Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maturo, Denise Silva
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Pirola, Melissa Nara de Carvalho Picinato, Ricz, Lílian Neto Aguiar, Trawitzki, Luciana Vitaliano Voi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/30967
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041
Resumo: Objetivo: obter valores de nasalância de jovens adultos, falantes do português brasileiro dos estados de São Paulo e Minas Gerais, para investigar a existência de fatores influenciadores, como variação dialetal e gênero. Método Foi avaliada a nasalidade de 36 indivíduos, 20 oriundos do Estado de São Paulo (idade média: 23 anos) e 16 de Minas Gerais (idade média: 24 anos), de ambos os gêneros, pelo Nasômetro II modelo 6400 (KayPENTAX®) durante a leitura de três textos (nasal1, nasal2 e oral). A comparação dos valores de nasalância entre os grupos foi feita pelo teste t de Student não pareado, considerando dois grupos experimentais. Resultados Os valores de nasalância encontrados nas populações paulista e mineira foram, respectivamente, 52,7% e 48,8% para o texto nasal1; 49,6% e 49,9% para o texto nasal2 e 14,3% e 9,8% para o texto oral. Na análise comparativa da média dos valores, verificou-se diferença no texto oral (p=0,03), sendo a nasalância dos paulistas maior que a dos mineiros, já o fator gênero não apresentou diferença significativa. Conclusão Ambas as populações apresentaram valores de nasalância dentro dos padrões de normalidade, porém a nasalância dos mineiros foi menor que a dos paulistas. O fator gênero não mostrou influência sobre esses valores, ainda que, no texto nasal2, as mulheres mineiras mostraram uma tendência de maior valor de nasalância que os homens mineiros. Nosso estudo contribui para o conhecimento dos valores de referência para populações distintas, falantes do português brasileiro, contudo, deve ser interpretado com ponderação, visto o número reduzido da amostra.
id UNB_839cfc8f403af60ae8195cd2a6cd499a
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/30967
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintosNasalance of Brazilian Portuguese : speaking populations from two different statesFalaVozMedida da produção da falaGêneroObjetivo: obter valores de nasalância de jovens adultos, falantes do português brasileiro dos estados de São Paulo e Minas Gerais, para investigar a existência de fatores influenciadores, como variação dialetal e gênero. Método Foi avaliada a nasalidade de 36 indivíduos, 20 oriundos do Estado de São Paulo (idade média: 23 anos) e 16 de Minas Gerais (idade média: 24 anos), de ambos os gêneros, pelo Nasômetro II modelo 6400 (KayPENTAX®) durante a leitura de três textos (nasal1, nasal2 e oral). A comparação dos valores de nasalância entre os grupos foi feita pelo teste t de Student não pareado, considerando dois grupos experimentais. Resultados Os valores de nasalância encontrados nas populações paulista e mineira foram, respectivamente, 52,7% e 48,8% para o texto nasal1; 49,6% e 49,9% para o texto nasal2 e 14,3% e 9,8% para o texto oral. Na análise comparativa da média dos valores, verificou-se diferença no texto oral (p=0,03), sendo a nasalância dos paulistas maior que a dos mineiros, já o fator gênero não apresentou diferença significativa. Conclusão Ambas as populações apresentaram valores de nasalância dentro dos padrões de normalidade, porém a nasalância dos mineiros foi menor que a dos paulistas. O fator gênero não mostrou influência sobre esses valores, ainda que, no texto nasal2, as mulheres mineiras mostraram uma tendência de maior valor de nasalância que os homens mineiros. Nosso estudo contribui para o conhecimento dos valores de referência para populações distintas, falantes do português brasileiro, contudo, deve ser interpretado com ponderação, visto o número reduzido da amostra.Purpose: to measure the nasalance scores of Brazilian Portuguese-speaking young adults from the states of Sao Paulo and Minas Gerais in order to investigate whether dialect variations and gender affect these scores. Methods Nasalance was assessed in 36 individuals: 20 native residents of Sao Paulo state (mean age=23 y.o.) and 16 native residents of Minas Gerais state (mean age=24 y.o.), following the same criteria. Nasalance measures were taken using the Nasometer II 6400 (KayPentax) device based on the reading of three texts (nasal-1, nasal-2, and oral). Intergroup nasalance scores were compared using the unpaired Student’s t test considering two experimental groups. Results The nasalance scores in individuals from the states of Sao Paulo and Minas Gerais were 52.7% and 48.8% for the nasal-1 text, 49.6% and 49.9% for the nasal-2 text, and 14.3% and 9.8% for the oral text, respectively. Statistical analysis comparing the mean nasalance scores in both groups showed significant difference (p=0.03) only for the oral text, in which individuals from Sao Paulo state presented higher scores. Conclusion Although nasalance scores were lower in individuals from Minas Gerais state compared with those of individuals from Sao Paulo state, both groups presented values within the normal range. The variable gender was not relevant in the nasalance assessment; however, a tendency for higher scores was observed in women compared with men from Minas Gerais state in the same group in the reading of the nasal-2 text. This study contributes to the knowledge of nasalance reference scores for two different populations of Brazilian Portuguese speakers; however, the results herein reported should be interpreted with caution due to the small study sample size.Faculdade UnB Ceilândia (FCE)Curso de Fonoaudiologia (FCE-FONO)Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia2018-01-04T19:15:55Z2018-01-04T19:15:55Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfMATURO, Denise Silva et al. Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos. CoDAS, São Paulo, v. 29, n. 2, e20160041, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000200303&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 jan. 2018. Epub Mar 16, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041.http://repositorio.unb.br/handle/10482/30967http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041CoDAS - Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado (CC BY 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000200303&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 5 jan. 2018.info:eu-repo/semantics/openAccessMaturo, Denise SilvaPirola, Melissa Nara de Carvalho PicinatoRicz, Lílian Neto AguiarTrawitzki, Luciana Vitaliano Voiporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-26T17:40:03Zoai:repositorio.unb.br:10482/30967Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-26T17:40:03Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
Nasalance of Brazilian Portuguese : speaking populations from two different states
title Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
spellingShingle Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
Maturo, Denise Silva
Fala
Voz
Medida da produção da fala
Gênero
title_short Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
title_full Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
title_fullStr Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
title_full_unstemmed Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
title_sort Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos
author Maturo, Denise Silva
author_facet Maturo, Denise Silva
Pirola, Melissa Nara de Carvalho Picinato
Ricz, Lílian Neto Aguiar
Trawitzki, Luciana Vitaliano Voi
author_role author
author2 Pirola, Melissa Nara de Carvalho Picinato
Ricz, Lílian Neto Aguiar
Trawitzki, Luciana Vitaliano Voi
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Maturo, Denise Silva
Pirola, Melissa Nara de Carvalho Picinato
Ricz, Lílian Neto Aguiar
Trawitzki, Luciana Vitaliano Voi
dc.subject.por.fl_str_mv Fala
Voz
Medida da produção da fala
Gênero
topic Fala
Voz
Medida da produção da fala
Gênero
description Objetivo: obter valores de nasalância de jovens adultos, falantes do português brasileiro dos estados de São Paulo e Minas Gerais, para investigar a existência de fatores influenciadores, como variação dialetal e gênero. Método Foi avaliada a nasalidade de 36 indivíduos, 20 oriundos do Estado de São Paulo (idade média: 23 anos) e 16 de Minas Gerais (idade média: 24 anos), de ambos os gêneros, pelo Nasômetro II modelo 6400 (KayPENTAX®) durante a leitura de três textos (nasal1, nasal2 e oral). A comparação dos valores de nasalância entre os grupos foi feita pelo teste t de Student não pareado, considerando dois grupos experimentais. Resultados Os valores de nasalância encontrados nas populações paulista e mineira foram, respectivamente, 52,7% e 48,8% para o texto nasal1; 49,6% e 49,9% para o texto nasal2 e 14,3% e 9,8% para o texto oral. Na análise comparativa da média dos valores, verificou-se diferença no texto oral (p=0,03), sendo a nasalância dos paulistas maior que a dos mineiros, já o fator gênero não apresentou diferença significativa. Conclusão Ambas as populações apresentaram valores de nasalância dentro dos padrões de normalidade, porém a nasalância dos mineiros foi menor que a dos paulistas. O fator gênero não mostrou influência sobre esses valores, ainda que, no texto nasal2, as mulheres mineiras mostraram uma tendência de maior valor de nasalância que os homens mineiros. Nosso estudo contribui para o conhecimento dos valores de referência para populações distintas, falantes do português brasileiro, contudo, deve ser interpretado com ponderação, visto o número reduzido da amostra.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017
2018-01-04T19:15:55Z
2018-01-04T19:15:55Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MATURO, Denise Silva et al. Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos. CoDAS, São Paulo, v. 29, n. 2, e20160041, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000200303&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 jan. 2018. Epub Mar 16, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041.
http://repositorio.unb.br/handle/10482/30967
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041
identifier_str_mv MATURO, Denise Silva et al. Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos. CoDAS, São Paulo, v. 29, n. 2, e20160041, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000200303&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 jan. 2018. Epub Mar 16, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/30967
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016041
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1810580700170027008