“O lugar ou o não lugar” do negro: aspectos políticos e ideológicos na educação primária, na década de 1930, a partir da revista a escola primaria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Juan Vitor dos Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB
Texto Completo: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5516
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo a compreensão “do lugar ou não lugar”, das populações negras no processo de construção da educação brasileira na década de 1930, a partir da análise da revista “A Escola Primaria”, contribuindo para ampliação das discussões no campo da História da Educação, sobretudo do negro. O Estado é chamado a assumir a educação do povo de forma universal, ou seja, abrangendo todos os grupos sociais, com vistas a produzir os trabalhadores necessários à sociedade moderna e liberal, vinculada aos imperativos do capital. Nesta perspectiva o estudo buscou analisar os processos políticos e pedagógicos implementados na institucionalização da educação e as ideologias que influenciaram o processo de universalização e escolarização da educação no Brasil. As teorias racistas amplamente difundidas foram naturalizando as desigualdades raciais em novo ambiente político e jurídico. Consolidou-se uma forte política de branqueamento como projeto nacional de modo a conciliar a crença na superioridade branca com o progressivo desaparecimento do negro, cuja presença estava relacionada ao atraso. O modelo de desenvolvimento pretendido estava diretamente associado ao projeto de uma nação branca, que gerou processos de produção de silenciamentos e não lugares ao qual foi reservado aos negros. A pesquisa se ancorou numa metodologia, que se baseou no método bibliográfico e documental, numa abordagem qualitativa, e na perspectiva do método do materialismo histórico dialético, com análise de fontes, num diálogo com autores como Sidney Chalhoub (1996), Anthony Giddens (2002), Orlandi e Maria Helena Rolim Capelato (1988). Neste sentido, se construiu problematizações, a partir das referências, argumentando teoricamente sobre os significados e sentidos do projeto de escola republicana que não incorporou, pois, um projeto de emancipação da população negra, pelo contrário, continuou alimentando o racismo e produzindo a exclusão de negros, o “não lugar” nos espaços escolares. Esta pesquisa tem por objetivo a compreensão “do lugar ou não lugar”, das populações negras no processo de construção da educação brasileira na década de 1930, a partir da análise da revista “A Escola Primaria”, contribuindo para ampliação das discussões no campo da História da Educação, sobretudo do negro. O Estado é chamado a assumir a educação do povo de forma universal, ou seja, abrangendo todos os grupos sociais, com vistas a produzir os trabalhadores necessários à sociedade moderna e liberal, vinculada aos imperativos do capital. Nesta perspectiva o estudo buscou analisar os processos políticos e pedagógicos implementados na institucionalização da educação e as ideologias que influenciaram o processo de universalização e escolarização da educação no Brasil. As teorias racistas amplamente difundidas foram naturalizando as desigualdades raciais em novo ambiente político e jurídico. Consolidou-se uma forte política de branqueamento como projeto nacional de modo a conciliar a crença na superioridade branca com o progressivo desaparecimento do negro, cuja presença estava relacionada ao atraso. O modelo de desenvolvimento pretendido estava diretamente associado ao projeto de uma nação branca, que gerou processos de produção de silenciamentos e não lugares ao qual foi reservado aos negros. A pesquisa se ancorou numa metodologia, que se baseou no método bibliográfico e documental, numa abordagem qualitativa, e na perspectiva do método do materialismo histórico dialético, com análise de fontes, num diálogo com autores como Sidney Chalhoub (1996), Anthony Giddens (2002), Orlandi e Maria Helena Rolim Capelato (1988). Neste sentido, se construiu problematizações, a partir das referências, argumentando teoricamente sobre os significados e sentidos do projeto de escola republicana que não incorporou, pois, um projeto de emancipação da população negra, pelo contrário, continuou alimentando o racismo e produzindo a exclusão de negros, o “não lugar” nos espaços escolares.
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Nesta perspectiva o estudo buscou analisar os processos políticos e pedagógicos implementados na institucionalização da educação e as ideologias que influenciaram o processo de universalização e escolarização da educação no Brasil. As teorias racistas amplamente difundidas foram naturalizando as desigualdades raciais em novo ambiente político e jurídico. Consolidou-se uma forte política de branqueamento como projeto nacional de modo a conciliar a crença na superioridade branca com o progressivo desaparecimento do negro, cuja presença estava relacionada ao atraso. O modelo de desenvolvimento pretendido estava diretamente associado ao projeto de uma nação branca, que gerou processos de produção de silenciamentos e não lugares ao qual foi reservado aos negros. A pesquisa se ancorou numa metodologia, que se baseou no método bibliográfico e documental, numa abordagem qualitativa, e na perspectiva do método do materialismo histórico dialético, com análise de fontes, num diálogo com autores como Sidney Chalhoub (1996), Anthony Giddens (2002), Orlandi e Maria Helena Rolim Capelato (1988). Neste sentido, se construiu problematizações, a partir das referências, argumentando teoricamente sobre os significados e sentidos do projeto de escola republicana que não incorporou, pois, um projeto de emancipação da população negra, pelo contrário, continuou alimentando o racismo e produzindo a exclusão de negros, o “não lugar” nos espaços escolares. Esta pesquisa tem por objetivo a compreensão “do lugar ou não lugar”, das populações negras no processo de construção da educação brasileira na década de 1930, a partir da análise da revista “A Escola Primaria”, contribuindo para ampliação das discussões no campo da História da Educação, sobretudo do negro. O Estado é chamado a assumir a educação do povo de forma universal, ou seja, abrangendo todos os grupos sociais, com vistas a produzir os trabalhadores necessários à sociedade moderna e liberal, vinculada aos imperativos do capital. Nesta perspectiva o estudo buscou analisar os processos políticos e pedagógicos implementados na institucionalização da educação e as ideologias que influenciaram o processo de universalização e escolarização da educação no Brasil. As teorias racistas amplamente difundidas foram naturalizando as desigualdades raciais em novo ambiente político e jurídico. Consolidou-se uma forte política de branqueamento como projeto nacional de modo a conciliar a crença na superioridade branca com o progressivo desaparecimento do negro, cuja presença estava relacionada ao atraso. O modelo de desenvolvimento pretendido estava diretamente associado ao projeto de uma nação branca, que gerou processos de produção de silenciamentos e não lugares ao qual foi reservado aos negros. A pesquisa se ancorou numa metodologia, que se baseou no método bibliográfico e documental, numa abordagem qualitativa, e na perspectiva do método do materialismo histórico dialético, com análise de fontes, num diálogo com autores como Sidney Chalhoub (1996), Anthony Giddens (2002), Orlandi e Maria Helena Rolim Capelato (1988). Neste sentido, se construiu problematizações, a partir das referências, argumentando teoricamente sobre os significados e sentidos do projeto de escola republicana que não incorporou, pois, um projeto de emancipação da população negra, pelo contrário, continuou alimentando o racismo e produzindo a exclusão de negros, o “não lugar” nos espaços escolares.This research aims to understand “place or not place”, of black populations in the process of construction of Brazilian education in the 1930s, based on the analysis of the magazine “A Escola Primaria”, contributing to the expansion of discussions in the field of education. History of Education, especially of blacks. The State is called upon to undertake the education of the people universally, that is, encompassing all social groups, with a view to producing the workers necessary for modern and liberal society, linked to the imperatives of capital. In this perspective, the study sought to analyze the political and pedagogical processes implemented in the institutionalization of education and the ideologies that influenced the process of universalization and schooling of education in Brazil. Widespread racist theories gradually naturalized racial inequalities in a new political and legal environment. A strong whitening policy was consolidated as a national project in order to reconcile the belief in white superiority with the progressive disappearance of the black, whose presence was related to backwardness. The intended development model was directly associated with the project of a white nation, which generated silencing processes and not places reserved for blacks. The research was anchored in a methodology, which was based on the bibliographic and documentary method, in a qualitative approach, and in the perspective of the method of dialectical historical materialism, with analysis of sources, in a dialogue with authors such as Sidney Chalhoub (1996), Anthony Giddens (2002 ), Orlandi and Maria Helena Rolim Capelato (1988). In this sense, problematizations were constructed, from the references, theoretically arguing about the meanings and meanings of the republican school project that did not incorporate, therefore, a project of emancipation of the black population, on the contrary, it continued to feed racism and produce the exclusion of black people, the “no place” in school spacesUniversidade do Estado da BahiaColegiado de HistóriaCordeiro, Marluse Arapiraca dos SantosSantos, Denilson Lessa dosSilva, Miranice Moreira daFernandes, Juan Vitor dos Santos2024-06-05T22:16:20Z2024-06-05T22:16:20Z2022-07-13info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfFERNANDES, Juan Vitor dos Santos. “O lugar ou o não lugar” do negro: aspectos políticos e ideológicos na educação primária, na década de 1930, a partir da revista “a escola primaria. 2022. 53f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em História) - Departamento de Ciências Humanas, Campus V, Universidade do Estado da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2022https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5516porinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/reponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2024-06-06T03:00:43Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/5516Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2024-06-06T03:00:43Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
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