Social accountability of medical schools and social representations of medical students in the context of the More Doctors Program

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Felipe Proenço de
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Santos, Leonor Maria Pacheco, Shimizu, Helena Eri
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/36270
https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190074.ing
http://orcid.org/0000-0002-5900-0174
http://orcid.org/0000-0002-6739-6260
http://orcid.org/0000-0001-5612-5695
Resumo: Diversos debates, no contexto nacional e internacional, têm sugerido a necessidade de mudanças na formação médica, de modo que ela esteja em consonância com a organização dos sistemas de saúde. Nessa perspectiva, propõe-se que as escolas sejam orientadas pela responsabilidade social, que consiste em ordenar o ensino, a pesquisa e as atividades em serviço para atender às necessidades em saúde com foco prioritariamente em áreas de difícil acesso. Uma referência mais recente na formação médica em nível nacional foi o Programa Mais Médicos, que dispôs sobre um novo marco regulatório para a educação médica. Avalia-se que as modificações introduzidas pelo programa podem influenciar a elaboração de novas representações sociais dos estudantes de Medicina. Por meio da teoria das representações sociais, realizou-se um estudo qualitativo para analisar a percepção sobre a responsabilidade social das escolas médicas de 149 estudantes de Medicina do sétimo semestre de quatro cursos de instituições federais de ensino superior da Região Nordeste. Dois dos cursos estão no interior e foram criados em virtude do Programa Mais Médicos e outros dois correspondem aos cursos de capitais com mais de 60 anos de existência. Com base na análise do currículo de cada curso, eles foram denominados “tradicionais” ou “novos”. Nos resultados, observou-se que os estudantes dos diferentes cursos se assemelham no que diz respeito ao ingresso por cotas, mas os estudantes de cursos “novos” têm maior ingresso por políticas afirmativas, incluindo critérios regionais de acesso. Ambos os grupos de estudantes destacaram prioritariamente o termo “dever”, o que pode remeter a um âmbito mais individual da noção de responsabilidade. Também foram citados com destaque nos dois grupos os termos “cidadania” e “ética”. Somente os estudantes das escolas “novas” citaram termos como “compromisso”, “justiça” e “SUS”. Essa percepção sugere uma noção mais ampla da responsabilidade social nos estudantes de escolas criadas em virtude do Programa Mais Médicos, apesar da literatura nacional insuficiente sobre esse tema. Conclui-se ressaltando a importância desse programa na implantação de escolas médicas em regiões que anteriormente não contavam com essa formação. Reforça-se ainda a relevância da dedicação dos professores que implantaram os cursos no interior da Região Nordeste, demonstrando a necessidade de se aprofundar nas temáticas que envolvem o desenvolvimento docente. Sugere-se ampliar as análises sobre experiências como essas, de modo que possam ser aprofundadas com a radicalidade necessária ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
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spelling Social accountability of medical schools and social representations of medical students in the context of the More Doctors ProgramResponsabilidade social das escolas médicas e representações sociais dos estudantes de medicina no contexto do Programa Mais MédicosEducação médicaRecursos humanos - saúdeAtenção primária à saúdePrograma Mais MédicosDiversos debates, no contexto nacional e internacional, têm sugerido a necessidade de mudanças na formação médica, de modo que ela esteja em consonância com a organização dos sistemas de saúde. Nessa perspectiva, propõe-se que as escolas sejam orientadas pela responsabilidade social, que consiste em ordenar o ensino, a pesquisa e as atividades em serviço para atender às necessidades em saúde com foco prioritariamente em áreas de difícil acesso. Uma referência mais recente na formação médica em nível nacional foi o Programa Mais Médicos, que dispôs sobre um novo marco regulatório para a educação médica. Avalia-se que as modificações introduzidas pelo programa podem influenciar a elaboração de novas representações sociais dos estudantes de Medicina. Por meio da teoria das representações sociais, realizou-se um estudo qualitativo para analisar a percepção sobre a responsabilidade social das escolas médicas de 149 estudantes de Medicina do sétimo semestre de quatro cursos de instituições federais de ensino superior da Região Nordeste. Dois dos cursos estão no interior e foram criados em virtude do Programa Mais Médicos e outros dois correspondem aos cursos de capitais com mais de 60 anos de existência. Com base na análise do currículo de cada curso, eles foram denominados “tradicionais” ou “novos”. Nos resultados, observou-se que os estudantes dos diferentes cursos se assemelham no que diz respeito ao ingresso por cotas, mas os estudantes de cursos “novos” têm maior ingresso por políticas afirmativas, incluindo critérios regionais de acesso. Ambos os grupos de estudantes destacaram prioritariamente o termo “dever”, o que pode remeter a um âmbito mais individual da noção de responsabilidade. Também foram citados com destaque nos dois grupos os termos “cidadania” e “ética”. Somente os estudantes das escolas “novas” citaram termos como “compromisso”, “justiça” e “SUS”. Essa percepção sugere uma noção mais ampla da responsabilidade social nos estudantes de escolas criadas em virtude do Programa Mais Médicos, apesar da literatura nacional insuficiente sobre esse tema. Conclui-se ressaltando a importância desse programa na implantação de escolas médicas em regiões que anteriormente não contavam com essa formação. Reforça-se ainda a relevância da dedicação dos professores que implantaram os cursos no interior da Região Nordeste, demonstrando a necessidade de se aprofundar nas temáticas que envolvem o desenvolvimento docente. Sugere-se ampliar as análises sobre experiências como essas, de modo que possam ser aprofundadas com a radicalidade necessária ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde.Several debates, in the national and international context, have suggested the need for changes in medical education, so that it is in line with the organization of health systems. From this perspective, it is proposed that schools be guided by social accountability, which consists of ordering teaching, research and activities in service to meet health needs with a focus on areas that are difficult to reach. A more recent reference in medical education at the national level was the More Doctors Program, which provided for a new regulatory framework for medical education. It is evaluated that the modifications introduced by the Program can influence the elaboration of new social representations of medical students. Through the theory of social representations, a qualitative study was carried out to analyze the perception about the social accountability of the medical schools of 149 medical students, of the seventh semester of four courses of Federal Higher Education Institutions in the Northeast Region. Two of the courses are in the interior and were created by virtue of the More Doctors Program and another two correspond to courses in the state capital existing for more than 60 years. From the curriculum analysis of each course, they were termed “traditional” or “new”. In the results, it was observed that the students of the different courses resemble each other in terms of admission by quotas, but students of “new” courses have a greater entrance under affirmative action policies, including regional access criteria. Both groups of students have emphasized the term “duty” as a priority, which may refer to a more individual scope of the notion of accountability. The terms “citizenship” and “ethics” were also highlighted in both groups. Only for students in “new” schools were terms such as “commitment”, “justice” and “SUS” cited. This insight suggests a broader notion of social accountability in school students created under the More Doctors Program, despite insufficient national literature on this topic. The conclusion emphasizes the importance of the Program in the implantation of medical schools in regions that did not previously have this training. It also reinforces the relevance of the dedication of the teachers who implemented the courses in the interior of the Northeast, demonstrating the need to deepen in the themes that involve teacher development. It is suggested that there is a need to broaden the analysis of experiences such as these, so that they can be explored with the radicalism necessary to strengthen the Unified Health System.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Departamento de Saúde Coletiva (FS DSC)Associação Brasileira de Educação Médica2020-01-24T10:30:04Z2020-01-24T10:30:04Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfOLIVEIRA, Felipe Proenço de; SANTOS, Leonor Maria Pacheco; SHIMIZU, Helena Eri. Social Accountability of Medical Schools and Social Representations of Medical Students in the Context of the More Doctors Program. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, n. 1, p. 462-472, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190074.ing. Disponível em: http://scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000500462. Acesso em: 21 maio 2020. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________OLIVEIRA, Felipe Proenço de; SANTOS, Leonor Maria Pacheco; SHIMIZU, Helena Eri. Responsabilidade social das escolas médicas e representações sociais dos estudantes de medicina no contexto do Programa Mais Médicos. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, v. 43, n. 1, supl. 1, p. 462-472, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190074. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000500462&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 21 maio 2020. Epub 13 jan. 2020.https://repositorio.unb.br/handle/10482/36270https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190074.inghttp://orcid.org/0000-0002-5900-0174http://orcid.org/0000-0002-6739-6260http://orcid.org/0000-0001-5612-5695(CC BY) - This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, Felipe Proenço deSantos, Leonor Maria PachecoShimizu, Helena Eriengreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-09-14T20:12:53Zoai:repositorio.unb.br:10482/36270Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-09-14T20:12:53Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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Responsabilidade social das escolas médicas e representações sociais dos estudantes de medicina no contexto do Programa Mais Médicos
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