Aruás nos primeiros tempos do Diretório: fronteira, trabalho e poder na desembocadura do Amazonas (1757-1767): Frontera, Trabajo y Poder en la desembocadura del Amazonas (1757-1767)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ibáñez-Bonillo, Pablo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: spa
por
Título da fonte: Revista de História (São Paulo)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/151893
Resumo: A aplicação do Diretório pombalino, a partir de 1758, provocou uma série de mudanças para as populações indígenas da Amazônia. Com a secularização das aldeias religiosas, o incentivo ao uso da língua portuguesa e a adoção de nomes cristãos, entre outras medidas, se procurou pôr fim à heterogeneidade étnica e linguística da região. Porém, o Diretório teve que ser negociado com as autoridades locais de cada comunidade e o resultado foi sempre mais complexo do desejado pela coroa. Partindo do estudo de caso de duas comunidades (Chaves e Rebordello) situadas na foz do rio Amazonas, este artigo explora as continuidades e transformações dos seus habitantes na primeira década de vigência do Diretório. Com tal fim, se tem realizado a análise da correspondência gerada pelos administradores de ditas comunidades para informar ao Governador do Estado de Grão-Pará e Maranhão. Estas fontes permitem uma perspectiva ancorada na cotidianidade das comunidades, através da qual podemos melhor compreender as lógicas de resistência e negociação dos indígenas Aruãs, os quais ocupavam este espaço desde, pelo menos, os primeiros tempos da conquista europeia.
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Porém, o Diretório teve que ser negociado com as autoridades locais de cada comunidade e o resultado foi sempre mais complexo do desejado pela coroa. Partindo do estudo de caso de duas comunidades (Chaves e Rebordello) situadas na foz do rio Amazonas, este artigo explora as continuidades e transformações dos seus habitantes na primeira década de vigência do Diretório. Com tal fim, se tem realizado a análise da correspondência gerada pelos administradores de ditas comunidades para informar ao Governador do Estado de Grão-Pará e Maranhão. Estas fontes permitem uma perspectiva ancorada na cotidianidade das comunidades, através da qual podemos melhor compreender as lógicas de resistência e negociação dos indígenas Aruãs, os quais ocupavam este espaço desde, pelo menos, os primeiros tempos da conquista europeia.La aplicación del Directorio pombalino supuso una serie de transformaciones para las poblaciones indígenas de la Amazonía. Con el incentivo de la lengua portuguesa o la adopción de nombres y apellidos portugueses, entre otras medidas, se pretendió acabar con la heterogeneidad étnica y lingüística en la región. Sin embargo, el Directorio tuvo que ser negociado con las autoridades locales de cada comunidad y el resultado fue más complejo de lo esperado por la corona. A partir del estudio de caso de dos comunidades (Chaves y Rebordello), situadas en la desembocadura del río Amazonas, este artículo explora las continuidades y transformaciones de sus habitantes en la primera década del Directorio. Para ello, se ha analizado la correspondencia de los administradores de ambas localidades para informar al Gobernador del Estado de Grão-Pará y Maranhão. Esta perspectiva anclada en la cotidianeidad de las poblaciones nos permite comprender mejor las lógicas de resistencia y negociación de los indígenas aruás que habitaban esta región desde, por lo menos, los primeros tiempos de la conquista europea.The implementation of the Diretório dos Índios law led to the transformation of the daily life in the indigenous villages of the Amazon. The incentives to learn the Portuguese language and adopt Portuguese names and surnames – among other measures – were intended to put an end to the ethnic and linguistic heterogeneity of the region. However, colonial authorities could not enforce such law and were thus forced to negotiate its terms with the local authorities of each community. From the case studies of two of these communities (Chaves and Rebordello), located at the Amazon River mouth, this article explores the continuities and transformations experienced by its inhabitants during the first decade of the Diretório dos Índios. The sources analyzed for that object are the letters sent by the administrators of these two communities to the Governor of the Estado de Grão-Pará and Maranhão. Therefore, perspectives rooted in daily life are privileged in this article, allowing us to better understand the logic of resistance and negotiations displayed by the Aruá, one of the native peoples who inhabited the Amazon mouth since, at least, the first arrival of the Europeans.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2019-10-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/15189310.11606/issn.2316-9141.rh.2019.151893Revista de História; n. 178 (2019); 1-33Revista de História; No. 178 (2019); 1-33Revista de História; Núm. 178 (2019); 1-332316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPspaporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/151893/157280https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/151893/177329Copyright (c) 2019 Revista de Históriahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessIbáñez-Bonillo, Pablo2021-11-11T12:29:18Zoai:revistas.usp.br:article/151893Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2021-11-11T12:29:18Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false
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