Educação, pobreza e desigualdade social : a iniciativa EPDS na Universidade de Brasília (2017-2018) - volume 2 : medições
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Livro |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/39609 |
Resumo: | Visibilizar a invisibilidade da pobreza em um país como o nosso não deveria ser uma tarefa tão difícil, visto que a cada passo que damos, seja no campo, seja nas cidades, nos deparamos com suas múltiplas expressões. Mas o é... Adentrar nessa cegueira social é entender que somos, enquanto sociedade, forçados a não enxergar, a não reconhecer e a não enfrentar a pobreza, porque somos um país cruelmente colonizado em seu modo de pensar. Para Dussel (2000) o sistema colonial oprimiu, para além de corpos e povos, o conhecimento, o modo como compreendemos o mundo e suas relações. Somando a isso nossa avassaladora escravidão, temos as matrizes fundantes de nossa sociedade, cega diante da pobreza e da injustiça social. Para Gonçalves Filho, “o que vemos e o que deixamos de ver, a priori, não são decididos por nós, mas sim pelo modo como fomos colocados em companhia dos outros e como os outros são colocados diante de nós” (2004, p. 08). A cultura brasileira nasceu do convívio entre muitas instituições. Entretanto, família, escola, Estado, justiça, mercado, não foram tão fundantes para nós como o foi a instituição da escravidão (SOUZA, 2017). Foi essa sociabilidade que legitimou culturalmente explorar seres humanos às raias da morte e também invisibilizar pobreza e desigualdade social. Nesse sentido, enxergar a pobreza significa aprender a desaprender, aprender a desnaturalizar esse fenômeno contundente, espólio da escravidão, que nos corrompe enquanto sociedade – essa sim, a escravidão, a nossa maior e mais profunda corrupção, que precisa ser enfrentada. |
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Educação, pobreza e desigualdade social : a iniciativa EPDS na Universidade de Brasília (2017-2018) - volume 2 : mediçõesEducaçãoDesigualdade socialPobrezaUniversidade de BrasíliaVisibilizar a invisibilidade da pobreza em um país como o nosso não deveria ser uma tarefa tão difícil, visto que a cada passo que damos, seja no campo, seja nas cidades, nos deparamos com suas múltiplas expressões. Mas o é... Adentrar nessa cegueira social é entender que somos, enquanto sociedade, forçados a não enxergar, a não reconhecer e a não enfrentar a pobreza, porque somos um país cruelmente colonizado em seu modo de pensar. Para Dussel (2000) o sistema colonial oprimiu, para além de corpos e povos, o conhecimento, o modo como compreendemos o mundo e suas relações. Somando a isso nossa avassaladora escravidão, temos as matrizes fundantes de nossa sociedade, cega diante da pobreza e da injustiça social. Para Gonçalves Filho, “o que vemos e o que deixamos de ver, a priori, não são decididos por nós, mas sim pelo modo como fomos colocados em companhia dos outros e como os outros são colocados diante de nós” (2004, p. 08). A cultura brasileira nasceu do convívio entre muitas instituições. Entretanto, família, escola, Estado, justiça, mercado, não foram tão fundantes para nós como o foi a instituição da escravidão (SOUZA, 2017). Foi essa sociabilidade que legitimou culturalmente explorar seres humanos às raias da morte e também invisibilizar pobreza e desigualdade social. Nesse sentido, enxergar a pobreza significa aprender a desaprender, aprender a desnaturalizar esse fenômeno contundente, espólio da escravidão, que nos corrompe enquanto sociedade – essa sim, a escravidão, a nossa maior e mais profunda corrupção, que precisa ser enfrentada.Editora Universidade de Brasília2020-11-05T15:59:25Z2020-11-05T15:59:25Z2020-09-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfPILATI, Alexandre Simões et al. (org.). Educação, pobreza e desigualdade social: a iniciativa EPDS na Universidade de Brasília (2017-2018) - volume 2: medições. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2020. E-book (v. 2). Disponível em: https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/56. Acesso em: 05 nov. 2020.A\978-65-5846-049-7https://repositorio.unb.br/handle/10482/3960910.26512/ldaa.56.42Copyright (c) 2019 Editora Universidade de Brasília - (CC BY-NC-ND) - This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. Fonte: https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/56. Acesso em: 05 nov. 2020.info:eu-repo/semantics/openAccessPilati, Alexandre Simões (org.)Oliveira, Cynthia Bisinoto Evangelista de (org.)Souza, Leila D'Arc de (org.)Duarte, Natalia de Souza (org.)porreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-01-31T11:30:31Zoai:repositorio.unb.br:10482/39609Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-01-31T11:30:31Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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