Bioética como resistência : racismo, memória e ciência uma discussão crítica sobre a importância de uma bioética antirracista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fulgêncio, Cristiane Alarcão
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/48462
Resumo: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2023.
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O racismo opera tanto em práticas sub-reptícias no âmbito das relações sociais, na medida em que tem o poder de estruturar as instituições e os indivíduos de forma a moldar a noção de pertencimento, as construções de poder e hierarquia, como também se traduz de forma mais explícita quando, a partir dele e por ele, indivíduos são violentados e mortos deliberadamente. Nesse sentido, será discutido como o racismo operou no âmbito do conhecimento científico onde moldou a formação de pseudoteorias e preconceitos, assim como, a concepção das diferenças entre os povos, vista a partir de um olhar hierarquizado e a cor como símbolo de inferioridade. O objetivo deste trabalho será, portanto, a partir do histórico racista no âmbito do conhecimento científico, particularmente em relação às pesquisas envolvendo seres humanos, mobilizar discussões que busquem situar a bioética em um lugar antirracista e apontar para a importância desse campo de conhecimento abarcar de forma crítica o conjunto de práticas racistas que se estabeleceram ao longo da produção do conhecimento. Pretende-se discutir o papel da bioética face às profundas transformações científicas verificadas no decorrer deste século. Por fim, faz uma crítica ao caráter exclusivamente ocidental das regulamentações éticas e destaca a importância das bioéticas advindas desde o Sul abarcarem parâmetros éticos pluralistas e, portanto, mais includentes.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).This work analyzes, from the perspective of a bioethics focused on social concerns, how this area of knowledge can contribute to unveiling and dismantling racism in scientific contexts involving human beings, but also how it can be a tool of resistance against the appropriation of people and bodies at the service of science. Thus, racist theories and practices established in the field of scientific practice in the 19th century but still present today will be discussed. Racism operates both in surreptitious practices within social relations -as it has the power to structure institutions and individuals to shape the notion of belonging, constructions of power and classification- and in explicit practices -when individuals are raped and killed-. In this sense, this document discusses how racism operated within the scope of scientific knowledge, by shaping the formation of pseudo-theories and prejudices, as well as by creating the conception of differences between people, seen from a hierarchical perspective in which color was seen as a symbol of inferiority. The objective of this work will be, therefore, based on racist history within the scope of scientific knowledge, particularly research involving human beings, to mobilize discussions that seek to place bioethics in an anti-racist locus and point to the importance that this field of knowledge critically encompasses the set of racist practices that were established throughout the production of knowledge. The aim is to discuss the role of bioethics in the face of the profound scientific transformations that have occurred during this century. Finally, it criticizes the exclusively Western character of ethical regulations and highlights the importance of bioethics coming from the South encompassing pluralistic ethical clauses and, therefore, being more inclusive.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em BioéticaNascimento, Wanderson Flor doFulgêncio, Cristiane Alarcão2024-06-27T19:40:50Z2024-06-27T19:40:50Z2024-06-272023-10-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFULGÊNCIO, Cristiane Alarcão. Bioética como resistência: racismo, memória e ciência uma discussão crítica sobre a importância de uma bioética antirracista. 2023. 102 f. Tese (Doutorado em Bioética) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/48462porA concessão da licença desta coleção refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições:Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-06-27T19:40:50Zoai:repositorio.unb.br:10482/48462Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-06-27T19:40:50Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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