Solidão e formação, solidão da formação: reflexões teóricas sobre a possibilidade desprezada pela Psicologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Eventos Pedagógicos |
Texto Completo: | https://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/9976 |
Resumo: | Este trabalho realiza uma crítica a visão hegemônica da Psicologia em relação à solidão, por meio de uma revisão de artigos científicos e de uma pesquisa teórica e bibliográfica. Constatou-se, com a revisão de artigos, que a solidão é considerada pela psicologia atual como um índice de inadaptação dos indivíduos solitários, frequentemente associada a isolamento social e sofrimento psíquico. A principal tese aqui defendida é a de que a associação simples entre solidão e sofrimento é ideológica, só podendo ser sustentada por uma ciência enrijecida que não leva em conta a história e não está aberta para o conhecimento produzido pela arte. Tendo como base a teoria crítica da sociedade, em especial o pensamento de T. W. Adorno e sua concepção de arte e racionalidade, foram analisados trabalhos de alguns autores da literatura e da filosofia dos séculos XVIII, XIX e XX, sobretudo aqueles considerados como precursores do romantismo, representantes deste ou grandemente influenciados por ele. Podendo-se destacar a análise de obras de autores estrangeiros como Jean-Jacques Rousseau e Johann Wolfgang von Goethe, e autores brasileiros como Álvares de Azevedo e Aluízio de Azevedo. Nesse percurso, procure-se mostrar como um tipo de solidão, presente na vida desses autores ou em suas obras, como tema ou forma, possui elementos críticos em relação à sociedade em que viviam e, em grande parte, ainda vivemos, assim como elementos utópicos importantes para aqueles interessados na superação desta sociedade baseada na exploração e no privilégio. Tal solidão é a solidão da formação (Bildung, em alemão), um desenvolvimento do individualismo burguês no qual confluem a independência subjetiva e uma sociabilidade mediada: independência subjetiva possível por meio da independência financeira do indivíduo ideal no capitalismo liberal e sociabilidade mediada presente na produção e recepção artísticas.Palavras-chave: formação do indivíduo; solidão;teoria crítica; romantismo; intuição. |
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Solidão e formação, solidão da formação: reflexões teóricas sobre a possibilidade desprezada pela PsicologiaEste trabalho realiza uma crítica a visão hegemônica da Psicologia em relação à solidão, por meio de uma revisão de artigos científicos e de uma pesquisa teórica e bibliográfica. Constatou-se, com a revisão de artigos, que a solidão é considerada pela psicologia atual como um índice de inadaptação dos indivíduos solitários, frequentemente associada a isolamento social e sofrimento psíquico. A principal tese aqui defendida é a de que a associação simples entre solidão e sofrimento é ideológica, só podendo ser sustentada por uma ciência enrijecida que não leva em conta a história e não está aberta para o conhecimento produzido pela arte. Tendo como base a teoria crítica da sociedade, em especial o pensamento de T. W. Adorno e sua concepção de arte e racionalidade, foram analisados trabalhos de alguns autores da literatura e da filosofia dos séculos XVIII, XIX e XX, sobretudo aqueles considerados como precursores do romantismo, representantes deste ou grandemente influenciados por ele. Podendo-se destacar a análise de obras de autores estrangeiros como Jean-Jacques Rousseau e Johann Wolfgang von Goethe, e autores brasileiros como Álvares de Azevedo e Aluízio de Azevedo. Nesse percurso, procure-se mostrar como um tipo de solidão, presente na vida desses autores ou em suas obras, como tema ou forma, possui elementos críticos em relação à sociedade em que viviam e, em grande parte, ainda vivemos, assim como elementos utópicos importantes para aqueles interessados na superação desta sociedade baseada na exploração e no privilégio. Tal solidão é a solidão da formação (Bildung, em alemão), um desenvolvimento do individualismo burguês no qual confluem a independência subjetiva e uma sociabilidade mediada: independência subjetiva possível por meio da independência financeira do indivíduo ideal no capitalismo liberal e sociabilidade mediada presente na produção e recepção artísticas.Palavras-chave: formação do indivíduo; solidão;teoria crítica; romantismo; intuição.Unemat Editora2017-07-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/997610.30681/reps.v8i1.9976Eventos Pedagógicos; v. 8 n. 1 (2017): Formação de Professores no ensino de Ciências e Matemática; 329-3302236-3165reponame:Revista Eventos Pedagógicosinstname:Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)instacron:UNEMATporhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/9976/6375Copyright (c) 2022 Revista Eventos Pedagógicoshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNascimento, Rafael Baioni do2022-12-27T20:18:49Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9976Revistahttps://periodicos.unemat.br/index.php/repsPUBhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/oai||eventospedagogicos@unemat-net.br2236-31652236-3165opendoar:2022-12-27T20:18:49Revista Eventos Pedagógicos - Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)false |
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