SUBJETIVIDADE À DERIVA EM GENI E O ZEPELIM, DE CHICO BUARQUE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Frederico de Lima
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Letras Norte@mentos
Texto Completo: https://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentos/article/view/7566
Resumo: A sociedade contemporânea expõe, como nenhuma outra, a perturbação na tessitura dos laços sociais e, consequentemente, a insustentabilidade dos ideais que fizeram com que o homem optasse pelo pacto civilizatório. Cada vez mais, deparamo-nos com manifestações de intolerância, outrora reprimidas, rechaçadas, institucional e moralmente punidas, que retornam e ganham espaço nas relações cotidianas, domesticando, pelo ódio, a desigualdade. O capitalismo, por sua vez, como doutrina do “salve-se quem puder”, do “que vença o melhor”, “da lei do mais forte”, assume o papel de fomentador de uma lógica perversa, considerada necessária à boa manutenção da economia e das relações sociais, mas que, na verdade, é responsável pela deterioração de um dos principais componentes do mundo livre e democrático: a igualdade. Alicerçados por tais pressupostos e utilizando como baldrame teórico alguns postulados sociológicos e psicanalíticos, propomos apresentar a canção Geni e o Zepelim, uma das obras mais divulgadas e de maior sucesso da obra Ópera do Malandro, um musical de 1977/1978 de Chico Buarque , como uma metáfora do embate entre as vozes sociais hodiernas, com vistas a esboçar uma crítica ao modelo capitalista, bem como à fetichização do outro em nossa sociedade, cada vez menos regida pela lei simbólica, e cada vez mais partidária de uma perversão consentida. Para tanto, observar-se-ão os discursos presentes na canção, a fim de direcionarmos o percurso das ações e o modo de representação que o eu lírico utiliza para expor os meandros dessa querela pós-moderna.
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