O guarda-chuva vermelho: experiência cromática na obra de Oswaldo Goeldi entre 1937 e 1957
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/145703 |
Resumo: | A simplificação formal, na obra de Oswaldo Goeldi, se caracteriza por explorar o contraste entre a luz branca do fundo e o negro opaco da forma impressa. A pobreza é a condição existencial do expressionista exilado, vivenciada em vários níveis: a ruína da experiência tradicional, a identificação com os excluídos e, finalmente, a forma pobre procurada por meio de uma estética da redução, elemento aglutinador de uma poética singular. Não esperando muito da realidade, seu trabalho, realizado com uma técnica rústica – a xilogravura –, propõe um contínuo exercício de síntese, tanto em relação aos elementos temáticos que compõem o discurso visual quanto à formulação de uma linguagem plástica própria. Quando se volta para a experiência cromática, Goeldi não abandona essa estética da redução. As massas de cor sofrem a pressão da luz do fundo, que elas parecem bloquear, e adquirem um aspecto de silhueta. Neste contexto, o uso da policromia propõe uma espécie de cor gráfica, que se aproxima do elemento linear. Ao mesmo tempo, revela uma presença autônoma que aponta para uma espécie de simbolismo imanente da cor. |
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O guarda-chuva vermelho: experiência cromática na obra de Oswaldo Goeldi entre 1937 e 1957The red umbrella: chromatic experience in the work of Oswaldo Goeldi between 1937 and 1957Goeldiwoodcutexpressionismcolorbrazilian modernismGoeldixilogravuraexpressionismocorarteA simplificação formal, na obra de Oswaldo Goeldi, se caracteriza por explorar o contraste entre a luz branca do fundo e o negro opaco da forma impressa. A pobreza é a condição existencial do expressionista exilado, vivenciada em vários níveis: a ruína da experiência tradicional, a identificação com os excluídos e, finalmente, a forma pobre procurada por meio de uma estética da redução, elemento aglutinador de uma poética singular. Não esperando muito da realidade, seu trabalho, realizado com uma técnica rústica – a xilogravura –, propõe um contínuo exercício de síntese, tanto em relação aos elementos temáticos que compõem o discurso visual quanto à formulação de uma linguagem plástica própria. Quando se volta para a experiência cromática, Goeldi não abandona essa estética da redução. As massas de cor sofrem a pressão da luz do fundo, que elas parecem bloquear, e adquirem um aspecto de silhueta. Neste contexto, o uso da policromia propõe uma espécie de cor gráfica, que se aproxima do elemento linear. Ao mesmo tempo, revela uma presença autônoma que aponta para uma espécie de simbolismo imanente da cor.The formal simplification in Oswaldo Goeldi’s work is characterized by a contrast between the white light at the background and the opaque black of the printed form. Poverty is the existential condition of the exiled expressionist, experienced on several levels: the ruin of traditional experience, the identification with the excluded, and, finally, the poor form sought through an aesthetic of reduction, a unifying element of a singular poetic. Not expecting much from reality, his work, performed with a rustic technique – woodcut – proposes a continuous exercise of synthesis, both in relation to the thematic elements that make up the visual discourse and to the formulation of a plastic language of its own. When he turns to the chromatic experience, Goeldi does not abandon this aesthetic of reduction. The masses of color undergo the pressure of the background light, which they seem to block, and acquire a silhouette aspect. In this context, the use of polychromy proposes a kind of graphic color, which converges on the linear element. At the same time, it reveals an autonomous presence that points to a kind of immanent symbolism of color.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2019-10-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/14570310.11606/issn.2316-9141.rh.2019.145703Revista de História; n. 178 (2019); 1-20Revista de História; No. 178 (2019); 1-20Revista de História; Núm. 178 (2019); 1-202316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/145703/156648https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/145703/177258Copyright (c) 2019 Revista de Históriahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSüssekind, Felipe2021-11-09T20:39:35Zoai:revistas.usp.br:article/145703Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2021-11-09T20:39:35Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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