Geologia, geocronologia e geoquímica do embasamento granítico paleoproterozóico em natividade, Faixa Brasília Norte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Isabela Moreno Cordeiro de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/18160
http://dx.doi.org/10.26512/2015.02.D.18160
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2015.
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spelling Geologia, geocronologia e geoquímica do embasamento granítico paleoproterozóico em natividade, Faixa Brasília NorteEmbasamento paleoproterozóicoGeologiaGeocronologiaGeoquímicaDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2015.O embasamento paleoproterozóico da Faixa Brasília corresponde ao terreno granítico exposto no segmento norte da faixa. Ele representa um arco desenvolvido na borda oeste do Cráton do São Francisco, ou um arco acrescionado ao cráton. O embasamento é tradicionalmente dividido em dois domínios: Almas Conceição do Tocantins e Cavalcante-Arraias, nomeados em referência a cidades vizinhas. O primeiro é composto por tonalitos e granodioritos das suítes 1 e 2, intrusivos no Grupo Riachão do Ouro. No segundo, afloram granitos da suíte Aurumina, intrusivos na Formação Ticunzal. A oeste do domínio Almas-Conceição do Tocantins aflora o embasamento Natividade, área estudada neste projeto. O embasamento Natividade é composto por associações geológicas semelhantes às dos outros dois domínios, mas pouco detalhada em pesquisas anteriores. Ele é dividido em suíte Rio do Moleque, suíte Manuel Alves, suíte Xobó e Granito Príncipe, intrusivos na sequência sedimentar Água Suja. Rochas do embasamento foram submetidas a no mínimo dois eventos deformacionais: o primeiro no Paleoproterozóico e o segundo no fim Neoproterozóico. A orogenia paleoproterozóica atingiu fácies anfibolito, enquanto o evento Brasiliano, no Neoproterozóico, reequilibrou as paragêneses em fácies xisto verde. Datações U-Pb no embasamento Natividade sugerem ao menos quatro estágios de magmatismo: o primeiro mais velho que 2.3 Ga, o segundo entre 2.20 e 2.30 Ga, o terceiro entre 2.16 e 2.18 Ga e o último entre 2.12 e 2.15 Ga. Acredita-se que o primeiro, de idade sideriana, tenha formado o embasamento do arco que se desenvolveria no riaciano. Entretanto, não se sabe quais mecanismos foram responsáveis por sua geração. É possível que essas rochas tenham se formado em ambiente de arco magmático no fim do Arqueano e no início do Sideriano e retrabalhado a borda do Cráton do São Francisco. No Riaciano, um arco magmático de caráter juvenil se instala, caracterizando o segundo episódio magmático. O terceiro estágio é uma progressão do segundo e exibe magmas ligeiramente mais evoluídos. O quarto estágio de magmatismo ilustra a colisão de uma massa continental com o cráton. A colisão provocou fusão parcial da crosta e gerou granitos com características de granitos tipo S. As suítes 1 e 2 do domínio Almas-Conceição do Tocantins e as suites Rio do Moleque e Manuel Alves do embasamento Natividade caracterizam o magmatismo de arco, evoluindo em um trend calcialcalino. A suíte Aurumina, no domínio Cavalcante-Arraias, a suíte Xobó e o Granito Príncipe são os granitos sincolisionais, gerados por retrabalhamento crustal. Dados de Sm-Nd confirmam o caráter de fusão crustal desses granitos. Assim, domínios dentro do embasamento indicam áreas com predominância de rochas com assinatura de arco ou rochas de retrabalhamento crustal e não configuram blocos tectônicos distintos. É possível que as sequências vulcano-sedimentares – Grupo Riachão do Ouro, Formação Ticunzal e Sequência Água Suja - sejam contemporâneas e tenham pertencido à mesma bacia sedimentar. Desde o Riaciano, as rochas desenvolvidas nessa orogenia paleoproterozóica são parte do Cráton do São Francisco e constituem o embasamento sobre o qual sedimentos da Faixa Brasília foram depositados.Brasília Belt’s basement is the Paleoproterozoic granitic terrane exposed in the northern segment of the belt. It represents a magmatic arc developed on the western margin of São Francisco craton, or acreeted to it during Rhyacian. Basement is traditionally divided in two domains: Almas-Conceição do Tocantins and Cavalcante-Arraias, named after neighbouring cities. The former encompasses tonalites and granodiorites from Suites 1 and 2, intrusive in Riachão do Ouro Group; the latter is composed of granites from Aurumina suite, intrusive in Ticunzal Formation. West of Almas-Conceição do Tocantins crops out Natividade basement, the area detailed in this study. Natividade basement is composed of similar geologic units, but not detailed in previous researches. It is devided in Rio do Moleque suite, Manuel Alves suite, Xobó suite and Príncipe Granite. Magmatic suites are intrusive in Água Suja volcano-sedimentary sequence. Basement rocks underwent at least two deformational events, one during Paleoproterozoic, and the second during late Neoproterozoic. Paleoproterozoic event achieved amphibolite facies and Brasiliano Neoproterozoic event reequilibrated parageneses to greenschist facies. U-Pb analyses in zircon grains of granitic rocks from Natividade basement suggest there are at least four stages of magmatism: The first, older than 2.3 Ga; the second between 2.20 and 2.30 Ga, the third between 2.16 and 2.18 Ga and the last one between 2.12 and 2.15 Ga. The first stage, of Siderian age, is believed to have formed the Rhyacian arc’s basement, but it is unknown which mechanisms were responsible for it. It possibly developed in a late-Archean/Siderian magmatic arc on São Francisco craton margin. During Rhyacian, a magmatic arc begins to develop, generating the second stage of magmatism. The third stage is an evolution of the second, both in the same arc system. Fourth stage represents the arc collision against São Francisco craton, or collision of another landmass, if we consider the arc evolving in the craton’s border. The collision triggered crustal melting and generated granites with S-type signature. Suites 1 and 2 from Almas-Conceição do Tocantins domain, Rio do Moleque and Manuel Alves suites from Natividade basement characterize the arc magmatism, evolving in a calc-alkaline trend. Aurumina suite, in Cavalcante-Arraias domain, Xobó suite and Príncipe Granite, in Natividade basement, show a syn-collisional signature, resulted from crustal reworking. Sm-Nd data confirm crustal melting character of these bodies. Thus, domains within the basement represent predominance of rocks with volcanic-arc or with syn-collisional signature, and do not configure different tectonic blocks. It is possible that volcano-sedimentary sequences of the whole basement – Riachão do Ouro Group, Ticunzal Formation and Água Suja sequence - were coeval and belonged to the same basin. Since Rhyacian, rocks developed in this Paleoproterozoic orogeny are part of the São Francisco Paleoplate and constitute the basement over which sediments from Brasília Belt were deposited.Della Giustina, Maria Emilia SchuteskyOliveira, Claudinei Gouveia deSousa, Isabela Moreno Cordeiro de2015-05-14T19:55:50Z2015-05-14T19:55:50Z2015-05-142015-02-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUSA, Isabela Moreno Cordeiro de. Geologia, geocronologia e geoquímica do embasamento granítico paleoproterozóico em natividade, Faixa Brasília Norte. 2015. 128 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.http://repositorio.unb.br/handle/10482/18160http://dx.doi.org/10.26512/2015.02.D.18160A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-14T20:16:15Zoai:repositorio.unb.br:10482/18160Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-14T20:16:15Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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