SUBJETIVIDADE À DERIVA EM GENI E O ZEPELIM, DE CHICO BUARQUE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Letras Norte@mentos |
Texto Completo: | https://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentos/article/view/7566 |
Resumo: | A sociedade contemporânea expõe, como nenhuma outra, a perturbação na tessitura dos laços sociais e, consequentemente, a insustentabilidade dos ideais que fizeram com que o homem optasse pelo pacto civilizatório. Cada vez mais, deparamo-nos com manifestações de intolerância, outrora reprimidas, rechaçadas, institucional e moralmente punidas, que retornam e ganham espaço nas relações cotidianas, domesticando, pelo ódio, a desigualdade. O capitalismo, por sua vez, como doutrina do “salve-se quem puder”, do “que vença o melhor”, “da lei do mais forte”, assume o papel de fomentador de uma lógica perversa, considerada necessária à boa manutenção da economia e das relações sociais, mas que, na verdade, é responsável pela deterioração de um dos principais componentes do mundo livre e democrático: a igualdade. Alicerçados por tais pressupostos e utilizando como baldrame teórico alguns postulados sociológicos e psicanalíticos, propomos apresentar a canção Geni e o Zepelim, uma das obras mais divulgadas e de maior sucesso da obra Ópera do Malandro, um musical de 1977/1978 de Chico Buarque , como uma metáfora do embate entre as vozes sociais hodiernas, com vistas a esboçar uma crítica ao modelo capitalista, bem como à fetichização do outro em nossa sociedade, cada vez menos regida pela lei simbólica, e cada vez mais partidária de uma perversão consentida. Para tanto, observar-se-ão os discursos presentes na canção, a fim de direcionarmos o percurso das ações e o modo de representação que o eu lírico utiliza para expor os meandros dessa querela pós-moderna. |
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SUBJETIVIDADE À DERIVA EM GENI E O ZEPELIM, DE CHICO BUARQUEA sociedade contemporânea expõe, como nenhuma outra, a perturbação na tessitura dos laços sociais e, consequentemente, a insustentabilidade dos ideais que fizeram com que o homem optasse pelo pacto civilizatório. Cada vez mais, deparamo-nos com manifestações de intolerância, outrora reprimidas, rechaçadas, institucional e moralmente punidas, que retornam e ganham espaço nas relações cotidianas, domesticando, pelo ódio, a desigualdade. O capitalismo, por sua vez, como doutrina do “salve-se quem puder”, do “que vença o melhor”, “da lei do mais forte”, assume o papel de fomentador de uma lógica perversa, considerada necessária à boa manutenção da economia e das relações sociais, mas que, na verdade, é responsável pela deterioração de um dos principais componentes do mundo livre e democrático: a igualdade. Alicerçados por tais pressupostos e utilizando como baldrame teórico alguns postulados sociológicos e psicanalíticos, propomos apresentar a canção Geni e o Zepelim, uma das obras mais divulgadas e de maior sucesso da obra Ópera do Malandro, um musical de 1977/1978 de Chico Buarque , como uma metáfora do embate entre as vozes sociais hodiernas, com vistas a esboçar uma crítica ao modelo capitalista, bem como à fetichização do outro em nossa sociedade, cada vez menos regida pela lei simbólica, e cada vez mais partidária de uma perversão consentida. Para tanto, observar-se-ão os discursos presentes na canção, a fim de direcionarmos o percurso das ações e o modo de representação que o eu lírico utiliza para expor os meandros dessa querela pós-moderna.Editora UNEMAT2021-01-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentos/article/view/756610.30681/rln.v14i35.7566Revista de Letras Norte@mentos; v. 14 n. 35 (2021): ESTUDOS LITERÁRIOS1983-8018reponame:Revista de Letras Norte@mentosinstname:Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)instacron:UNEMATporhttps://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentos/article/view/7566/7039Copyright (c) 2022 Revista de Letras Norte@mentosinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Frederico de Lima2022-10-28T00:06:34Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/7566Revistahttps://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentosPUBhttps://periodicos.unemat.br/index.php/norteamentos/oai||revistanorteamentos@unemat-net.br1983-80181983-8018opendoar:2022-10-28T00:06:34Revista de Letras Norte@mentos - Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)false |
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