Influência da dose única de morfina peridural na normalização das espirometrias e pressões arteriais de oxigênio de pacientes submetidos à colecistectomia aberta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Gilson Cassem
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/6888
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2006.
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spelling Influência da dose única de morfina peridural na normalização das espirometrias e pressões arteriais de oxigênio de pacientes submetidos à colecistectomia abertaEspirometriaRespiração - mediçãoAnestesia periduralPós-operatórioTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2006.Propósito: Operações de abdome superior podem causar, no pósoperatório, disfunções ventilatórias. Os objetivos do presente estudo, na evolução pós-operatória de colecistectomias, foram: a) verificar a presença de distúrbios ventilatórios restritivos e, caso ocorram, estabelecer o período em que os mesmos se tornam mais intensos, bem como determinar sua intensidade; b) averiguar o tempo necessário para obtenção de espirometrias consideradas normais; c) verificar a presença de alterações gasométricas, relacionadas à PaO2 e, uma vez confirmada, determinar o tempo de normalização dessa variável; d) correlacionar a presença de distúrbios ventilatórios restritivos com alterações na PaO2; e e) acompanhar a evolução pós-operatória das variáveis CVF e VEF1. Método: Em um estudo experimental do tipo ensaio clínico randomizado duplo-cego, 45 pacientes foram distribuídas em três grupos, GL, GA e GAM, cada qual com 15 componentes e submetidas a colecistectomias. O grupo GL foi operado pela via laparoscópica, enquanto GA e GAM, pela via aberta subcostal. O protocolo das anestesias foi idêntico para os três grupos, exceto para o grupo GAM, que recebeu morfina peridural. As enfermas realizaram espirometrias e gasometrias de sangue arterial, no pré-operatório, no dia seguinte ao procedimento e, desde então, a cada dois dias, até a obtenção de um teste espirométrico e gasométrico normal, quando se interrompia a realização de novos exames. As variáveis CVF e VEF1 foram analisadas, separadamente, até o momento de suas normalizações. A hipótese de igualdade de médias entre os grupos foi verificada utilizando-se a ANOVA. Quando os resultados foram estatisticamente significativos, realizava-se o teste de Tukey. Já a hipótese de igualdade de médias entre um mesmo grupo, antes e após uma determinada intervenção, foi verificada por meio do teste t-Student emparelhado. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Comparando as variáveis espirométricas no pré X pósoperatório imediato: a) entre os três grupos: para CVF GL X GA [p < 0,001] e GL X GAM [p = 0,002]; para redução percentual da CVF GL X GA [p = 0,000] e GA X GAM [p = 0,027]; para VEF1 GL X GA [p < 0,001], GL X GAM [p = 0,013]; b) mesmos grupos entre si: GL para CVF [p = 0,020] e VEF1 [p = 0,022]; GA para CVF [p = 0,000] e VEF1 [p = 0,000]; e GAM para CVF [p = 0,007] e VEF1 [p = 0,001]. Assim, todos os grupos apresentaram distúrbios ventilatórios leves, mais acentuados no pós-operatório imediato e mais intenso no grupo GA, menos no grupo GAM e mínimos no grupo GL. Quando se compararam os valores espirométricos pós-operatórios, com aqueles pré-calculados [preditos] como normais, o grupo GL passou a ser considerado normal sob o aspecto espirométrico. As espirometrias, no grupo GL, apresentaram-se normais no primeiro exame pós-operatório; no grupo GA, a normalização ocorreu em até sete dias de pós-operatório; e, no grupo GAM, em até três dias. Não foram detectadas diferenças significativas relacionadas ao valor da PaO2, no pós-operatório, entre pacientes de um mesmo grupo, muito embora tenha havido queda no valor dessa variável, nos três grupos. No pós-operatório imediato, o GL apresentou maior PaO2, cujas reduções mais acentuadas, nos três grupos, foram observadas neste período, coincidindo com os menores valores das variáveis espirométricas, representadas pela CVF e o VEF1, que a partir de então, nas medidas posteriores, apresentaram valores sempre crescentes. Conclusões: Pode-se concluir que as menores disfunções ventilatórias ocorreram nas pacientes operadas pela via laparoscópica, e que a morfina peridural reverte, parcialmente, o distúrbio ventilatório pós-operatório de colecistectomia aberta representadas pela CVF e o VEF1, que a partir de então, nas medidas posteriores, apresentaram valores sempre crescentes. Conclusões: Pode-se concluir que as menores disfunções ventilatórias ocorreram nas pacientes operadas pela via laparoscópica, e que a morfina peridural reverte, parcialmente, o distúrbio ventilatório pós-operatório de colecistectomia aberta. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTPurpose: Operations on the upper abdomen may cause ventilatory dysfunctions in post-operative. The objectives of the present study concerning the post-operative evolution of cholecystectomies were a) to check for the presence of restrictive ventilatory disturbances, and if they occur, to determine the period when they are most intense as well as to determine their gravity; b) to determine how much time is necessary for spirometries to return to normal; c) to check for the presence of PaO2-related gasometric alterations and if detected, to determine how long it takes for this variable to return to normal; d) to correlate the presence of restrictive ventilatory disturbances with alterations in PaO2 and finally e) to follow separately the post-operative evolution of the forced vital capacity [FVC] and forced expiratory volume in one second [FEV1] variables. Methods: In an experimental study of the double-blind randomized clinical trial type, 45 cholecystectomy patients were divided into three groups of 15 components each, GL, GA and GAM. Patients in GL were operated on laparascopically, while those in GA and GAM were submitted to the conventional subcostal approach. The anesthesia protocols were identical except for group GAM, which received peridural morphine. Patients had spirometries and arterial blood gasometries done in the preoperative phase and in post-operative, on the day following the procedure and every two days thereafter, until normal spirometric and gasometric tests were obtained, at which point the exams were discontinued. The variables FVC and FEV1 were analyzed separately until their return to normal. The hypothesis of equality of means among the groups was tested using ANOVA variance analysis. When the results were statistically significant, the Tukey test was carried out. The hypothesis of equality of means in the same group, before and after a particular intervention, was tested using a paired t-Student test. P < 0.05 was considered statistically significant. Results: Comparing the spirometric variables pre- vs. post-operative a) among the three groups: for FVC GL X GA [p < 0.001] and GL X GAM [p = 0.002]; for reduction percentage in FVC GL X GA [p = 0,000] and GA X GAM [p = 0,027]; for FEV1 GL X GA [p < 0.001], GL X GAM [p = 0.013]; b) same groups with themselves: GL for FVC [p = 0.020] and FEV1 [p = 0.022]; GA for FVC [p = 0.000] and FEV1 [p = 0,000] and GAM for FVC [p = 0.007] and FEV1 [p = 0.001]. Thus, all of the groups presented light ventilatory disturbances, more accentuated in early post-operative and more intense in group GA, less in group GAM and minimal in group GL. When post-operative spirometric values were compared to the predicted [pre-calculated] normal values, group GL could be considered normal from the spirometric point of view. Group GL showed normal spirometries in the first early post-operative exam, in group GA normalization occurred after up to seven days of post-operative, and in group GAM, it occurred within three days of post-operative. No significant differences related to the value of PaO2 were detected in the post-operative of same-group patients, although there was a decrease in the value of this variable in all three groups. GL presented the largest PaO2 in early post-operative, which was the period during which the largest reductions of PaO2 in the three groups were observed, coinciding with the lowest values of the spirometric variables, represented by FVC and FEV1, which from this point in later readings presented increasing values. Conclusions: It can be reported that the fewest ventilatory dysfunctions occurred in patients operated on laparascopically and that peridural morphine partially reverts post-operative ventilatory disturbance after open cholestectomy.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdePereira, EdísioRamos, Gilson Cassem2011-02-15T00:13:02Z2011-02-15T00:13:02Z2011-02-152006-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfRAMOS, Gilson Cassem. Influência da dose única de morfina peridural na normalização das espirometrias e pressões arteriais de oxigênio de pacientes submetidos à colecistectomia aberta. 2006. 146 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.http://repositorio.unb.br/handle/10482/6888info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T19:45:28Zoai:repositorio.unb.br:10482/6888Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T19:45:28Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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