O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe : fato e texto
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44491 |
Resumo: | O carnaval de São Tomé e Príncipe não tem a exuberância, grandiosidade e visibilidade que têm os carnavais do Rio de Janeiro, Recife, New Orleans e Veneza. Diferentemente do carnaval brasileiro, no qual o mundo social simbolicamente se inverte e as atividades cotidianas são temporariamente suspensas com a devida chancela do Estado durante quatro dias, o carnaval santomense tem lugar apenas na terça-feira gorda e não cria uma suspensão e inversão social quase total. Não tem também a grandiloqüência e a riqueza das parades de New Orleans nem dos desfiles de máscaras do carnaval veneziano. A participação popular no carnaval santomense é realizada segundo um outro modelo. Seu evento central é uma espécie de auto no qual se dramatiza uma série de episódios retirados do cotidiano das roças e freguesias. Formalmente, esta dramatização tem uma clara continuidade com o auto medieval português ”” uma das formas mais populares do antigo teatro em Portugal, forma que alcançou seu resplendor na época de formação do compromisso social que gerou a sociedade crioula de São Tomé e Príncipe, e que ali foi crioulizada, ganhando uma especificidade própria. |
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O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe : fato e textoAntropologiaCarnavalO carnaval de São Tomé e Príncipe não tem a exuberância, grandiosidade e visibilidade que têm os carnavais do Rio de Janeiro, Recife, New Orleans e Veneza. Diferentemente do carnaval brasileiro, no qual o mundo social simbolicamente se inverte e as atividades cotidianas são temporariamente suspensas com a devida chancela do Estado durante quatro dias, o carnaval santomense tem lugar apenas na terça-feira gorda e não cria uma suspensão e inversão social quase total. Não tem também a grandiloqüência e a riqueza das parades de New Orleans nem dos desfiles de máscaras do carnaval veneziano. A participação popular no carnaval santomense é realizada segundo um outro modelo. Seu evento central é uma espécie de auto no qual se dramatiza uma série de episódios retirados do cotidiano das roças e freguesias. Formalmente, esta dramatização tem uma clara continuidade com o auto medieval português ”” uma das formas mais populares do antigo teatro em Portugal, forma que alcançou seu resplendor na época de formação do compromisso social que gerou a sociedade crioula de São Tomé e Príncipe, e que ali foi crioulizada, ganhando uma especificidade própria.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)2022-08-11T15:39:36Z2022-08-11T15:39:36Z2018-01-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfTRAJANO FILHO, Wilson. O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: fato e texto. Anuário Antropológico, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 189-220, 1992. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470. Acesso em: 19 jan. 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/44491(CC BY NC ND) Copyright (c) 1992 Anuário Antropológico - Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. Fonte: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470. Acesso em: 19 jan. 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessTrajano Filho, Wilsonporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-05-24T23:55:30Zoai:repositorio.unb.br:10482/44491Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-05-24T23:55:30Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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