Presença feminina na EPT: questões de gênero na educação superior do IFSul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rostas, Guilherme
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Freitas, Angelita, Maschio , Silvana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Plurais (Salvador. Online)
Texto Completo: https://revistas.uneb.br/index.php/plurais/article/view/14079
Resumo: A partir de uma perspectiva das relações sociais com enfoque de gênero, o presente artigo visa compreender como a cultura patriarcal impacta no ingresso, permanência e sucesso de estudantes do sexo feminino nos cursos superiores do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). Para tanto, analisou-se os microdados do Censo da Educação Superior de 2020, disponibilizados pelo Ministério de Educação (MEC), buscando relacioná-los com referências e processos históricos, no sentindo de justificar a ausência das mulheres em determinadas áreas, explicitando a forma desigual com que sempre foram tratadas. Apoiando-se em Saffioti, Lerner e Antunes como base teórica para apresentar as acepções do conceito de gênero, patriarcado e definições sobre a divisão social e sexual do trabalho, foi possível identificar elementos que permitem entender o contexto histórico e analisar de forma crítica o tema em questão. A abordagem metodológica utilizada foi mista, de natureza exploratória e usou, como fonte, materiais bibliográficos. Foi realizado um estudo de caso com dados quanti-qualitativos, tendo como referencial de análise o materialismo histórico-dialético. Como resultado, o estudo demonstrou que a segmentação na escolha de carreiras ou especialidades técnicas se reflete, de certa forma, desigual para homens e mulheres nas matrículas. Isso parece indicar que nosso sistema educativo não forneceu uma resposta eficaz a um amplo setor de mulheres, para as quais a Educação deixou de ser um instrumento de mobilidade social, no sentido de garantir acesso ao trabalho e uma remuneração justa e proporcional ao nível de formação alcançado por essa população. Tanto o medo da perda da feminilidade quanto a valorização de habilidades diferenciadas entre os sexos se traduzem em uma série de prescrições e proibições sociais que indicam, de forma relativamente inequívoca, quais atividades, atitudes e habilidades são apropriadas para mulheres e quais não.
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