Compreendendo o tempo vivido por adolescentes do gênero feminino com experiências de viver na rua e em abrigos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/3453 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. |
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Compreendendo o tempo vivido por adolescentes do gênero feminino com experiências de viver na rua e em abrigosPercepção temporalAdolescentesPsicologia do adolescenteMenores de ruaGestalt-terapiaTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008.A diversidade de modos possíveis das adolescentes construírem suas espacialidades e temporalidades, vivendo nas ruas e em abrigos, tem sido focalizada sob diversas óticas nos campos da saúde, educação, sociologia, entre outras áreas. Recorrendo a estudos e pesquisas que investigam essa temática focamos a interrogação que revela a intencionalidade em compreender o modo como as adolescentes que se encontram em abrigos vivenciam o tempo. Nesse sentido, o presente trabalho se propõe a compreender o tempo vivido por essas pessoas, com experiências de viver na rua e em abrigos, na tentativa de possibilitar novos modos de atuação dos profissionais de saúde e áreas afins. Os pressupostos filosóficos da investigação fenomenológica - modalidade do fenômeno situado - fundamentam a investigação. Como a experiência é sempre vivida por um sujeito, situado espaço-temporalmente no horizonte da historicidade do seu real vivido, meninas que estavam experienciando o habitar o abrigo por, no mínimo, quatro meses anteriormente ao início da coleta de dado, participaram da investigação. Por meio de entrevistas semi-estruturadas e atividades de colagem, buscamos por um material que nos permitisse compreender as experiências relacionadas ao tempo vivido pelas participantes. Dos resultados submetidos à análise ideográfica, seguida da elaboração de uma matriz nomotética, emergiram duas grandes categorias abertas: ‘modos de habitar’ e ‘modos de se perceber sendo’. Estas revelaram que, diante da exigência originária do ser-ai e da presença em buscar sua realização nos diversos modos de ser-com, as meninas habitam a rua como uma alternativa ao habitar a casa e, finalmente, o abrigo com a esperança de realizarem seus projetos existenciais. Nesse sentido, sinalizam para o abrigo não como um espaço físico, mas como um espaço vivido, onde educadores e educandos estão sendo-uns-com-os-outros. As grandes categorias desvelam a vivência no presente tanto do passado, por intermédio das recordações, lamentos e pesares, assim como do tempo futuro, por meio de ações vislumbrando satisfazer desejos, na esperança da reconstrução da decadência, possibilitando¸ assim, ações éticas baseadas na redimensão da própria existência e no arrependimento. Esta investigação possibilitou perceber, também, que o tempo vivido no abrigo se constitui em uma oportunidade para a atuação de equipe multi e transdisciplinar envolvendo educadores, psicopedagogos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, médicos, entre outros. Possibilitou ainda evidenciar a necessidade de uma reconstrução das políticas públicas de atenção às adolescentes que venham a contemplá-las em suas dimensões existenciais. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe diversity of teenagers’ possible manners to constitute their spaces and temporalities, when living on the streets and foster homes, has been focused under several perspectives in health, education, sociology and many other fields. Considering studies and researches which investigate this theme, we have focused the questions which reveal the intention to comprehend how foster home teenagers experience time. Hence, this study intends to comprehend the time experienced by these people, experiencing life on the streets and foster homes, on an effort to aid on the actions of health professionals and related areas. Philosophical premises of phenomenological investigation – actual phenomenon modality – provide the fundamentals for the investigation. Since the experience is always experienced by a subject, situated in space and time on the horizon of their lived reality history, girls experiencing inhabiting foster homes, for at least for months before the beginning of data collecting, were included in the investigation. By means of semi-structured interviews and image gluing activities we have achieved some material which allowed for the comprehension of the experiences related to the time lived by the girls. From the results submitted to ideographic analysis, followed by the elaboration of a normotetic matrix, two major open categories emerged: ‘ways of inhabiting’ and ‘ways of perceiving oneself being’. They have revealed that, in face of the original demand of the being-there and of the presence of the search for self realization in the diverse ways of being-with, those girls inhabit the streets as an alternative when inhabiting the house, and finally the foster homes with the hope of achieving their existential projects. In such sense, they signalize for the foster homes not as a physical space, but as a lived space, where educators and learners are being-with-one-another. The major categories unveil the living in the present both of the past, by means of recalling, whining and sorrow, as well as of the future time, through the glimpse of satisfying desires, on the hope of reconstructing decadence, thus making it possible to have ethical actions based on giving a new dimension for their own existence and regret. This investigation allowed us to perceive, also, that the time spent in the foster home constitutes an opportunity for the actions of team which is both multi- and trans-disciplinary, including educators, psycho-pedagogic professionals, social assistants, psychologists, nurses, therapists, and physicians among others. It was also possible to outline the need for a renovation of public policies on teenagers addressing, in order to fulfill them in their existential dimensions.Medeiros, MarceloCosta, Virginia Elizabeth Suassuna Martins2010-01-27T15:11:33Z2010-01-27T15:11:33Z2010-01-272008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfCOSTA, Virginia Elizabeth Suassuna Martins. Compreendendo o tempo vivido por adolescentes do gênero feminino com experiências de viver na rua e em abrigos. 2008. 187 f. Tese (Doutorado)-Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UnB/UFG/UFMS, Goiânia, 2008.http://repositorio.unb.br/handle/10482/3453info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-07T20:28:08Zoai:repositorio.unb.br:10482/3453Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-07T20:28:08Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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