O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Grau Zero |
Texto Completo: | https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/12208 |
Resumo: | O pensamento decolonial tem sua origem datada pela constituição do grupo modernidade-colonialidade no final dos anos 90, formado por intelectuais latino-americanos de diferentes universidades que objetivaram realizar um “movimento epistemológico fundamental para a renovação crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI: a radicalização do argumento pós-colonial no continente por meio da noção de “giro decolonial” (BALLESTRIN, 2013).” No entanto, no Brasil, há uma séria critica por parte dos intelectuais indígenas que, entre tantos questionamentos, tensionam o conceito de América Latina, como é o caso de Ailton Krenak, em conversa com Jaider Esbell no programa Diálogos da UNBtv, no qual descreve a América que se conhece como um produto colonial. Considerando a colonialidade do saber e do ser (QUIJANO, 2009) que se faz presente na formação desses povos e o caráter oral presente em suas produções, quero aqui, a partir da pluralidade de sujeitos que constituem nosso país, e estão presentes nas diversas formas de manifestação artística, questionar: o que é a decolonialidade no contexto brasileiro? Em que medida sua aplicação cabe ou não? Para pensar as produções advindas da oralidade nos embasaremos no conceito de materiais orais, cunhado pela Dra Berenice Araceli Granados Vázquez e o Dr. Santiago Cortés do Laboratorio Nacional de Materiales Orales, seus protocolos que já enxergam as narrativas desde um olhar plural, decolonial, além de trazermos para diálogo, e como exemplo, o projeto IFNOPAP, o Imaginário nas formas narrativas orais na Amazônia Paraense, idealizado pela Dra Socorro Simões (UFPA) e visto, do mesmo modo, como uma prática decolonial. [Recebido: 5 jul. 2020 – Aceito: 15 ago. 2020] |
id |
UNEB-7_8a3f6235581788a5b82455cbea4c66d0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.uneb.br:article/12208 |
network_acronym_str |
UNEB-7 |
network_name_str |
Grau Zero |
repository_id_str |
|
spelling |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidadeIdentidadesOralidadesDecolonialidadeO pensamento decolonial tem sua origem datada pela constituição do grupo modernidade-colonialidade no final dos anos 90, formado por intelectuais latino-americanos de diferentes universidades que objetivaram realizar um “movimento epistemológico fundamental para a renovação crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI: a radicalização do argumento pós-colonial no continente por meio da noção de “giro decolonial” (BALLESTRIN, 2013).” No entanto, no Brasil, há uma séria critica por parte dos intelectuais indígenas que, entre tantos questionamentos, tensionam o conceito de América Latina, como é o caso de Ailton Krenak, em conversa com Jaider Esbell no programa Diálogos da UNBtv, no qual descreve a América que se conhece como um produto colonial. Considerando a colonialidade do saber e do ser (QUIJANO, 2009) que se faz presente na formação desses povos e o caráter oral presente em suas produções, quero aqui, a partir da pluralidade de sujeitos que constituem nosso país, e estão presentes nas diversas formas de manifestação artística, questionar: o que é a decolonialidade no contexto brasileiro? Em que medida sua aplicação cabe ou não? Para pensar as produções advindas da oralidade nos embasaremos no conceito de materiais orais, cunhado pela Dra Berenice Araceli Granados Vázquez e o Dr. Santiago Cortés do Laboratorio Nacional de Materiales Orales, seus protocolos que já enxergam as narrativas desde um olhar plural, decolonial, além de trazermos para diálogo, e como exemplo, o projeto IFNOPAP, o Imaginário nas formas narrativas orais na Amazônia Paraense, idealizado pela Dra Socorro Simões (UFPA) e visto, do mesmo modo, como uma prática decolonial. [Recebido: 5 jul. 2020 – Aceito: 15 ago. 2020]Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB2020-12-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/1220810.30620/gz.v8n2.p37Grau Zero – Revista de Crítica Cultural; v. 8 n. 2 (2020): Economia criativa e cidadania: democracia, solidariedade e produção em rede; 37-632318-7085reponame:Grau Zeroinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/12208/8800Copyright (c) 2020 Grau Zero – Revista de Crítica Culturalhttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPRZYBYLSKI, Mauren Pavão2023-07-15T19:58:07Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/12208Revistahttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzeroPUBhttps://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/oaijfelix@uneb.br || grauzero.uneb@gmail.com || fabricadeletras.uneb@gmail.com2318-70852318-7085opendoar:2023-07-15T19:58:07Grau Zero - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
title |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
spellingShingle |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade PRZYBYLSKI, Mauren Pavão Identidades Oralidades Decolonialidade |
title_short |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
title_full |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
title_fullStr |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
title_full_unstemmed |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
title_sort |
O lugar do Brasil nos estudos decoloniais pelo viés da oralidade |
author |
PRZYBYLSKI, Mauren Pavão |
author_facet |
PRZYBYLSKI, Mauren Pavão |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
PRZYBYLSKI, Mauren Pavão |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Identidades Oralidades Decolonialidade |
topic |
Identidades Oralidades Decolonialidade |
description |
O pensamento decolonial tem sua origem datada pela constituição do grupo modernidade-colonialidade no final dos anos 90, formado por intelectuais latino-americanos de diferentes universidades que objetivaram realizar um “movimento epistemológico fundamental para a renovação crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI: a radicalização do argumento pós-colonial no continente por meio da noção de “giro decolonial” (BALLESTRIN, 2013).” No entanto, no Brasil, há uma séria critica por parte dos intelectuais indígenas que, entre tantos questionamentos, tensionam o conceito de América Latina, como é o caso de Ailton Krenak, em conversa com Jaider Esbell no programa Diálogos da UNBtv, no qual descreve a América que se conhece como um produto colonial. Considerando a colonialidade do saber e do ser (QUIJANO, 2009) que se faz presente na formação desses povos e o caráter oral presente em suas produções, quero aqui, a partir da pluralidade de sujeitos que constituem nosso país, e estão presentes nas diversas formas de manifestação artística, questionar: o que é a decolonialidade no contexto brasileiro? Em que medida sua aplicação cabe ou não? Para pensar as produções advindas da oralidade nos embasaremos no conceito de materiais orais, cunhado pela Dra Berenice Araceli Granados Vázquez e o Dr. Santiago Cortés do Laboratorio Nacional de Materiales Orales, seus protocolos que já enxergam as narrativas desde um olhar plural, decolonial, além de trazermos para diálogo, e como exemplo, o projeto IFNOPAP, o Imaginário nas formas narrativas orais na Amazônia Paraense, idealizado pela Dra Socorro Simões (UFPA) e visto, do mesmo modo, como uma prática decolonial. [Recebido: 5 jul. 2020 – Aceito: 15 ago. 2020] |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-03 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/12208 10.30620/gz.v8n2.p37 |
url |
https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/12208 |
identifier_str_mv |
10.30620/gz.v8n2.p37 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/12208/8800 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2020 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2020 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB |
publisher.none.fl_str_mv |
Fábrica de Letras do Pós-Crítica/UNEB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Grau Zero – Revista de Crítica Cultural; v. 8 n. 2 (2020): Economia criativa e cidadania: democracia, solidariedade e produção em rede; 37-63 2318-7085 reponame:Grau Zero instname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB) instacron:UNEB |
instname_str |
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) |
instacron_str |
UNEB |
institution |
UNEB |
reponame_str |
Grau Zero |
collection |
Grau Zero |
repository.name.fl_str_mv |
Grau Zero - Universidade do Estado da Bahia (UNEB) |
repository.mail.fl_str_mv |
jfelix@uneb.br || grauzero.uneb@gmail.com || fabricadeletras.uneb@gmail.com |
_version_ |
1797041771875663872 |