21Z2022-11-28T22:32:21Z2022-11-282022-07-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfPINHEIRO, Paulo Wescley Maia. Entre os rios que tudo arrastam e as margens que os oprimem: as determinações ontológicas da unidade exploração-opressão. 2022. 408 f., il. Tese (Doutorado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/45222A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-10T14:47:47Zoai:repositorio.unb.br:10482/45222Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-10T14:47:47Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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