Confiar e Ser Confiável: A Importância do Sentimento de Confiança no Despertar do Senso Moral na Criança e na Construção Posterior da Personalidade Ética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Vanessa Alves
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Bronzatto, Maurício
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3953
Resumo: Tendo em vista o atual contexto social, sob influência de uma “cultura da vaidade”, que favorece mais o individualismo, o egoísmo, a competição, a falta de solidariedade do que, propriamente, ações justas, generosas e honestas, este artigo procurou evidenciar a urgência de ações educacionais efetivas no sentido de despertar as novas gerações para a moralidade. Estudamos especificamente o sentimento de confiança, considerando sua importância sob dois aspectos: 1) na gênese da moralidade infantil, fase em que a criança, ao se cercar de “boas pessoas” que correspondam à confiança nelas depositada, começa a atribuir valor a esse sentimento; e 2) no desenvolvimento posterior, quando a criança poderá querer também ser pessoa merecedora de confiança. Porém, que pessoas merecerão a confiança dos pequenos indivíduos, se grande parte delas está mais preocupada em dar um espetáculo de si, em se destacar, cultivar a superficialidade e viver uma vida imaginária no pensamento alheio, privilegiando o “parecer” e não o “ser”? E o que fazer se as novas gerações passam a negar valor ao “ser pessoa merecedora de confiança”? Essa problematização nos levou a considerar o papel da educação escolarizada e a importância do ambiente cooperativo na revitalização dos valores morais. Concluímos que é papel da escola mostrar às crianças uma perspectiva completamente diferente da que se vê e vivencia na chamada “cultura da vaidade” e proporcionar representações entre as quais esteja em destaque o “ser pessoa merecedora de confiança”. E é responsabilidade dos formadores morais serem, de fato, pessoas merecedoras de confiança, sem o que não inspirarão as novas gerações nem atrairão sua atenção para valores morais.
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