A depressão pós-parto influencia o cuidado à saúde infantil?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Wallace dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/13236
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2013.
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spelling A depressão pós-parto influencia o cuidado à saúde infantil?Recém-nascidos - cuidado e tratamentoDepressão pós-partoPuerpérioDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2013.A mortalidade infantil, sobretudo no período neonatal, ainda tem apresentado valores globais expressivos. O Fundo das Nações Unidas para a Infância propôs um modelo conceitual para avaliar a capacidade e a habilidade do cuidador e da família em prestar cuidado à criança. O cuidado à saúde infantil depende, prioritariamente, da capacidade materna de cuidar, que, por sua vez, pode ser comprometida pela depressão pós-parto. Não se dispõe de estimativas nacionais sobre este tipo de depressão, mas há estudos pontuais no Brasil que encontraram prevalências variando de 10,8% a 39,4%, o que pode indicar um problema de saúde pública. Este estudo objetivou analisar a relação entre o cuidado à saúde infantil e seus preditores, enfatizando a depressão pós-parto, bem como identificar a concordância entre duas versões da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo usadas no Brasil. Utilizaram-se dados secundários do inquérito “Chamada Neonatal”, que estudou, dentre outros fatores, a depressão em mães de menores de três meses de idade, residentes em municípios selecionados da Amazônia Legal e da Região Nordeste do Brasil. Avaliou-se o grau de concordância entre as duas escalas, por meio do teste kappa (n=3.891). Construiu-se um índice como proxy de cuidado à saúde infantil, a partir das variáveis: situações de aleitamento materno e imunização, hospitalização e o peso por idade. Nesta investigação testaram-se inicialmente variáveis socioeconômicas, maternas, infantis e de sintomas de depressão (n=3.921) por meio de análise univariada, identificando aquelas com valor de p<0,20, para compor a regressão logística. Na regressão, calcularam-se os odds ratio bruto e ajustado de cuidado à saúde infantil inadequado. Na avaliação do grau de concordância entre a escala original, composta por 10 questões e a versão curta, com seis perguntas, houve concordância substancial ou quase perfeita entre as duas versões para a prevalência de sintomas de depressão pós-parto, bem como para todas as variáveis testadas. Encontrou-se 84,3% de cuidado adequado e 21% das mães com sintomas de depressão. Baixo peso ao nascer, presença de sintomas de depressão, inadequação do pré-natal e criança do sexo masculino associaram-se ao cuidado inadequado. Contudo, o odds ratio ajustado apontou apenas o baixo peso ao nascer, residir no interior e a existência de sintomas de depressão como correlatos à inadequação deste cuidado. Os resultados confirmaram a hipótese de que cuidado à saúde infantil é correlato à presença de sintomas de depressão pós-parto, como também peso ao nascer e ao local de moradia. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTInfant mortality has presented significant values, mainly in the neonatal period, in the world. The United Nations Children's Fund proposed a conceptual model useful for assessing the capacity and skill of the caregiver and family in providing child care. The child health care depends primarily on the maternal capacity of care, which can be compromised by postpartum depression. National estimates on this type of depression are not available, however specific studies in Brazil have found prevalence ranging from 10.8% to 39.4%, which may indicate a public health problem. This study aimed to analyze the relations between child health care and its predictors, emphasizing the postpartum depression, and to identify the agreement between the two versions of the Edinburgh Postnatal Depression Scale used in Brazil. We used secondary data from the “Neonatal Survey”, which that studied, among other factors, the depression in women with children below 3 months of age, living in the Amazon and Northeast regions of Brazil. We assess the level of agreement between the two versions of the scales using kappa test (n = 3,891). We constructed an index as a proxy for child health care, based on these variables: breastfeeding and immunization status, hospitalization and weight for age. In assessing child health care, we tested socioeconomic, maternal and child variables and depression symptoms (n = 3,921), initially by univariate analysis, to identify those with p <0.20 to compose the logistic regression model. We calculated the crude and adjusted odds ratio of inadequate child health care. The kappa test showed substantial or almost perfect agreement between the short (composed of 6 questions) and full (composed of 10 questions) versions of the Edinburgh Postnatal Depression Scale for the depression symptoms prevalence, as well as for all variables tested. We found 84.3% of adequate care and 21% of mothers with depression symptoms. Low birth weight, presence of depression symptoms, inadequate prenatal and infant males were associated with inadequate care. However, the adjusted odds ratio just showed that low birth weight, to live in the interior and the existence of depression symptoms are correlates to the inadequacy of this care. Results support the assumption that child health care is correlated to postpartum depression symptoms, as well as birth weight and place of residence.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeSantos, Leonor Maria PachecoGubert, Muriel BauermannSantos, Wallace dos2013-06-04T12:00:37Z2013-06-04T12:00:37Z2013-06-042013-03-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Wallace dos. A depressão pós-parto influencia o cuidado à saúde infantil? 2013. 96 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.http://repositorio.unb.br/handle/10482/13236A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T20:39:15Zoai:repositorio.unb.br:10482/13236Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T20:39:15Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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