Enfermagem, mídia e bioética
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/18135 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2002. |
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Enfermagem, mídia e bioéticaEnfermagemBioéticaMídiaMoralidadeDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2002.A história moral das enfermeiras tem sido um fator impeditivo para o seu avanço profissional. Os construtos sociais atribuídos a essas profissionais permanecem como marcas cegas frente aos avanços técnicos e científicos incorporados à sua prática cotidiana, não tendo conseguido modificar as crenças vinculadas às enfermeiras e que se tornaram imunes ao próprio processo histórico. A socialização das enfermeiras, em sua maioria mulheres, incorpora as assimetrias de gênero, tipicamente marcadas pelas relações sociais de dominação-subordinação, opressão e subserviência. Essas prerrogativas constituem-se em elementos fündantes da sua condição de vulnerabilidade e contribuem para uma constante desvalorização profissional. Considerando essas questões, realizamos uma análise do conteúdo de matérias veiculadas pela mídia impressa e televisiva relacionadas diretamente ao fazer das enfermeiras, considerando ser essa uma entidade que sintetiza o poder simbólico de produzir e reproduzir o pensamento social. Essa análise aponta para a identificação das enfermeiras com papéis sociais tradicionalmente associados aos personagens a mãe, a santa, o anjo, a sombra do médico, a mulher-objeto e a doutora-enfermeira, cujos mecanismos de atribuição de valor simbólico se baseiam em sua posição de subserviência a qual contribui para reproduzir e propagar o status de vulnerabilidade profissional. Esse processo é reforçado pela aquisição e incorporação, ainda que não intencional, dessas identidades ilusórias por parte das enfermeiras, transformando-as em espelhos da ilusão. A redefinição dessa realidade pode e deve ser realizada através de um movimento político de valorização profissional centrado na figura moral das enfermeiras e conduzido por elas próprias de modo a subverter a lógica estabelecida, transformando o seu silêncio em palavras audíveis e que possam ser entendidas pela sociedade. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe moral history of nurses has been an impeding factor of their professional progress. The social concepts attributed to these professionals remain as blind marks as opposed to the technical and scientific progress that has been incorporated to their everyday practice, and it has been thus impossible to change the beliefs related to nurses, which beliefs became immune to the very historical process. The socialization of nurses, most of them women, incorporates the gender-related asymmetries typically marked by social relationships of domination-subordination, oppression and subservience. These prerogatives are basic elements of their condition of vulnerability and do contribute to their constant professional demeaning. Taking these issues into account, we have carried out an analysis of the content of copy transmitted by the printed media and by television directly related to nurses activities, since the media is a body that sums up the symbolic power of producing and reproducing social thinking. This analysis indicates a trend towards identifying nurses with social roles traditionally associated to characters such as the mother, the saint, the ministering angel, the physician’s shadow, the object woman and the nurse doctor, whose mechanisms for the attribution of symbolic value are based upon their position of subservience which, in turn, contributes for the reproduction and the dissemination of the status of professional vulnerability. This process is reinforced by the acquisition and incorporation, although unintended, of these deceptive identities by nurses themselves, which renders them sort of mirrors of illusion. The redefinition of this reality can and should be carried out, through a political movement aimed at attributing due value to the nursing profession, a movement focused in the moral image of nurses and led by nurses, in order to subvert the time-honoured logic, turning their silence into audible words apt to be understood by society.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeMatos, Dirce GuilhemSampaio, Mauren Alexandra2015-05-13T11:28:53Z2015-05-13T11:28:53Z2015-05-132002info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSAMPAIO, Mauren Alexandra. Enfermagem, mídia e bioética. 2002. 131 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2002.http://repositorio.unb.br/handle/10482/18135Autorização concedida pelo autor sob uma Licença Creative Commons (Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)).info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T20:32:30Zoai:repositorio.unb.br:10482/18135Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T20:32:30Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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