Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Roberto
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Teno, Luiz Antonio Castilho, Groppo, Antonio Amauri, Ávila Neto, Vicente, Beltrame, Roberto, Marques, Carla Pintas, Brofman, Paulo Roberto Slud
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/11448
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382000000300011
Resumo: O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulação cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sexto ano de operação do RBM, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1999 e teve como objetivo principal comparar os dados clínicos dos pacientes submetidos a implante de marcapasso ventricular aos dos pacientes que receberam marcapasso atrioventricular. Nesse período, foram reportados 11.048 procedimentos, perfazendo 8141 (73,7%) implantes iniciais e 2907 (26,3%) reoperações. Foram implantados 6779 (61,4%) marcapassos unicamerais e 4258 (38,6%) bicamerais. Dos implantes de câmara única, apenas 99 (0,9%) foram atriais. A relação média nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,6: 1. Pela análise dos dados apresentados para os primeiros implantes de marcapasso, foi possível verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulação, como: 1) a região onde o hospital está instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distúrbio da condução do paciente. Diferenças Regionais: A região centro-oeste diferiu das demais, por apresentar maior número de implante atrioventricular que ventriculares (relação AV / VVI = 1,5). Nas demais regiões, foram implantados mais marcapassos ventriculares que dupla-câmara com relações AV / VVI variando de 0,78 na região sudeste a 0,51 na região sul. Idade: Na faixa etária de 21 a 60 anos, houve mais implantes bicamerais (relação AV / VVI = 1,7 dos 21 aos 40 anos e 1,25 dos 41 aos 60). Nas demais faixas etárias, o número de implantes ventriculares foi maior, com relação VVI/AV variando de 1,3: 1 nas duas primeiras décadas da vida a 3,2: 1 na faixa etária maior que 81 anos. Classe Funcional: apenas nos pacientes de classe funcional I o número de marcapassos bicamerais excedeu o número de ventriculares (relação AV/VVI = 1,4). Nos pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca prévia, o número de implantes ventriculares foi maior com relação VVI / AV de 1,2: 1 na classe II; de 1,5: 1 na classe III e de 1,9: 1 na classe IV. Distúrbio do Sistema Éxcito-Condutor: Pacientes portadores de doença do nó sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiológicos que ventriculares (relação AV/VVI = 2,1: 1). Nos portadores de bloqueios do 2o grau, a relação VVI/AV foi de 1,2:1, nos portadores de bloqueios totais, foi 1,8:1 e nos pacientes portadores de flutter ou fibrilação atrial 10: 1. Outros Fatores Analisados: Sintomas pré-operatórios, etiologia do distúrbio da condução e sexo do paciente não estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulação escolhido. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
id UNB_615cd56b8a2011ab28242fe1767e8daa
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/11448
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999Brazilian Pacemaker register: pacing mode choice in 1999Marcapasso cardíaco - estatísticaCoração - cirurgiaEstatísticas médicasIndicadores de saúdeO Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulação cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sexto ano de operação do RBM, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1999 e teve como objetivo principal comparar os dados clínicos dos pacientes submetidos a implante de marcapasso ventricular aos dos pacientes que receberam marcapasso atrioventricular. Nesse período, foram reportados 11.048 procedimentos, perfazendo 8141 (73,7%) implantes iniciais e 2907 (26,3%) reoperações. Foram implantados 6779 (61,4%) marcapassos unicamerais e 4258 (38,6%) bicamerais. Dos implantes de câmara única, apenas 99 (0,9%) foram atriais. A relação média nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,6: 1. Pela análise dos dados apresentados para os primeiros implantes de marcapasso, foi possível verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulação, como: 1) a região onde o hospital está instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distúrbio da condução do paciente. Diferenças Regionais: A região centro-oeste diferiu das demais, por apresentar maior número de implante atrioventricular que ventriculares (relação AV / VVI = 1,5). Nas demais regiões, foram implantados mais marcapassos ventriculares que dupla-câmara com relações AV / VVI variando de 0,78 na região sudeste a 0,51 na região sul. Idade: Na faixa etária de 21 a 60 anos, houve mais implantes bicamerais (relação AV / VVI = 1,7 dos 21 aos 40 anos e 1,25 dos 41 aos 60). Nas demais faixas etárias, o número de implantes ventriculares foi maior, com relação VVI/AV variando de 1,3: 1 nas duas primeiras décadas da vida a 3,2: 1 na faixa etária maior que 81 anos. Classe Funcional: apenas nos pacientes de classe funcional I o número de marcapassos bicamerais excedeu o número de ventriculares (relação AV/VVI = 1,4). Nos pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca prévia, o número de implantes ventriculares foi maior com relação VVI / AV de 1,2: 1 na classe II; de 1,5: 1 na classe III e de 1,9: 1 na classe IV. Distúrbio do Sistema Éxcito-Condutor: Pacientes portadores de doença do nó sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiológicos que ventriculares (relação AV/VVI = 2,1: 1). Nos portadores de bloqueios do 2o grau, a relação VVI/AV foi de 1,2:1, nos portadores de bloqueios totais, foi 1,8:1 e nos pacientes portadores de flutter ou fibrilação atrial 10: 1. Outros Fatores Analisados: Sintomas pré-operatórios, etiologia do distúrbio da condução e sexo do paciente não estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulação escolhido. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACTBrazilian pacemaker register (RBM) is a nationwide database to collect data about all permanent pacemaker procedures performed in Brazil. It is a task force composed of the Health Ministry, Pacemaker Companies and Medical Society. This is a survey reporting the 6th complete year of operation. From January 1st, 1999 to December 31st, 1999, 11.048 surgical procedures for permanent cardiac pacing were performed: 8141 initial implants (73.7%) and 2907 re-operations (26.3%). Single chamber pacemakers were implanted in 6779 patients (61.4%) and dual chamber in 4258 (38.6%). Only 99 atrial single chamber pacemakers were implanted (0.7%). It was possible to detect some factors that had influenced the pacing mode choice for ventricular (VVI) or dual chamber (DC) pacing: 1) the Brazilian region where the procedure was performed; 2) the age of the patient; 3) the functional class for Heart Failure (NYHA) and the preoperative EKG finding. Regional Influence: Ventricular pacemakers were more prevalent in all regions except the central-west where the DC / VVI ratio was 1.5: 1. In all other regions the VVI / DC ratio ranged from 1.3 to 2.0: 1. Age: Atrioventricular pacemakers were preferred for patients from 21 to 60 yrs. (DC / VV ratio range = 1.7:1 and 1.3:1, respectively for ages 21 to 40 and 41 to 60 yrs.). In all other age classes ventricular pacing mode was prevalent. Heart Failure: Ventricular pacemakers were the choice in classes II, III and IV (VVI / DC ratio = 1.2: 1 for class II, 1.5 : 1 for class III and 1.9: 1 in class IV). In class I patients, more dual chamber pacemakers were implanted (DC / VVI ratio = 1.4: 1). Pre-operative EKG Finding: Only sinus syndrome patients received more dual chamber pacemaker than ventricular (DC / VVI ratio = 2.1:1). In all other types of conduction disturbances, more ventricular pacemakers were implanted than dual chamber: in 2nd degree AV block the VVI / DC ratio was 1.2:1, in 3rd AB block it was 1.8: 1 and in atrial flutter / fibrillation patients 10: 1. Other Factors: Gender, preoperative symptoms and etiology of conduction disturbance were not related to pacing mode choice.Faculdade UnB Ceilândia (FCE)Curso de Saúde Coletiva (FCE-SC)Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular2012-10-22T18:02:05Z2012-10-22T18:02:05Z2000-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfCOSTA, Roberto et al. Registro Brasileiro de Marcapassos: escolha do modo de estimulação no ano de 1999. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São Paulo, v. 15, n. 3, jul./set. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382000000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 17 out. 2012.http://repositorio.unb.br/handle/10482/11448http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382000000300011Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (Attribution-NonCommercial 3.0 Unported (CC BY-NC 3.0)). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-7638&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 17 out. 2012info:eu-repo/semantics/openAccessCosta, RobertoTeno, Luiz Antonio CastilhoGroppo, Antonio AmauriÁvila Neto, VicenteBeltrame, RobertoMarques, Carla PintasBrofman, Paulo Roberto Sludporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-08-29T19:20:35Zoai:repositorio.unb.br:10482/11448Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-08-29T19:20:35Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
Brazilian Pacemaker register: pacing mode choice in 1999
title Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
spellingShingle Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
Costa, Roberto
Marcapasso cardíaco - estatística
Coração - cirurgia
Estatísticas médicas
Indicadores de saúde
title_short Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
title_full Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
title_fullStr Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
title_full_unstemmed Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
title_sort Registro Brasileiro de Marcapassos : escolha do modo de estimulação no ano de 1999
author Costa, Roberto
author_facet Costa, Roberto
Teno, Luiz Antonio Castilho
Groppo, Antonio Amauri
Ávila Neto, Vicente
Beltrame, Roberto
Marques, Carla Pintas
Brofman, Paulo Roberto Slud
author_role author
author2 Teno, Luiz Antonio Castilho
Groppo, Antonio Amauri
Ávila Neto, Vicente
Beltrame, Roberto
Marques, Carla Pintas
Brofman, Paulo Roberto Slud
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Roberto
Teno, Luiz Antonio Castilho
Groppo, Antonio Amauri
Ávila Neto, Vicente
Beltrame, Roberto
Marques, Carla Pintas
Brofman, Paulo Roberto Slud
dc.subject.por.fl_str_mv Marcapasso cardíaco - estatística
Coração - cirurgia
Estatísticas médicas
Indicadores de saúde
topic Marcapasso cardíaco - estatística
Coração - cirurgia
Estatísticas médicas
Indicadores de saúde
description O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulação cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sexto ano de operação do RBM, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1999 e teve como objetivo principal comparar os dados clínicos dos pacientes submetidos a implante de marcapasso ventricular aos dos pacientes que receberam marcapasso atrioventricular. Nesse período, foram reportados 11.048 procedimentos, perfazendo 8141 (73,7%) implantes iniciais e 2907 (26,3%) reoperações. Foram implantados 6779 (61,4%) marcapassos unicamerais e 4258 (38,6%) bicamerais. Dos implantes de câmara única, apenas 99 (0,9%) foram atriais. A relação média nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,6: 1. Pela análise dos dados apresentados para os primeiros implantes de marcapasso, foi possível verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulação, como: 1) a região onde o hospital está instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distúrbio da condução do paciente. Diferenças Regionais: A região centro-oeste diferiu das demais, por apresentar maior número de implante atrioventricular que ventriculares (relação AV / VVI = 1,5). Nas demais regiões, foram implantados mais marcapassos ventriculares que dupla-câmara com relações AV / VVI variando de 0,78 na região sudeste a 0,51 na região sul. Idade: Na faixa etária de 21 a 60 anos, houve mais implantes bicamerais (relação AV / VVI = 1,7 dos 21 aos 40 anos e 1,25 dos 41 aos 60). Nas demais faixas etárias, o número de implantes ventriculares foi maior, com relação VVI/AV variando de 1,3: 1 nas duas primeiras décadas da vida a 3,2: 1 na faixa etária maior que 81 anos. Classe Funcional: apenas nos pacientes de classe funcional I o número de marcapassos bicamerais excedeu o número de ventriculares (relação AV/VVI = 1,4). Nos pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca prévia, o número de implantes ventriculares foi maior com relação VVI / AV de 1,2: 1 na classe II; de 1,5: 1 na classe III e de 1,9: 1 na classe IV. Distúrbio do Sistema Éxcito-Condutor: Pacientes portadores de doença do nó sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiológicos que ventriculares (relação AV/VVI = 2,1: 1). Nos portadores de bloqueios do 2o grau, a relação VVI/AV foi de 1,2:1, nos portadores de bloqueios totais, foi 1,8:1 e nos pacientes portadores de flutter ou fibrilação atrial 10: 1. Outros Fatores Analisados: Sintomas pré-operatórios, etiologia do distúrbio da condução e sexo do paciente não estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulação escolhido. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
publishDate 2000
dc.date.none.fl_str_mv 2000-07
2012-10-22T18:02:05Z
2012-10-22T18:02:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv COSTA, Roberto et al. Registro Brasileiro de Marcapassos: escolha do modo de estimulação no ano de 1999. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São Paulo, v. 15, n. 3, jul./set. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382000000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 17 out. 2012.
http://repositorio.unb.br/handle/10482/11448
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382000000300011
identifier_str_mv COSTA, Roberto et al. Registro Brasileiro de Marcapassos: escolha do modo de estimulação no ano de 1999. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São Paulo, v. 15, n. 3, jul./set. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382000000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 17 out. 2012.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/11448
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382000000300011
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1814508310843359232