Solidão e formação, solidão da formação: Reflexões teóricas sobre a possibilidade desprezada pela psicologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-18032015-110324/ |
Resumo: | A solidão é considerada pela psicologia atual como um índice de inadaptação dos indivíduos solitários. A principal tese aqui defendida é a de que a associação simples entre solidão e sofrimento é ideológica, só podendo ser sustentada por uma ciência enrijecida que não leva em conta a história e não está aberta para o conhecimento produzido pela arte. Tendo como base a teoria crítica da sociedade, em especial o pensamento de T. W. Adorno e sua concepção de arte e racionalidade, analisei alguns autores da literatura e da filosofia dos séculos XVIII, XIX e XX, sobretudo aqueles considerados como precursores do romantismo, representantes deste ou grandemente influenciados por ele. Nesse percurso, procurei mostrar como um tipo de solidão, presente na vida desses autores ou em suas obras, como tema ou forma, possui elementos críticos em relação à sociedade em que viviam e, em grande parte, ainda vivemos, assim como elementos utópicos importantes para aqueles interessados na superação desta sociedade baseada na exploração e no privilégio. Tal solidão é a solidão da formação (Bildung, em alemão), um desenvolvimento do individualismo burguês no qual confluem a independência subjetiva e uma sociabilidade mediada: independência subjetiva possível por meio da independência financeira do indivíduo ideal no capitalismo liberal e sociabilidade mediada presente na produção e recepção artísticas |
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Solidão e formação, solidão da formação: Reflexões teóricas sobre a possibilidade desprezada pela psicologiaSolitude and Bildung, solitude of Bildung: theoretic reflections on the possibility disregarded by PsychologyCritical theoryFormação do indivíduoIndividual formationIntuiçãoIntuitionRomanticismRomantismoSolidãoSolitudeTeoria críticaA solidão é considerada pela psicologia atual como um índice de inadaptação dos indivíduos solitários. A principal tese aqui defendida é a de que a associação simples entre solidão e sofrimento é ideológica, só podendo ser sustentada por uma ciência enrijecida que não leva em conta a história e não está aberta para o conhecimento produzido pela arte. Tendo como base a teoria crítica da sociedade, em especial o pensamento de T. W. Adorno e sua concepção de arte e racionalidade, analisei alguns autores da literatura e da filosofia dos séculos XVIII, XIX e XX, sobretudo aqueles considerados como precursores do romantismo, representantes deste ou grandemente influenciados por ele. Nesse percurso, procurei mostrar como um tipo de solidão, presente na vida desses autores ou em suas obras, como tema ou forma, possui elementos críticos em relação à sociedade em que viviam e, em grande parte, ainda vivemos, assim como elementos utópicos importantes para aqueles interessados na superação desta sociedade baseada na exploração e no privilégio. Tal solidão é a solidão da formação (Bildung, em alemão), um desenvolvimento do individualismo burguês no qual confluem a independência subjetiva e uma sociabilidade mediada: independência subjetiva possível por meio da independência financeira do indivíduo ideal no capitalismo liberal e sociabilidade mediada presente na produção e recepção artísticasSolitude is considered by current Psychology as an index of inadaptability of lonely individuals. The main thesis defended here is that the simple association between solitude and suffering is ideological, and can only be supported by a rigid science that doesnt take history into account and is not open to the knowledge produced by art. Based on the critic theory of society, especially the thoughts of T. W. Adorno and his conception of art and rationality, I have analyzed some literature and philosophy authors from the 18th, 19th and 20th centuries, notably those considered precursors of Romanticism, its representatives or greatly influenced by it. In this journey, I have tried to show how a type of solitude, present in the life of these authors or in their works, as a topic or in the form, has critic elements in relation to the society they lived and we, somehow, still live, and utopic elements important to those interested in the overcome of this society based on exploitation and privilege. This solitude is the solitude of formation (Bildung, in German), a development of the burgeois individualism in which converge subjective independence and mediated sociability: subjective independence made possible through financial independence of liberal capitalisms ideal individual, and mediated sociability present in the artistic production and receptionBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarone, IrayNascimento, Rafael Baioni do2014-10-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-18032015-110324/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-18032015-110324Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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