Formação Docente no PIBID: Temporalidades, Trajetórias e Constituição Identitária

• Autor(a) principal: Silva, Fabrício Oliveira da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11896/1085
• topic: PIBID; Identidade Docente; Pesquisa (Auto)Biográfica

A tese tem como objetivo compreender a constituição da identidade docente, a partir das experiências formativas de licenciandos em Letras, participantes do PIBID. As discussões partem da compreensão de conceber que os professores têm chegado à profissão revelando algumas dificuldades para o exercício da docência, por não terem vivenciado a escola em seu cotidiano, que é transversalizado por diferentes temporalidades formativas. O trabalho fundamenta-se na base epistemológica da pesquisa qualitativa em que o sujeito e a realidade formativa são concebidos como indissociáveis. Ancora-se na abordagem (auto)biográfica, por facultar a aproximação do objeto de estudo com a epistemologia (auto)biográfica, pois quem narra a própria vida, ao narrar, estabelece relações temporais e situacionais consigo mesmo e com aqueles com quem interage durante o seu percurso formativo. A discussão teórica é tecida como fundamento nos principais estudos a respeito da constituição da identidade docente, possibilitando a análise de como a constituição identitária tem sido compreendida a partir das escritas de si e de reflexões sobre as experiências que os licenciandos vivenciam no PIBID. Nesta tese, discuto como o Programa tem se constituído como um espaço e tempo de formação na licenciatura, por meio do qual os sujeitos produzem experiências do ser professor, a partir de uma tríade formativa, composta por temporalidades, cotidiano escolar e iniciação à docência. Explicito as caracterizações e as definições da temporalidade formativa do Programa, a partir de uma concepção sociológica que trata da existência de dois tempos: o kronos e o kairós. Neste contexto, defendo a ideia de que no PIBID a escola passa a ser um lugar privilegiado de formação, na medida em que faculta ao licenciando estar nela e vivenciá-la, em sua dinâmica real de organização e estruturação dos trabalhos educativos que são ali desenvolvidos. Assim, o PIBID é visto como lócus espacial e temporal de formação que promove experiências tecidas na tríade, a partir da qual as temporalidades, o cotidiano escolar e a iniciação se entrecruzam a um movimento cíclico que permite ao licenciando compreender o desenvolvimento de seu processo identitário e reconhecer-se enquanto docente em formação. Palavras-chave: PIBID. Formação. Temporalidades. Identidade docente. Pesquisa (auto)biográfica.