FLORESTA, PARA QUE TE QUERO? DA TERRITORIALIZAÇÃO CAMPONESA A NOVA TERRITORIALIDADE DO CAPITAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Elder Andrade de
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Silva, Sílvio Simione da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista NERA
Texto Completo: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1401
Resumo: Nas últimas três décadas do século XX, no Acre e áreas circunvizinhas, foram marcadas pela luta sociais na disputa por terras de trabalho, perante retomada da terra de negócios no âmbito da fronteira amazônica. A transferência do domínio privado do seringal para fazendeiros mexia com as condições de territorialização camponesa. Esse processo de lutas e disputas socioterritoriais passa a ser fortemente influenciado pelo ambientalismo a partir da década de 1980. As políticas e estratégias adotadas pelo Estado no sentido de amenizar os conflitos, produziram quatro modalidades distintas de regularização fundiária: a) assentamentos agrícolas; b) assentamentos agroextrativistas; c) assentamentos agroflorestais; d) unidades de conservação. Neste trabalho estamos buscando analisar as peculiaridades desse “arranjo” perante a seguinte indagação: qual o significado da incorporação de parte das demandas do campesinato e das bandeiras dos movimentos ambientalistas no reordenamento da estrutura fundiária e nas formas de uso da terra nessa porção do território amazônico? A nossa conclusão é a de que há sim formas de promoção de acesso a terra de trabalho, mas também de geração de mecanismos de espoliação e expropriação que mantém a lógica destrutiva e predatória do capital intocadas.
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