A escuta dos idosos na pandemia do coronavírus pela Análise do Discurso Ecossistêmica e pelo imaginário
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/39556 |
Resumo: | Nos últimos meses a COVID-19 tem sido assunto dominante a mídia por se tratar de uma pandemia que está fazendo milhões de mortos não só no Brasil. É sabido que os idosos fazem parte do grupo de risco, aquele que pode ter complicações graves se infectado. Esta pesquisa teve por objetivo investigar como os discursos acerca do coronavírus têm interferido no imaginário dos idosos no contexto brasileiro. Para tanto, mobilizamos a Análise do Discurso Ecossistêmica (COUTO; COUTO, 2015) e a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand (1989). Fundamentados nesse arcabouço teórico-metodológico, analisamos sete depoimentos de idosos com faixa etária entre 65 e 85 anos e diferentes níveis de escolarização. Ao apresentar os idosos como frágeis e descartáveis, esses discursos deixam de enfatizar o fato de que existem idosos sendo curados, idosos sendo produtivos, de que o diferente nem sempre representa um peso. Ao colocar jovens e idosos numa espécie de embate, esses discursos de medo segregam e afastam uns dos outros, estabelecendo uma relação não harmoniosa entre eles. Para a ADE, a velhice é um estado natural de continuação da vida e não um estado que antecede a morte. O idoso é um cidadão que também tem direito à vida, a uma sobrevivência digna de respeito. |
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