Escolarização de crianças com doenças crônicas : "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Anelice da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/23387
http://dx.doi.org/10.26512/2017.01.T.23387
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2017.
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spelling Escolarização de crianças com doenças crônicas : "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada”AprendizagemEscolarizaçãoCrianças doentesCrianças - doentes hospitalizadosPedagogia hospitalarTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2017.Crianças com doenças crônicas sofrem desvantagem no que se refere à convivência na escola, em decorrência dos tratamentos, das consultas regulares e das intercorrências que resultam em hospitalizações. Em razão desse contexto, não podem frequentar a escola com regularidade, ficando afastadas dos seus pares e perdendo oportunidades de aprendizagens, o que compromete suas escolarizações. Essas crianças vivem uma realidade que envolve pelo menos duas instituições e suas respectivas equipes: a escola, com a equipe pedagógica responsável pela sua formação, e o hospital, com a equipe médica, responsável pela sua saúde. O presente estudo buscou compreender a realidade dessas crianças tendo como foco central os seus processos de aprendizagens, a partir de uma escuta sensível. Para tanto, foram utilizados os princípios do método da Medicina Narrativa, que permitiu uma aproximação e o estabelecimento de vínculos afetivos entre a pesquisadora e as crianças participantes da pesquisa. A instituição hospitalar onde a pesquisa foi realizada indicou dez crianças com o perfil de interesse do estudo. Após as respectivas negociações e autorizações necessárias, três crianças com idade entre 7 e 9 anos, sendo um menino e duas meninas, com insuficiência renal crônica em estágio III, leucemia e síndrome nefrótica, respectivamente, participaram do processo. Foram realizadas oficinas pedagógicas com jogos, conto e reconto de histórias e produções textuais. Verificou-se que, além do diagnóstico médico que já carregam, às crianças é também atribuído o diagnóstico de dificuldade de aprendizagem, este justificado pelo adoecimento, como uma derivação deste. E como uma profecia autorrealizadora, as crianças, de fato, em decorrência das constantes ausências da escola, muitas vezes por períodos prolongados, perdem o ritmo e não conseguem aprender os conteúdos que são ensinados pela escola. Em consequência, vão ficando cada vez mais atrasadas em relação aos colegas de turma, perdem a motivação para frequentar a escola, duvidam de sua própria capacidade de aprender e se desencantam. Dessa forma, considera-se urgente se (re)pensar a formação dos educadores que atuam com crianças que se ausentam frequentemente da escola em razão de tratamentos necessários a sua saúde. Além disso, olhar atentamente para essas crianças para compreender suas necessidades e atender as suas demandas. Por fim, considera-se fundamental que as duas equipes que atuam diretamente com essas crianças, a pedagógica e a médica, trabalhem de forma conjunta, em parceria, tendo em vista os interesses das crianças.Children with chronic diseases are disadvantaged in terms of living in school, due to treatment, regular consultations and intercurrences that result in hospitalizations. Because of this context, they cannot attend school regularly, staying away from their peers and losing learning opportunities, which compromises their schooling. These children live a reality involving at least two institutions and their respective teams: the school, the pedagogical team responsible for its formation, and the hospital, with the medical team, responsible for their health. The present study sought to understand the reality of these children having as central focus their learning processes, from a sensitive listening. For that, the principles of the Narrative Medicine method were used, which allowed an approximation and the establishment of affective bonds between the researcher and the children participating in the research. The hospital where the research was conducted indicated ten children with the profile of interest in the study. After the respective negotiations and necessary authorizations, three children aged 7 to 9 years old, one boy and two girls, with stage III chronic renal failure, leukemia and nephrotic syndrome, respectively, participated in the process. Pedagogical workshops were held with games, storytelling and recounting of stories and textual productions. It was verified that, in addition to the medical diagnosis they already carry, children are also assigned the diagnosis of learning difficulty, which is justified by illness, as a derivation of this. And as a self-fulfilling prophecy, children, in fact, because of the constant absences of school, often for long periods, lose their rhythm and fail to learn the contents that are taught by the school. As a result, they are increasingly behind their classmates, lose motivation to attend school, doubt their own ability to learn, and become disenchanted. Thus, it is considered urgent (re) thinking the formation of educators who work with children who are often absent from school because of treatments necessary for their health. Also, look closely to these children to understand their needs and meet their demands. Finally, it is considered fundamental that the two teams that work directly with these children, the pedagogical and the medical, work together, in partnership, taking into account the interests of the children.Los niños con enfermedades crónicas sufren desventaja en relación a la vida en la escuela en consecuencia de los tratamientos, consultas y eventos que resultan en hospitalizaciones regulares. En este contexto, no pueden asistir a la escuela regularmente, alejándose de sus compañeros y la pérdida de oportunidades de aprendizaje, lo que compromete sus escolarizaciones. Estos niños viven una realidad que implica al menos dos instituciones y sus respectivos equipos: la escuela con el profesorado responsable de la formación, y el hospital con el equipo médico responsable de su salud. Este estudio trata de comprender la realidad de estos niños con el centro en sus procesos de aprendizaje, a partir de una escucha sensible. Por lo tanto, se utilizaron los principios del método de Medicina Narrativa, lo que permitió una aproximación y el establecimiento de vínculos afectivos entre el investigador y los niños participantes de la investigación. El hospital donde se realizó la investigación indicó diez niños con el perfil de interés del estudio. Después de sus negociaciones y permisos necesarios, tres niños de edades comprendidas entre los 7 y 9 años de edad, entre los cuales un niño y dos niñas con insuficiencia renal crónica en estadio III, leucemia y nefrosis, respectivamente, participaron en el proceso. Se llevaron a cabo talleres educativos con juegos, cuentos y volver a contar la historia y producciones textuales. Se encontró que, además del diagnóstico médico ya lleve, también asignado a los niños se diagnostica la discapacidad de aprendizaje, esto justifica por la enfermedad, como una derivación de las mismas. Y como una profecía auto realizadora, los niños, de hecho, debido a las ausencias constantes de la escuela, a menudo durante períodos prolongados, pierden el ritmo y no aprenden los contenidos que se enseñan en la escuela. En consecuencia, se están convirtiendo cada vez más rezagado detrás de los compañeros de clase, perder la motivación para ir a la escuela, dudar de su propia capacidad para aprender y desencantado. Por lo tanto, se considera urgente de (re) considerar la formación de los educadores que trabajan con los niños que son con frecuencia ausentes de la escuela debido a los tratamientos necesarios para su salud. También, mirar de cerca a estos niños para entender sus necesidades y satisfacer sus demandas. Por último, es fundamental que los dos equipos que trabajan directamente con estos niños, la enseñanza y el médico, trabajen de manera conjunta en asociación, en interés de los niños.Faculdade de Educação (FE)Programa de Pós-Graduação em EducaçãoPato, Claudia Márcia LyraBatista, Anelice da Silva2017-04-26T13:01:04Z2017-04-26T13:01:04Z2017-04-262017-01-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfBATISTA, Anelice da Silva. Escolarização de crianças com doenças crônicas: "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada”. 2017. xxix, 105 f., il. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.http://repositorio.unb.br/handle/10482/23387http://dx.doi.org/10.26512/2017.01.T.23387A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-29T12:47:09Zoai:repositorio.unb.br:10482/23387Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-29T12:47:09Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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