Soberania alimentar e embargo econômico na Venezuela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: León, Lucas Edgardo Pordeus
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46153
Resumo: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Estudos Latino-Americanos, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas, 2022.
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Segundo, porque a estrutura econômica de natureza petroleira-rentista do país atrofiou o setor primário, obrigando a Venezuela, na virada do século XX para o XXI, a importar cerca de 70% dos alimentos consumidos. Terceiro, pois a chamada Revolução Bolivariana adotou o projeto de Soberania Alimentar – tal qual defendido pela Via Campesina no plano internacional – como uma questão de Segurança Nacional e de sobrevivência do próprio processo político devido ao seu caráter revolucionário e antiimperialista. A partir dessa trajetória de pesquisa, argumenta-se que a manutenção da estrutura dependente e petroleira-rentista da economia venezuelana, a necessidade de se manter sólida base social de apoio, os controles de preços e de câmbio, entre outros fatores, inviabilizaram o avanço da Soberania Alimentar durante os governos Chávez. No mesmo sentido, a queda dos preços internacionais do petróleo, somada ao bloqueio econômico, inviabilizou a manutenção dos subsídios aos alimentos, dos investimentos no setor agroalimentar e do elevado volume de importações. A escassez de dólares para importar mantimentos e o duro embargo internacional forçou a produção nacional de alimentos a retomar o crescimento, o que foi acompanhada pela liberalização comercial promovida pelo governo de Nicolás Maduro.In the span of six years (2014-2020), the Venezuelan economy has shrunk to about a quarter of the size it once had, forcing the migration of nearly a fifth of the country's population. Identifying the main factors that contribute to explain this economic and social setback was what motivated this research. In order to define the object, we chose to analyze the Venezuelan crisis from the perspective of the agro-food system, first, because food is the most basic of human needs. Second, because the country's oil-rental economic structure atrophied the primary sector, forcing Venezuela, at the turn of the 20th to the 21st century, to import around 70% of the food consumed. Third, because the so-called Bolivarian Revolution adopted the Food Sovereignty project – as defended by Via Campesina at the international level – as a matter of National Security and the survival of the political process itself due to its revolutionary and anti-imperialist character. Based on this research trajectory, it is argued that the maintenance of the dependent and oil-rental structure of the Venezuelan economy, the need to maintain a solid social base of support, price and exchange controls, among other factors, made the advance unfeasible of Food Sovereignty during the Chávez administrations. In the same sense, the fall in international oil prices, added to the economic blockade, made it impossible to maintain food subsidies, investments in the agro-food sector and the high volume of imports. The shortage of dollars to import groceries and the harsh international embargo forced national food production to resume growth, which was accompanied by trade liberalization promoted by the government of Nicolás Maduro.En el lapso de seis años (2014-2020), la economía venezolana se ha reducido a aproximadamente una cuarta parte del tamaño que tuvo, lo que obligó a la migración de casi una quinta parte de la población del país. Identificar los principales factores que contribuyen a explicar este retroceso económico y social fue lo que motivó esta investigación. Para definir el objeto, optamos por analizar la crisis venezolana desde la perspectiva de la cuestión agroalimentaria, primero, porque la alimentación es la más básica de las necesidades humanas. En segundo lugar, porque la estructura económica de naturaleza petroleira-rentista del país atrofió el sector primario, obligando a Venezuela, en el cambio del siglo XX al XXI, a importar alrededor del 70% de los alimentos consumidos. Tercero, porque la llamada Revolución Bolivariana adoptó el proyecto de Soberanía Alimentaria – tal como lo defiende la Vía Campesina a nivel internacional– como una cuestión de Seguridad Nacional y de supervivencia del propio proceso político por su carácter revolucionario y antiimperialista. Con base en esta trayectoria investigativa, se argumenta que el mantenimiento de la estructura dependiente y rentista-petrolera de la economía venezolana, la necesidad de mantener una sólida base social de sustentación, controles de precios y cambios, entre otros factores, impidieron el avanzo de la Soberanía Alimentaria durante las administraciones de Chávez. En el mismo sentido, la caída de los precios internacionales del petróleo, sumada al bloqueo económico, imposibilitó mantener los subsidios alimentarios, las inversiones en el sector agroalimentario y el alto volumen de importaciones. La escasez de dólares para importar comestibles y el duro embargo internacional obligaron a retomar el crecimiento de la producción nacional de alimentos, lo que estuvo acompañado de la apertura comercial impulsada por el gobierno de Nicolás Maduro.Cícero, Pedro Henrique de Moraeslucaspleon@gmail.comLeón, Lucas Edgardo Pordeus2023-07-20T17:19:41Z2023-07-20T17:19:41Z2023-07-202022-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLEÓN, Lucas Edgardo Pordeus. Soberania alimentar e embargo econômico na Venezuela. 2022. 206 f., il. 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