Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: QUIANGALA, Anne Caroline
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Grau Zero
Texto Completo: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3335
Resumo: Paraíso (2014), da escritora luso-brasileira Tatiana Salem Levy, é constituído por uma infinidade de narrativas que se descolam da protagonista Ana. Ela é uma escritora contemporânea a cuja interioridade temos acesso gradual a partir dos três patamares da história: presente, flashback e a narrativa colonial que ela está redigindo. Nesta, conhecemos a personagem Negra escravizada (sem nome) pelo seu relato “defunto” (qual um Brás Cubas) que sugere que foi cumprida a dialética que envolve a fala do sujeito s ubalternizada (pode falar, mas precisa ser ouvida). No entanto, ela está sendo determinada da exterioridade do seu corpo, isto é, desde o colonialismo, já que Ana está performando a voz do Outro no lugar entre ser Negra e ser branca (que consubstancia a hierarquia). Levy representa a negritude desde o lugar autorizado a falar sobre tudo: a branquitude. [Recebido: 25 dez. 2015 – Aceito: 18 mai. 2016]
id UNEB-7_558c2ddffe4fd32aa9a200061d827b24
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.uneb.br:article/3335
network_acronym_str UNEB-7
network_name_str Grau Zero
repository_id_str
spelling Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem LevyRepresentaçãoBranquitudeAlteridadeParaíso (2014), da escritora luso-brasileira Tatiana Salem Levy, é constituído por uma infinidade de narrativas que se descolam da protagonista Ana. Ela é uma escritora contemporânea a cuja interioridade temos acesso gradual a partir dos três patamares da história: presente, flashback e a narrativa colonial que ela está redigindo. Nesta, conhecemos a personagem Negra escravizada (sem nome) pelo seu relato “defunto” (qual um Brás Cubas) que sugere que foi cumprida a dialética que envolve a fala do sujeito s ubalternizada (pode falar, mas precisa ser ouvida). No entanto, ela está sendo determinada da exterioridade do seu corpo, isto é, desde o colonialismo, já que Ana está performando a voz do Outro no lugar entre ser Negra e ser branca (que consubstancia a hierarquia). Levy representa a negritude desde o lugar autorizado a falar sobre tudo: a branquitude. [Recebido: 25 dez. 2015 – Aceito: 18 mai. 2016]Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB2016-07-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/333510.30620/gz.v4n1.p187Grau Zero – Revista de Crítica Cultural; v. 4 n. 1 (2016): Literatura e diáspora; 187-2072318-7085reponame:Grau Zeroinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3335/2203Copyright (c) 2016 Grau Zero – Revista de Crítica Culturalhttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessQUIANGALA, Anne Caroline2023-09-18T15:14:44Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/3335Revistahttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzeroPUBhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/oaijfelix@uneb.br || grauzero.uneb@gmail.com || fabricadeletras.uneb@gmail.com2318-70852318-7085opendoar:2023-09-18T15:14:44Grau Zero - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
dc.title.none.fl_str_mv Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
title Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
spellingShingle Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
QUIANGALA, Anne Caroline
Representação
Branquitude
Alteridade
title_short Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
title_full Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
title_fullStr Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
title_full_unstemmed Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
title_sort Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
author QUIANGALA, Anne Caroline
author_facet QUIANGALA, Anne Caroline
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv QUIANGALA, Anne Caroline
dc.subject.por.fl_str_mv Representação
Branquitude
Alteridade
topic Representação
Branquitude
Alteridade
description Paraíso (2014), da escritora luso-brasileira Tatiana Salem Levy, é constituído por uma infinidade de narrativas que se descolam da protagonista Ana. Ela é uma escritora contemporânea a cuja interioridade temos acesso gradual a partir dos três patamares da história: presente, flashback e a narrativa colonial que ela está redigindo. Nesta, conhecemos a personagem Negra escravizada (sem nome) pelo seu relato “defunto” (qual um Brás Cubas) que sugere que foi cumprida a dialética que envolve a fala do sujeito s ubalternizada (pode falar, mas precisa ser ouvida). No entanto, ela está sendo determinada da exterioridade do seu corpo, isto é, desde o colonialismo, já que Ana está performando a voz do Outro no lugar entre ser Negra e ser branca (que consubstancia a hierarquia). Levy representa a negritude desde o lugar autorizado a falar sobre tudo: a branquitude. [Recebido: 25 dez. 2015 – Aceito: 18 mai. 2016]
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-07-15
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3335
10.30620/gz.v4n1.p187
url https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3335
identifier_str_mv 10.30620/gz.v4n1.p187
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3335/2203
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB
publisher.none.fl_str_mv Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB
dc.source.none.fl_str_mv Grau Zero – Revista de Crítica Cultural; v. 4 n. 1 (2016): Literatura e diáspora; 187-207
2318-7085
reponame:Grau Zero
instname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
instacron:UNEB
instname_str Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
instacron_str UNEB
institution UNEB
reponame_str Grau Zero
collection Grau Zero
repository.name.fl_str_mv Grau Zero - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
repository.mail.fl_str_mv jfelix@uneb.br || grauzero.uneb@gmail.com || fabricadeletras.uneb@gmail.com
_version_ 1797041771388076032