João Duns Scotus sobre a escravidão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pich, Roberto Hofmeister
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Filosofia da UNESP
Texto Completo: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615
Resumo: As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019
id UNESP-19_510388eef3ccdc7d6c7849c74509938a
oai_identifier_str oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/9615
network_acronym_str UNESP-19
network_name_str Revista de Filosofia da UNESP
spelling João Duns Scotus sobre a escravidãoohn Duns Scotus on SlaveryAs contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019The contributions by medieval thinkers to the debate on slavery are still little known in their details. Together with the approaches in ancient philosophy, patristics, Roman law, and Canon law, they constitute a body of texts and ideas that are fundamental to understanding the treatment of slavery from the 16th to the 19th centuries. In this article, we examine John Duns Scotus’ account of the theme, contrasting it with the views of Aristotle and Thomas Aquinas. The position of Scotus depends on his views about freedom, property, and positive law, as well on the meaning of free will as a practical-rational condition of all human beings. Based on these ideas, Scotus severely restricts the conditions of positive law according to which servitude can be justly introduced, and the scope of the loss of freedom that can be accepted in the contract of slavery. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2020-01-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/961510.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 42 (2019): Número Especial; 291-332TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 42 (2019): Número Especial; 291-3320101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615/6247Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPich, Roberto Hofmeister2020-08-04T10:42:47Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/9615Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:48.336Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv João Duns Scotus sobre a escravidão
ohn Duns Scotus on Slavery
title João Duns Scotus sobre a escravidão
spellingShingle João Duns Scotus sobre a escravidão
Pich, Roberto Hofmeister
title_short João Duns Scotus sobre a escravidão
title_full João Duns Scotus sobre a escravidão
title_fullStr João Duns Scotus sobre a escravidão
title_full_unstemmed João Duns Scotus sobre a escravidão
title_sort João Duns Scotus sobre a escravidão
author Pich, Roberto Hofmeister
author_facet Pich, Roberto Hofmeister
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pich, Roberto Hofmeister
dc.description.none.fl_txt_mv As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019
The contributions by medieval thinkers to the debate on slavery are still little known in their details. Together with the approaches in ancient philosophy, patristics, Roman law, and Canon law, they constitute a body of texts and ideas that are fundamental to understanding the treatment of slavery from the 16th to the 19th centuries. In this article, we examine John Duns Scotus’ account of the theme, contrasting it with the views of Aristotle and Thomas Aquinas. The position of Scotus depends on his views about freedom, property, and positive law, as well on the meaning of free will as a practical-rational condition of all human beings. Based on these ideas, Scotus severely restricts the conditions of positive law according to which servitude can be justly introduced, and the scope of the loss of freedom that can be accepted in the contract of slavery. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019
description As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-01-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615
10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291
url http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615
identifier_str_mv 10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615/6247
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIA
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIA
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
publisher.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
dc.source.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 42 (2019): Número Especial; 291-332
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 42 (2019): Número Especial; 291-332
0101-3173
0101-3173
reponame:Revista de Filosofia da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
reponame_str Revista de Filosofia da UNESP
collection Revista de Filosofia da UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
repository.name.fl_str_mv Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1674119824966418432