Subjetividade e lazer : contribuições para uma análise crítica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/22663 http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.D.22663 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Mestrado em Educação Física, 2016. |
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Subjetividade e lazer : contribuições para uma análise críticaLazerSubjetividadeEmancipaçãoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Mestrado em Educação Física, 2016.Em nosso trabalho partimos do seguinte problema: Quais as relações entre lazer e subjetividade? Como estas são constituídas? Constatada a pouca ocorrência e mesmo os limites dos estudos que abordaram tal relação, identificamos na análise dos estudos do lazer vinculados a tradição marxista a possibilidade de desenvolvimento do tema por assumirem a mútua determinação entre sujeito e objeto. Nesse caso, a subjetividade se apresenta como um componente inseparável dos processos de formação da vida humana. Não há objeto sem sujeito e nem sujeito sem objeto. Ao constituírem uma relação, o indivíduo não pode ser considerado apenas no seu caráter objetivo, determinado pela base econômica, mas em seu processo de autodeterminação. E é nesse processo de autoconstrução que se criam novas formas de objetivação, que possibilitam, por sua vez, novas formas de subjetivação. Sendo assim, a subjetividade não corresponde a um dado natural, imediato ao indivíduo, mas é construída historicamente, atravessada pelas contradições de classe e representa elemento essencial na construção, na transformação, na apreensão e na interpretação cognitiva do real. Diante destas considerações e com o objetivo de aprofundar as relações entre lazer e subjetividade, foram estabelecidos outros eixos de investigação: Como as transformações realizadas na relação tempo livre/tempo de trabalho nas últimas décadas impactaram o modo de ser dos trabalhadores? Considerando o lazer ser a forma predominante de ocupação do tempo livre na contemporaneidade, quais são os seus determinantes? São possíveis trabalho e lazer plenos de sentido sob o modo de produção capitalista? Assumindo a perspectiva da emancipação humana, qual deve ser o lugar do lazer no projeto emancipatório? Como importante elemento nas disputas entre capital e trabalho, reconhecemos no lazer tanto um dos terrenos possíveis de obliteração/inversão da subjetividade exacerbada, quanto possibilidade de questionamento dos limites da “liberdade” e “felicidade” por ele prometidos. A refuncionalização do lazer operada no Brasil durante a década de 1990, no entanto, ao conferir nova vida às concepções subjetivistas pela afirmação do prazer do indivíduo e de sua liberdade de escolha no mercado, opera como simulacro de emancipação do capital. Ciente dos inúmeros limites de nossa pesquisa e de que a produção de um conhecimento verdadeiro sobre o lazer ou qualquer outro complexo é sempre resultado de sucessivas aproximações e do trabalho coletivo, apresentamos nossa modesta contribuição ao debate.In our work we start from the following problem: What are the relations between leisure and subjectivity? As these are established? Given the low occurrence and even the limitations of the studies that have addressed this relation, we have identified in the analysis of leisure studies linked with the Marxist tradition the possibility of developing the issue by taking the mutual determination between subject and object. In this case, the subjectivity is presented as an inseparable component of the processes of human life. There is no object without a subject or subject and no object. In forming a relation, the individual cannot be considered only in its objective character, determined by the economic base, but in their self-determination process. It is in this self-determination process that are created new forms of objectification, which allow, in turn, new forms of subjectivity. Thus, subjectivity does not correspond to a natural condition, immediate to the individual, but it is historically constructed, crossed by the class contradictions and is essential in the building, the transformation, the seizure and cognitive interpretation of the reality. In view of these considerations and in order to deepen relations between leisure and subjectivity, other research areas were established: How the changes made in the relation free time / work time in recent decades affected the way of being of workers? Considering the leisure to be the predominant form of free time occupation nowadays, what are its determinants? It is possible to achieve meaningful work and leisure under the capitalist mode of production? Assuming the perspective of human emancipation, what should be the place of leisure in the emancipatory project? As an important element in disputes between capital and labor, we recognize in leisure as both, the possible ground for obliteration / inversion of exacerbated subjectivity, or the possibility of questioning the limits of "freedom" and "happiness" that it promised. The leisure refunctionalization operated in Brazil during the 1990’s, however, in giving new life to the subjectivist conceptions for the individual pleasure affirmation and his freedom of choice in the market, operates as the capital emancipation simulacrum. Aware of the numerous limitations of our research and also of the fact that the production of a true knowledge of the leisure or any other social complex is always the result of successive approximations and collective work, we present our modest contribution to the debate.Faculdade de Educação Física (FEF)Programa de Pós-Graduação em Educação FísicaHúngaro, Edson MarceloOliveira, Bruno Assis de2017-02-19T19:30:46Z2017-02-19T19:30:46Z2017-02-192016-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Bruno Assis de. Subjetividade e lazer: contribuições para uma análise crítica. 2016. 144 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/22663http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.D.22663A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-08T19:29:02Zoai:repositorio.unb.br:10482/22663Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-08T19:29:02Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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