Arquitetura, vazio moderno e o espaço social
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/42890 https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04 |
Resumo: | A vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes,áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitektur caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção. |
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Arquitetura, vazio moderno e o espaço socialArchitecture, modern empty and social spaceArquitetura modernaReconhecimento socialHermenêuticaProjeto arquitetônicoA vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes,áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitektur caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção.Modern Movement’s vanguard promulgated free circulation and space within the nineteenth century urban fabric. Moderns believed in urban space built in conjunction with green areas,esplanades and areas for free movement would set a new urban and social order open to collective life. The Glassarchitekturcharacterized by few elements, slender structures and transparent walls, so called "reductionist modernist tradition" by Kenneth Frampton. This tectonic of minimum materiality became one of the aesthetic goals of early twentieth century modern architecture. Critics denounced modernism because the overly abstract spaces where there is no place for empirical event, for ornament or to the social fact leading to an impoverishment of cultural environment and 'emptying' the public sphere. How can one recognize the struggle for identity in designed and built urban space? How culturally recognize the modern or modernist without giving up collective memories and tradition? This paper aims to understand modernist void as spaces of experience, both as a urban phenomenon in continuous configuration and as a historical fact. We assume that social space is not an ideal or totalizing representations as modernists tenets preached. In a hermeneutical analysis of the void, the interpretation of memories and promises constinuously struggle for recognition in everyday life breaking with the idea of modern architecture as object, completed in its project design and construction.Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)Departamento de Teoria e História (FAU THA)Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília2022-02-14T20:12:01Z2022-02-14T20:12:01Z2016-08-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfCRUZ, Luciana Saboia Fonseca. Arquitetura, vazio moderno e o espaço social. Paranoá, Brasília, v. 16, n. 16, p. 51-62, 2016. DOI: 10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04. DOI: https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11594. Acesso em: 5 jan. 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/42890https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04(CC BY) Paranoá is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License. Fonte: https://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11594. Acesso em: 05 jan. 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessCruz, Luciana Saboia Fonsecaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-10-17T17:44:04Zoai:repositorio.unb.br:10482/42890Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-10-17T17:44:04Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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A vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes,áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitektur caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção. |
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