Aviões do cerrado : uso de hormônios por travestis e mulheres transexuais do Distrito Federal brasileiro
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/34788 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018. |
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Aviões do cerrado : uso de hormônios por travestis e mulheres transexuais do Distrito Federal brasileiroHormonizaçãoTravestisMulheres transexuaisAutomedicaçãoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018.Introdução: Mulheres transexuais e travestis, na busca de signos de feminilidade corporal, recorrem a diferentes tecnologias de modificação corporal, como é o caso de hormônios. Pelas características de frequente negação de acesso a serviços de saúde, o uso desses hormônios ocorre, majoritariamente, por automedicação. Objetivo: Descrever a prevalência autorrelatada do uso de hormônios pelas travestis e mulheres transexuais do Distrito Federal. Método: Estudo transversal com amostragem realizada por RDS, contendo um questionário do tipo KAP, realizado com mulheres transexuais e travestis maiores de 18 anos de idade, com algum vínculo com o DF e que nunca tenham participado da pesquisa. Para a análise das diferenças estatísticas, utilizaram-se intervalos de confiança de 95%. As prevalências foram estimadas utilizando o estimador RDS-II. Todas as análises foram realizadas no programa R, versão 3.4.4 utilizando o pacote RDS. Resultados: Foram analisadas informações de 201 participantes. O estudo contou com uma amostra jovem, com mediana de idade de 24 anos. A prevalência geral de uso contínuo de hormônios foi de 64,5%. A formulação mais utilizada foi a que combina estrogênio e progesterona (86,2%), nas vias injetável (75,1%) e oral (66%), respectivamente. A maioria (84%) das participantes consegue os hormônios diretamente nas farmácias, sem receituário médico. As orientações sobre o uso desses hormônios vêm, majoritariamente, de outras travestis e transexuais (41%). A satisfação com o uso dos hormônios é alta (mais de 70%), assim como os efeitos indesejados que são sentidos com o uso de hormônios (em 63% dos casos). A descontinuidade do uso de hormônios, em caso de efeitos indesejados, foi a atitude tomada pela maioria das respondentes (43%). Conclusões: De modo geral, percebe-se que o uso de hormônios é bastante prevalente, como relatado na literatura. A automedicação, na maior parte dos casos, é também uma conclusão corroborada por outros achados. Altas taxas de satisfação mostram uma busca pelo prazer individual com a autoimagem. Este estudo demonstrou a realidade do processo de hormonização destas pessoas, refletida nas altas taxas de efeitos indesejados, de descontinuidade de uso e recebimento de informações técnicas apenas de pares.Introduction: Transgender women and travestis, in search of signs of corporal femininity, resort to different technologies of body modification, as is the case of hormones. Due to the frequent denial of access to health services, the use of these hormones occurs, mostly, by self-medication. Objective: To describe the self-reported prevalence of hormone use by transgender women and travestis in the Federal District. Method: A cross-sectional study with RDS sampling, containing a KAP questionnaire, carried out with transgender women and travestis over 18 years of age, with some link with the FD and who had never participated in the survey. For the statistical differences analysis, 95% confidence intervals were used. Prevalences were estimated using the RDS-II estimator. All analyzes were performed in program R, version 3.4.4 using the RDS package. Results: We analyzed information from 201 participants. The study had a young sample with an age median of 24 years. The overall prevalence of continuous use of hormones was 64.5%. The most used formulation was the one that combines estrogen and progesterone (86.2%), in the injectable (75.1%) and oral (66%) presentations, respectively. Most (84%) get the hormones directly in pharmacies, without medical prescription. The guidelines on the use of these hormones come mainly from other transgender women and travestis (41%). The satisfaction with the use of the hormones was high (more than 70%), as well as the side effects felt with the use of hormones (in 63% of cases). Discontinuation of hormone use in cases of side effects was the attitude most of the respondents (43%) took. Conclusions: It is generally perceived that the use of hormones is quite prevalent, as reported in the literature. Self-medication in most cases is also a conclusion corroborated by other findings. High satisfaction rates show a search for individual pleasure with self-image. This study showed the reality of use of hormonesby these persons, reflected on high rates of unwanted effects, discontinuation of use and technical information obtained only from peers.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaMerchan-Hamann, EdgarDíaz Bermúdez, Ximena Pamela ClaudiaKrüger, Alícia2019-06-13T18:32:21Z2019-06-13T18:32:21Z2019-06-132018-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfKRÜGER, Alícia. Aviões do cerrado: uso de hormônios por travestis e mulheres transexuais do Distrito Federal brasileiro. 2018. 114 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.http://repositorio.unb.br/handle/10482/34788A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-15T22:58:42Zoai:repositorio.unb.br:10482/34788Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-15T22:58:42Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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