Moral e Afetividade em Piaget: Os "Movimentos Íntimos da Consciência" em O Juízo Moral na Criança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas |
Texto Completo: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/1969 |
Resumo: | Embora não tenha construído uma teoria sobre o querer fazer moral, Piaget deixou consideráveis indícios de como esse sentimento precisa ser procurado nos “movimentos íntimos da consciência”, noção que muitas pesquisas atuais vêm se incumbindo de desenvolver. Referência de que comumente se lança mão para provar que o tema da afetividade ocupava a atenção de Piaget é o curso ministrado por ele na Universidade de Sorbonne (Paris), nos anos 1953-1954. Porém, se quisermos recuar ao nascedouro desse interesse, sobretudo no que diz respeito à sua relação com a moral, é à obra “O juízo moral na criança”(1932) que devemos recorrer. Eis o que procuramos reconhecer neste artigo, observando, entre outros aspectos, que a noção do bem, de acordo com Piaget, é a última tomada de consciência da condição primeira da vida moral: a necessidade de afeição recíproca. Ou seja, na aurora do desenvolvimento humano, estão presentes elementos de que se utilizará posteriormente a moral da reciprocidade: entre eles, uma afeição mútua espontânea que, além de apontar para a busca futura de imagens positivas de si, motiva a criança a atitudes de generosidade e sacrifício, a demonstrações comoventes não orientadas pela obediência, portanto mais atraentes e objeto de maior investimento afetivo nas escolhas que definirão o tipo de pessoa que a criança virá a ser, não obstante os processos inevitáveis de descontinuidade que a intervenção da coação adulta e suas decorrências instauram (mais ou menos acentuadas de acordo com o caráter combinado dos pais e da criança e o ambiente, que pode favorecer mais a consolidação do medo ou a do amor). |
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Moral e Afetividade em Piaget: Os "Movimentos Íntimos da Consciência" em O Juízo Moral na CriançaMoral e Afetividade. O juízo moral na criança. Moral da reciprocidade. Relações especiais de afeição. Contágio dos exemplos. Movimentos de simpatia. Autorrespeito.Embora não tenha construído uma teoria sobre o querer fazer moral, Piaget deixou consideráveis indícios de como esse sentimento precisa ser procurado nos “movimentos íntimos da consciência”, noção que muitas pesquisas atuais vêm se incumbindo de desenvolver. Referência de que comumente se lança mão para provar que o tema da afetividade ocupava a atenção de Piaget é o curso ministrado por ele na Universidade de Sorbonne (Paris), nos anos 1953-1954. Porém, se quisermos recuar ao nascedouro desse interesse, sobretudo no que diz respeito à sua relação com a moral, é à obra “O juízo moral na criança”(1932) que devemos recorrer. Eis o que procuramos reconhecer neste artigo, observando, entre outros aspectos, que a noção do bem, de acordo com Piaget, é a última tomada de consciência da condição primeira da vida moral: a necessidade de afeição recíproca. Ou seja, na aurora do desenvolvimento humano, estão presentes elementos de que se utilizará posteriormente a moral da reciprocidade: entre eles, uma afeição mútua espontânea que, além de apontar para a busca futura de imagens positivas de si, motiva a criança a atitudes de generosidade e sacrifício, a demonstrações comoventes não orientadas pela obediência, portanto mais atraentes e objeto de maior investimento afetivo nas escolhas que definirão o tipo de pessoa que a criança virá a ser, não obstante os processos inevitáveis de descontinuidade que a intervenção da coação adulta e suas decorrências instauram (mais ou menos acentuadas de acordo com o caráter combinado dos pais e da criança e o ambiente, que pode favorecer mais a consolidação do medo ou a do amor).Faculdade de Filosofia e Ciências2022-02-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/196910.36311/1984-1655.2010.v3n5.1969Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; v. 3 n. 5 (2010)Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 3 No. 5 (2010)Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 3 Núm. 5 (2010)1984-165510.5555/repeg.v3i5reponame:Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticasinstname:Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/1969/1621Copyright (c) 2011 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticashttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BRinfo:eu-repo/semantics/openAccessBronzatto, MaurícioCamargo, Ricardo Leite2022-02-02T17:52:29Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/1969Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/schemePUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/oaischeme.marilia@unesp.br1984-16551984-1655opendoar:2022-02-02T17:52:29Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)false |
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