Economia ambiental e ecologia : a proximidade se limita ao prefixo?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/24264 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação, Departamento de Economia, 2017. |
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Economia ambiental e ecologia : a proximidade se limita ao prefixo?EcologiaEconomiaEconomia - política pública - meio ambienteConservação da naturezaEconomia ambiental - BrasilPolítica ambiental - BrasilTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação, Departamento de Economia, 2017.Esta é uma pesquisa interdisciplinar entre duas grandes áreas do conhecimento: Economia e Ecologia. Apesar da similaridade nominal e de trabalharem com sistemas complexos, estas áreas se desenvolveram sem dialogarem por um período de tempo. Tentativas de comunicação e aproximação entre as duas áreas foram observadas com o desenvolvimento da Economia do Meio Ambiente. Porém, nem sempre a interligação entre ambas as áreas foi (e é) harmoniosa. Apesar da relação entre Economia e Ecologia, poucos são os trabalhos que exploram analiticamente esta conexão detalhadamente. O objetivo desta tese é avaliar conflitos e complementariedades entre conceitos econômicos e ecológicos no que diz respeito ao desenvolvimento e aplicação de políticas ambientais brasileiras e, no uso de instrumentos econômicos em prol da conservação ambiental. O procedimento adotado no desenvolvimento dos capítulos foi majoritariamente a revisão literária científica, referências técnicas, documentos institucionais, Leis e Decretos regulamentadores, teses e dissertações acerca dos temas abordados e livros especializados em Ecologia e Economia. A análise do Capítulo 2 foi complementada por dados do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente e no Capítulo 3 por dados empíricos sobre programas de pagamentos por serviços ambientais brasileiros. Dentre os conflitos conceituais, notou-se que a lacuna conceitual sobre indicadores ecológicos para a biodiversidade e estabilidade do meio ambiente pode ocasionar erro metodológico no desenvolvimento de funções de produção em economia que simulam perdas econômicas devido a degradação ambiental, e a falta de rigor conceitual no uso de métodos de valoração econômica por parte dos ecólogos que pode levar ao embasamento não criterioso de políticas de gestão ambiental, além de conduzir à ineficácia e ao conflito inerente quanto à temporalidade. A análise dos 15 anos de gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação expôs o não alinhamento dos objetivos propostos aos instrumentos utilizados para a conservação da biodiversidade e a sua ineficácia para a gestão dos recursos naturais, pois os objetivos de política entram em conflito com o objetivo de conservação da biodiversidade in loco. O termo “serviços ecossistêmicos” foi cunhado pelos ecólogos para salientar a importância dos processos ecológicos no uso dos recursos para a conservação e o termo “serviços ambientais” foi construído para destacar o valor social das funções ecossistêmicas. Dos 16 programas de pagamentos por serviços ambientais brasileiros analisados, somente dois foram enquadrados como programas de pagamentos por serviços ambientais genuínos. Geralmente os programas apresentaram altos custos de manutenção e baixa eficácia na conservação da biodiversidade. A Lei de Proteção de Vegetação Nativa apresenta novos instrumentos econômicos que podem viabilizar a eficácia no cumprimento da Lei, que anteriormente não fora alcançado pelos Códigos Florestais, por permitir a exploração econômica sustentável de áreas antes proibidas. Entretanto, flexibilizou regras que podem aumentar a perda de habitats de interesse ecológico. Concluindo, existe diálogo entre Economia e Ecologia, mas é permeado por ruídos que incluem diferenças nas visões (biocêntrica X antropocêntrica), nas escalas e falta da compreensão rigorosa de conceitos ecológicos e econômicos que refletem na gestão de recursos naturais, explicitadas pela análise das três Leis analisadas.This work is an interdisciplinary study conducted in the two major academic fields of Economics and Ecology. Even though these two research areas have names that are similar in sound, and both study complex systems, the two fields have developed independently of each other for some time. An attempt has been made to create more interconnection and to approximate these two disciplines through the development of the research area named Environmental Economics. However, such integration between Economics and Ecology has not always been (and is still not) harmonious. Despite the existing relationship between Economics and Ecology, few studies analytically explore such connection in details. The aims of this thesis, therefore, are to evaluate the conflicts and complementarities between economic and ecological concepts necessary to the development and application of environmental policies in Brazil, and to the use of economic tools for environmental conservation. The chapters of this thesis are the result of a broad range of literature reviewed, mostly including scientific papers, technical reports, institutional documents, texts of laws and decrees, thesis and dissertations on the topic, and Ecology and Economics books. Additionally, data obtained from the Brazilian Ministry of Environment’s National Registration for the Environmental Protected Areas was used in Chapter 2, and data on the Brazilian programs of payment for environmental services was used in Chapter 3. Among conceptual conflicts found, there is a conceptual gap between the academic fields in regards to ecological indicators of biodiversity and environmental stability, which can lead to methodological mistakes in the development of production functions in Economics that simulate the economic losses due to environmental degradation, and there is a lack of conceptual rigor by ecologists in the use of environmental economic valuation methods which can lead to unsubstantiated rationale for environmental management policies as well as generating inefficacy and inherent temporal scale conflicts between the two areas. Analyses of the 15 years of operations of the Protected Areas National System, indicate the tools used for biodiversity conservation are misaligned with the aims proposed, and their ineffectiveness in managing natural resources since political goals conflicts with the in loco conservation of biodiversity. The term “ecosystem services” has been proposed by ecologists to emphasize the relevance of ecological processes in the use of resources for conservation, while “environmental services” emphasizes the social value of the ecosystem functions. Out of the 16 Brazilian programs of payment for environmental services analyzed, only two can be considered programs of payment for environmental services genuine. Generally, the programs showed high maintenance costs at low efficacy for biodiversity conservation. The Law of Protection of Native Vegetation introduces new economic tools, which can increase feasibility of compliance with the law, something that has not been achieved by the Forest Codes once these allow for sustainable harvest of previously forbidden areas. On the other hand, the Native Vegetation Protection Law has made some regulations more flexible, which could intensify the loss of habitats of ecological interest. In conclusion, there is an ongoing dialog between the fields of Economics and Ecology, but such a dialog is pervaded by noise, including viewpoint differences (biocentric vs anthropocentric), differences in scale of work, and a lack of rigorous comprehension of ecological and economic concepts which are reflected on the natural resources management, as seem in the three Laws analyzed in this work.Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)Departamento de Economia (FACE ECO)Programa de Pós-Graduação em EconomiaNogueira, Jorge MadeiraBernardo, Carolina Tavares da Silva2017-08-24T17:14:52Z2017-08-24T17:14:52Z2017-08-242017-05-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfBERNARDO, Carolina Tavares da Silva. Economia ambiental e ecologia: a proximidade se limita ao prefixo? 2017. 274 f. il. Tese (Doutorado em Economia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.http://repositorio.unb.br/handle/10482/24264A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-11-17T14:15:48Zoai:repositorio.unb.br:10482/24264Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-11-17T14:15:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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