Frente Negra, Ação Integralista e o conservadorismo como estratégia de enfrentamento ao racismo – 1930-1937
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/189271 |
Resumo: | Este artigo procura analisar as razões que levaram parte das lideranças negras da década de 1930 a aderir à Ação Integralista Brasileira, organização de extrema-direita, defensora de projetos políticos e socias semelhantes às do nazifascismo europeu. Busca, ainda, compreender os motivos do seu distanciamento da organização mais importante no espectro político oposto no período, o Partido Comunista do Brasil. A partir do estudo de documentos fundantes da FNB, do PCB e da AIB, confrontados com a literatura sobre o tema, foi possível perceber que a AIB possuía certas singularidades e princípios que coincidiam com as demandas dos afrodescendentes. Por outro lado, existem indícios que a negação da existência de racismo e discriminação racial no Brasil, pelas lideranças do PCB a época, teria contribuindo para aquele distanciamento. |
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Frente Negra, Ação Integralista e o conservadorismo como estratégia de enfrentamento ao racismo – 1930-1937Black Front, Integralist Action and conservatism as a strategy to confront racism – 1930-1937negrosintegralismoconservadorismoracismocomunismoblacksintegralismconservatismracismcommunismEste artigo procura analisar as razões que levaram parte das lideranças negras da década de 1930 a aderir à Ação Integralista Brasileira, organização de extrema-direita, defensora de projetos políticos e socias semelhantes às do nazifascismo europeu. Busca, ainda, compreender os motivos do seu distanciamento da organização mais importante no espectro político oposto no período, o Partido Comunista do Brasil. A partir do estudo de documentos fundantes da FNB, do PCB e da AIB, confrontados com a literatura sobre o tema, foi possível perceber que a AIB possuía certas singularidades e princípios que coincidiam com as demandas dos afrodescendentes. Por outro lado, existem indícios que a negação da existência de racismo e discriminação racial no Brasil, pelas lideranças do PCB a época, teria contribuindo para aquele distanciamento.This article seeks to analyze the reasons that led part of the black leaders of the 1930s to join the Brazilian Integralist Action, an extreme right-wing organization, defender of political and social projects similar to those of European Nazi-fascism. It also seeks to understand the reasons for its distance from the most important organization in the opposite political spectrum at the time, the Communist Party of Brazil. From the study of founding documents of the FNB, PCB and AIB, confronted with the literature on the subject, it was possible to perceive that the AIB had certain singularities and principles that coincided with the demands of Afro-descendants. On the other hand, there are indications that the denial of the existence of racism and racial discrimination in Brazil, by the PCB leaders at the time, would have contributed to that distance. The founding documents of the BBF, the CPB and the BIA were analyzed and compared with the literature on the subject. It was possible to identify indications that the BIA had certain singularities that differentiated it from its European counterparts by defending that blacks and indigenous peoples should be valued and integrated into society, from the perspective of building nationality. On the other hand, the generalist discourse of the CPB and the silencing of the racial issue would justify the perceived distance in the formulations and actions of those black leaders.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2022-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18927110.11606/issn.2316-9141.rh.2022.189271Revista de História; n. 181 (2022); 1-29Revista de História; No. 181 (2022); 1-29Revista de História; Núm. 181 (2022); 1-292316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/189271/183787https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/189271/187320http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessJacino, Ramatis2022-11-30T18:02:00Zoai:revistas.usp.br:article/189271Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2022-11-30T18:02Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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