Perfil epidemiológico da Raiva Humana no Brasil, 2000 – 2017
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/39603 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018. |
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Perfil epidemiológico da Raiva Humana no Brasil, 2000 – 2017Raiva (Doença)EpidemiologiaPrevenção de doençasProfilaxiaSaúde pública - BrasilDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018.Introdução: Desde a década de 1970, o Brasil vem alcançando significativos avanços na prevenção da raiva humana. Ainda assim, registram-se casos esporádicos, sendo um importante problema de saúde pública. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da raiva humana no Brasil, no século XXI. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo do tipo série de casos de raiva humana registrados de 2000 a 2017. Foi calculada a taxa de incidência de raiva na população. Resultados: Foram registrados 188 casos humanos, predominando homens (66,5%); residentes em áreas rurais (67,0%) e menores de 15 anos de idade (49,8%); a mordedura foi a exposição mais frequente (81,6%). A maioria dos casos (85,6%) ocorreu no período de 2000-2008, 45,7% envolvendo cães e 43,6% morcegos hematófagos. Destes, 85,1% decorreram de cinco surtos ocorridos em populações ribeirinhas do norte do país, entre 2004 e 2005. De 2009 a 2017, foram registrados 27 casos (14,4%); destes, 40,7% envolveram agressão por cães, 29,6% morcegos, 14,8% macacos e 11,1% gatos. O período de incubação mediano foi 50 dias (mín 11-máx 290) e predominaram sinais clínicos de febre (92,6%), agitação (85,2%), parestesia (66,7%), disfagia e paralisia (51,9%). Houve confirmação laboratorial em ~80,0% e 24,0% tiveram identificação da variante viral, predominando Agv3 de morcego, três deles transmitidos por gato. Do total, ~30,0% fizeram profilaxia inoportuna com pelo menos uma dose vacina, em média, 44 dias após a exposição. Desde a implantação do protocolo de Recife, 2008, foram tratados 13 pacientes e dois deles sobreviveram. Conclusão: Houve declínio na taxa de incidência. É necessária análise de risco de populações vulneráveis à espoliação de morcegos hematófagos para implantação da profilaxia de pré-exposição antirrábica. A profilaxia pós-exposição precisa melhorar e também rediscutir o protocolo de Recife.Introduction: Since the 1970s, Brazil has achieved significant advances in the prevention of human rabies. Nevertheless, there are sporadic cases, being rabies an important public health problem. Objectives: To describe the epidemiological profile of human rabies in Brazil in the 21st century. Methods: Retrospective descriptive study of the series of cases of human rabies recorded from 2000 to 2017. The incidence rate of rabies in the population was calculated. Results: There were 188 human cases, predominantly men (66.5%); residents in rural areas (67.0%) and children under 15 years of age (49.8%); the bite was the most frequent exposure (81.6%). The majority of cases (85.6%) occurred in the period 2000-2008, 45.7% involving dogs and 43.6% hematophagous bats. Of these, 85.1% occurred from five outbreaks in riverside populations in the north of the country between 2004 and 2005. From 2009 to 2017, there were 27 cases (14.4%); of these, 40.7% involved dog aggression, 29.6% bats, 14.8% monkeys and 11.1% cats. The median incubation period was 50 days (min 11- max 290) and clinical signs of fever (92.6%), agitation (85.2%), paraesthesia (66.7%), dysphagia and paralysis were predominant (51, 9%). There was laboratory confirmation in ~ 80.0% and 24.0% had identification of the viral variant, predominating bat Agv3, three of them transmitted by cat. Of the total, ~ 30.0% did untimely prophylaxis with at least one vaccine dose, on average, 44 days after exposure. Since the implementation of the Recife protocol, 2008, 13 patients were treated and two survived. Conclusion: There was a decline in the incidence rate. It is necessary to analyze the risk of populations vulnerable to the spoliation of hematophagous bats for implantation of anti- rabies pre-exposure prophylaxis. Post-exposure prophylaxis needs to improve and rediscover the Recife protocol.Introducción: Desde la década de 1970, Brasil hay alcanzado significativos avances en la prevención de la rabia humana. Sin embargo, se registran casos esporádicos, siendo un importante problema de salud pública. Objetivos: Describir el perfil epidemiológico de la rabia humana en Brasil, en el siglo XXI. Métodos: Estudio descriptivo retrospectivo del tipo de casos de rabia humana registrados de 2000 a 2017. Se calculó la tasa de incidencia de rabia en la población. Resultados: Se registraron 188 casos humanos, predominando hombres (66,5%); residentes en áreas rurales (67,0%) y menores de 15 años de edad (49,8%); la mordida fue la exposición más frecuente (81,6%). La mayoría de los casos (85,6%) ocurrieron en el período 2000-2008, el 45,7% involucrando perros y el 43,6% murciélagos hematófagos. De estos, el 85,1% se produjo de cinco brotes ocurridos en poblaciones ribereñas del norte del país, entre 2004 y 2005. De 2009 a 2017, se registraron 27 casos (14,4%); de éstos, el 40,7% involucró agresión por perros, 29,6% murciélagos, 14,8% monos y 11,1% gatos. El período de incubación mediano fue de 50 días (mín 11-max 290) y predominó signos clínicos de fiebre (92,6%), agitación (85,2%), parestesia (66,7%), disfagia y parálisis (51, 9%). Se observó una confirmación de laboratorio en el 80,0% y el 24,0% tuvo identificación de la variante viral, predominando Agv3 de murciélago, tres de ellos transmitidos por gato. Del total, el 30,0% hizo profilaxis inoportuna con al menos una dosis vacuna, en promedio, 44 días después de la exposición. Desde la implantación del protocolo de Recife, 2008, fueron tratados 13 pacientes y dos de ellos sobrevivieron. Conclusión: Hubo declinación en la tasa de incidencia. Es necesario un análisis de riesgo de poblaciones vulnerables a la expoliación de murciélagos hematófagos para la implantación de la profilaxis de preexposición antirrábica. La profilaxis post-exposición necesita mejorar y también rediscutir el protocolo de Recife.Merchan-Hamann, EdgarVargas, Alexander2020-10-29T18:40:34Z2020-10-29T18:40:34Z2020-10-292018-07-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVARGAS, Alexander. Perfil epidemiológico da Raiva Humana no Brasil, 2000 – 2017. 2018. 60 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.https://repositorio.unb.br/handle/10482/39603A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-13T18:12:02Zoai:repositorio.unb.br:10482/39603Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-13T18:12:02Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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