Desenvolvimento, instituições e mercados agroalimentares: os usos das Indicações Geográficas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | DRd - Desenvolvimento Regional em debate |
Texto Completo: | http://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/article/view/670 |
Resumo: | O papel das instituições e da mudança institucional para o desenvolvimento tem recebido atenção renovada de inúmeras vertentes teóricas e em diversos campos de investigação. Nos estudos sobre mercados agroalimentares, a chamada “virada para a qualidade” colocou em evidência a importância de novos mecanismos de diferenciação, dentre os quais as Indicações Geográficas (IG). Trata-se de um direito de propriedade intelectual que reconhece um bem a partir do seu vínculo específico com um território, que lhe confere identidade e distinção. Mais do que reconhecer uma qualidade associada à origem geográfica, a criação de uma IG envolve um amplo processo de mudança institucional, o que decorre da criação de normas e padrões que passam a orientar os processos de produção e comercialização. As implicações desse processo de “institucionalização” são diversas, de modo que o uso das IGs é recorrentemente analisado a partir de indicadores como a agregação de valor aos bens, a melhoria da performance técnica dos processos produtivos e a conservação do patrimônio natural e cultural. Mas, na realidade, esses efeitos não são automáticos. Eles dependem do tipo de arranjo institucional especificamente criado em cada território. A partir de uma abordagem sociológica das mudanças institucionais, este artigo analisa a relação controversa existente entre a construção de uma IG e os efeitos que são produzidos nos territórios. |
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Desenvolvimento, instituições e mercados agroalimentares: os usos das Indicações GeográficasMercados agroalimentares. Indicações Geográficas. Desenvolvimento. Instituições.O papel das instituições e da mudança institucional para o desenvolvimento tem recebido atenção renovada de inúmeras vertentes teóricas e em diversos campos de investigação. Nos estudos sobre mercados agroalimentares, a chamada “virada para a qualidade” colocou em evidência a importância de novos mecanismos de diferenciação, dentre os quais as Indicações Geográficas (IG). Trata-se de um direito de propriedade intelectual que reconhece um bem a partir do seu vínculo específico com um território, que lhe confere identidade e distinção. Mais do que reconhecer uma qualidade associada à origem geográfica, a criação de uma IG envolve um amplo processo de mudança institucional, o que decorre da criação de normas e padrões que passam a orientar os processos de produção e comercialização. As implicações desse processo de “institucionalização” são diversas, de modo que o uso das IGs é recorrentemente analisado a partir de indicadores como a agregação de valor aos bens, a melhoria da performance técnica dos processos produtivos e a conservação do patrimônio natural e cultural. Mas, na realidade, esses efeitos não são automáticos. Eles dependem do tipo de arranjo institucional especificamente criado em cada território. A partir de uma abordagem sociológica das mudanças institucionais, este artigo analisa a relação controversa existente entre a construção de uma IG e os efeitos que são produzidos nos territórios.Universidade do Contestado (UnC)2014-10-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/article/view/67010.24302/drd.v4i2.670DRd - Desenvolvimento Regional em debate; v. 4 n. 2 (2014); 21-432237-902910.24302/drd.v4i2reponame:DRd - Desenvolvimento Regional em debateinstname:Universidade do Contestadoinstacron:UNCporhttp://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/article/view/670/437Niederle, Paulo A.info:eu-repo/semantics/openAccess2020-05-09T16:11:55Zhttp://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/oai2237-90292237-9029opendoar:null2020-05-09 16:11:57.69DRd - Desenvolvimento Regional em debate - Universidade do Contestadofalse |
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