João Duns Scotus sobre a escravidão
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Filosofia da UNESP |
Texto Completo: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615 |
Resumo: | As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019 |
id |
UNESP-19_510388eef3ccdc7d6c7849c74509938a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/9615 |
network_acronym_str |
UNESP-19 |
network_name_str |
Revista de Filosofia da UNESP |
spelling |
João Duns Scotus sobre a escravidãoohn Duns Scotus on SlaveryAs contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019The contributions by medieval thinkers to the debate on slavery are still little known in their details. Together with the approaches in ancient philosophy, patristics, Roman law, and Canon law, they constitute a body of texts and ideas that are fundamental to understanding the treatment of slavery from the 16th to the 19th centuries. In this article, we examine John Duns Scotus’ account of the theme, contrasting it with the views of Aristotle and Thomas Aquinas. The position of Scotus depends on his views about freedom, property, and positive law, as well on the meaning of free will as a practical-rational condition of all human beings. Based on these ideas, Scotus severely restricts the conditions of positive law according to which servitude can be justly introduced, and the scope of the loss of freedom that can be accepted in the contract of slavery. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2020-01-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/961510.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 42 (2019): Número Especial; 291-332TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 42 (2019): Número Especial; 291-3320101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615/6247Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPich, Roberto Hofmeister2020-08-04T10:42:47Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/9615Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:48.336Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
João Duns Scotus sobre a escravidão ohn Duns Scotus on Slavery |
title |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
spellingShingle |
João Duns Scotus sobre a escravidão Pich, Roberto Hofmeister |
title_short |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
title_full |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
title_fullStr |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
title_full_unstemmed |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
title_sort |
João Duns Scotus sobre a escravidão |
author |
Pich, Roberto Hofmeister |
author_facet |
Pich, Roberto Hofmeister |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pich, Roberto Hofmeister |
dc.description.none.fl_txt_mv |
As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019 The contributions by medieval thinkers to the debate on slavery are still little known in their details. Together with the approaches in ancient philosophy, patristics, Roman law, and Canon law, they constitute a body of texts and ideas that are fundamental to understanding the treatment of slavery from the 16th to the 19th centuries. In this article, we examine John Duns Scotus’ account of the theme, contrasting it with the views of Aristotle and Thomas Aquinas. The position of Scotus depends on his views about freedom, property, and positive law, as well on the meaning of free will as a practical-rational condition of all human beings. Based on these ideas, Scotus severely restricts the conditions of positive law according to which servitude can be justly introduced, and the scope of the loss of freedom that can be accepted in the contract of slavery. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019 |
description |
As contribuições dos pensadores medievais para o debate em torno da escravidão ainda são pouco conhecidas em seus detalhes. Junto com as abordagens na filosofia antiga, na patrística, no direito romano e no direito canônico, elas formam um corpo de textos e de ideias fundamental para se compreender o tratamento da escravidão do século 16 ao século 19. Neste artigo, busca-se expor e analisar a abordagem que João Duns Scotus dá ao tema, contrastando-a com as visões de Aristóteles e de Tomás de Aquino. As posições de Scotus dependem de seus pareceres sobre a liberdade, a propriedade e a lei positiva, bem como sobre o significado do livre arbítrio como condição prático-racional de todos os seres humanos. Na base dessas ideias, Scotus restringe de forma severa as condições de lei positiva segundo as quais a servidão pode ser introduzida com justiça e o escopo de perda de liberdade que pode ser aceito no contrato da escravidão. Recebido: 30/12/2019Aceito: 30/12/2019 |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-01-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615 10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291 |
url |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615 |
identifier_str_mv |
10.1590/0101-3173.2019.v42esp.16.p291 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/9615/6247 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIA http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 TRANS/FORM/AÇÃO: REVISTA DE FILOSOFIA http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia |
publisher.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia |
dc.source.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 42 (2019): Número Especial; 291-332 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 42 (2019): Número Especial; 291-332 0101-3173 0101-3173 reponame:Revista de Filosofia da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
reponame_str |
Revista de Filosofia da UNESP |
collection |
Revista de Filosofia da UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1674119824966418432 |